O Senhor Jesus, enquanto esteve aqui na terra, viveu e pregou o Evangelho em tempo
integral. Por onde ia, chamava as pessoas a se arrependerem e crerem em Sua Palavra. No entanto, a Bíblia deixa claro que Ele pouco se importava com números. Seu zelo estava em edificar uma sólida comunidade de discípulos, pessoas verdadeiramente salvas,
restauradas e transformadas, aptas a irem por todo o mundo, levando a mensagem da salvação a toda criatura. Certa vez, diante de uma multidão, o SENHOR pregou de modo tão incisivo a respeito de Sua obra redentora, que os ouvintes foram se afastando, até sobrarem apenas os doze. E mesmo a estes o Mestre perguntou: “Quereis vós também retirar-vos?” (João 6:67).
O livro de Atos dos Apóstolos registra os esforços de Paulo em consolidar as igrejas
que iam sendo formadas, pela graça de Deus, como frutos de sua obra missionária. Ele mesmo permaneceu em Éfeso por mais que dois anos. A outras comunidades, enviava ou recomendava obreiros santos e dotados de sólido preparo teológico, tais como Timóteo, Tito, Apolo, Priscila e Áquila. Além disso, a despeito das distâncias e dificuldades de transporte e comunicação da época, Paulo se empenhava em visitar as igrejas e escrever-lhes cartas a fim de fortalecer, edificar, exortar e corrigir os irmãos.
Do mesmo modo faziam os reformados dos tempos de Calvino e Knox, os pietistas morávios, os puritanos e os metodistas dos séculos XVIII, os pioneiros das Assembleias de Deus no início do século passado, dentre outros. A qualidade dos membros era bem mais importante que a quantidade. Cristãos protestantes, ou evangélicos, eram uma minoria, mas a sociedade que os hostilizava não tinha condições de apontar-lhes do dedo e denunciar falhas de caráter, de jeito nenhum. Ser crente era ser santo, imitador de Cristo!
Hoje, porém, os tempos são outros. O que parece importar, no meio “evangélico”
contemporâneo, é “aceitar Jesus” e somar-se à massa de “evangélicos”. Pastores, bispos, “apóstolos” e demais líderes querem multidões. Templos imensos, suntuosos, repletos de pessoas, ainda que não salvas, não transformadas, não santificadas. Para segurar a membresia e atrair novos expectadores vale tudo. O altar torna-se um palco, com shows de música e dança, teatro, palestras motivacionais e comédia. Temas como a ira de Deus, o inferno, a necessidade de perseverança e santificação, aflições dos crentes e coisas semelhantes são proibidos. Pra que assustar o povo e afastá-lo da igreja? O “culto” tem que ser agradável, leve e até divertido. Os números demonstram que Deus está se agradando, certo?
Errado. O SENHOR vê além das aparências. Numa arena lotada por milhares de ouvintes, o
nosso Deus sabe quais são Seus e quantos estão ali apenas ocupando lugar. “Porque bem sabia Jesus, desde o princípio quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar” (João 6:64b). “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:22-23).
Por isso, a igreja necessita urgentemente mudar o foco. Esquecer-se das técnicas
publicitárias e empresariais, arrepender-se por ter deixado os métodos de Cristo e voltar aos ensinamentos do nosso Mestre. Pregar a mensagem completa do Evangelho; que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16), sem omitir que “quem nele crê não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”(João 3:18). Assim, teremos templos mais reduzidos, comunidades
menores, mas estaremos no centro da vontade do nosso SENHOR. E é isso que importa.
Paz e Bem! Me chamo Markos Leal, sou pastor e o Rev. encarregado do Ministério Orando em Família. Este trabalho é uma ação de missões urbanas, de evangelismo, ação social e oração por famílias. Ao ler este texto (que gostei muito) peço a autorização para cópia uma pequena parte com a finalidade de postar em nosso site. (www.ministerioorandoemfamilia.com.br)Citaremos é claro a fonte e origem do texto. Em Cristo, Rev. Markos Leal
ResponderExcluirA Paz, pastor Markos!
ResponderExcluirEsteja à vontade para utilizar o conteúdo! Seja tudo para a glória do bendito Nome de Cristo!