Em seus sermões, Paul Washer costuma destacar as qualidades da Igreja, lembrando que nem sempre aquilo que chamamos de “Igreja” de fato o é. Esta é uma verdade que precisa ser reafirmada nesses tempos de superficialidade em que vivemos. Disso falaremos nesta postagem.
A Igreja é o povo escolhido de Deus. Formada por nós, homens e mulheres comuns que, do
mundo, fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo, derramado em nosso favor na cruz do Calvário. O Pai amou-nos primeiro, o Senhor Jesus deu a vida por nós e o Espírito Santo nos regenerou de nossa condição caída, a fim de crermos para a nossa salvação.
A Igreja é santa, por causa do Espírito que habita em nós. É sal da terra e luz do
mundo, de modo que, sem a presença dos crentes em Jesus Cristo, este mundo seria um lugar infinitamente pior do que é. A Igreja ama a Deus com amor reverente e santo temor. Tem as Escrituras como única regra de fé e prática, e deleita-se em estudar a Bíblia, não de modo puramente acadêmico, como quem lê um livro secular, mas como
quem encontra na Palavra de Deus o seu alimento espiritual diário, sem o qual não pode sobreviver. E ora sem cessar, buscando fervorosamente a face do SENHOR!
A Igreja é humilde, não busca seus próprios interesses em primeiro lugar. Não é
materialista ou consumista; jamais deposita seu amor ou sua confiança no dinheiro! A Igreja busca servir o próximo, compadecendo-se profundamente dos que não conhecem a Cristo. Por isso, procura levar o Evangelho a quantos pode, e vibra quando uma alma é resgatada do poder da morte e do inferno, recebendo a salvação mediante a fé no Senhor Jesus!
Dentro da Igreja impera o amor entre os irmãos. Nenhum dos filhos de Deus participa de uma denominação cristã simplesmente para receber bênçãos, ou por mera obrigação. Antes, a Igreja é uma comunidade de pessoas que vivem para fazer o bem umas às outras, muito mais intensamente do que o fazem aos de fora, pois compreendem que são a família de Deus!
A Igreja é confessional. Não vive correndo atrás de “novidades”, nem admite que o culto cristão seja desfigurado, tornando-se semelhante às atrações do mundo; jamais! A Igreja cultua ao SENHOR como Ele deseja ser cultuado, em espírito e em verdade, com o desejo de agradá-Lo em tudo e conhecê-Lo como Ele é!
Talvez você, que lê esta mensagem, pense: “isso tudo é utopia, os evangélicos que eu
conheço não são assim”. Na verdade, o que as pessoas imaginam ser a Igreja, na verdade não o é. Cristo nos alertou sobre isso, ensinando-nos que, no meio do trigo, haveria muito joio, e que este não seria arrancado antes da colheita (Mateus 13:24-30). Ele também nos avisou que, no dia do juízo, muitos dos que profetizaram, expulsaram demônios e operaram milagres em Seu Nome seriam lançados no inferno, porque praticaram a iniquidade no mundo presente (Mateus 7:21-23).
Lembre-se, a Igreja é um grupo de pessoas santas e verdadeiramente crentes, cercadas por uma multidão de ímpios que se dizem cristãos. A Igreja é um conjunto de homens e mulheres que pertencem a Deus, misturado com um sem-número de não-convertidos. Ela é o trigo rodeado por muito joio!
Um dia, o Rei Jesus voltará para buscar a Sua noiva, pela qual Ele deu a vida, e todos
verão quem, de fato, é Igreja. Até lá, que nós O conheçamos e prossigamos em conhecê-Lo, olhando sempre para o nosso alvo, sem nos deixarmos desanimar pela multidão de heresias e superficialidades que nos cercam. Pois somos d'Ele, por graça; por Ele nos movemos e existimos; n'Ele esperamos e confiamos!
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