quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nós e o mundo

Em todas as épocas, a igreja esteve exposta à influência da sociedade ímpia que a cercava. Nas epístolas do Novo Testamento é clara a preocupação dos apóstolos em combater os valores mundanos entre os crentes, tanto que Paulo chegou a escrever em tom de súplica: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (...), e não sede conformados com este mundo” (Romanos 12:1-2). Não se deixar contaminar sempre foi uma prioridade dos verdadeiros cristãos, pois estes sabem que os filhos de Deus são, necessariamente, muito diferentes do mundo.
 
Nesta época em particular, marcada pelo oba-oba “gospel”, urge enfatizar a imperativa necessidade de separação. Hoje, artistas evangélicos têm status de superestrelas, apresentam-se em troca de cachês milionários e aparecem com destaque na TV. Templos de denominações neopentecostais estão constantemente lotados. Cinquenta milhões de brasileiros declaram crer no Evangelho. E, no entanto, nunca houve tanta imoralidade como em nossos dias – não no Brasil, pelo menos. Ninguém mais se escandaliza com coisa alguma, tudo é “normal”, tudo é relativo, todo estilo de vida é aceitável. Isso está acontecendo por um motivo simples, que é este: a igreja em nosso país está totalmente conformada ao mundo!
 
Por isso, relembramos aqui algumas breves citações bíblicas dos capítulos 4 a 6 de Efésios, claras e diretas, suficientes para nos encherem de vergonha, evidenciando nosso grande fracasso em vivermos segundo os padrões do Senhor. Que Deus, por Sua incomparável graça, nos desperte de nosso sono, renovando-nos para sermos filhos obedientes. Não perfeitos como o Senhor Jesus, por certo. Mas, no mínimo, semelhantes aos cristãos de outras épocas, os quais marcaram suas gerações através de um viver santo, que hoje não conhecemos mais.
 
O FALAR DO CRISTÃO: “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo” (Efésios 4:25). “Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Efésios 4:29).
 
TRABALHO E HONESTIDADE: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Efésios 4:28).
 
O SENTIR E A DISPOSIÇÃO PARA A PAZ: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26). “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia, e toda a malícia sejam tiradas de entre vós” (Efésios 4:31).
 
O TRATO COM OS IRMÃOS E O PERDÃO: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4:32).
 
A SEXUALIDADE: “Mas a fornicação, e toda impureza (...) nem ainda se nomeie entre vós” (Efésios 5:3).
 
O TRATO COM O DINHEIRO: “Mas a (...) avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém aos santos. Porque bem sabeis isto: que nenhum (...) avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus” (Efésios 5:3, 5).
 
O CONVÍVIO COM OS PECADORES: “Portanto, não sejais seus companheiros” (Efésios 5:7). “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe” (Efésios 5:11-12).
 
A SOBRIEDADE: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda” (Efésios 5:18).
 
A GRATIDÃO: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5:20).
 
A SUBMISSÃO RECÍPROCA: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” (Efésios 5:21).
 
O PAPEL DA ESPOSA: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Efésios 5:22, 24).
 
O PAPEL DO MARIDO: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Assim, devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos” (Efésios 5:28, 28).
 
O PAPEL DOS FILHOS: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Efésios 6:1).
 
O PAPEL DOS PAIS: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Efésios 6:4).
 
O PAPEL DOS EMPREGADOS: “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo. Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens” (Efésios 6:5, 7). (**Obs: se isso era verdade para os escravos, quanto mais deve ser para os trabalhadores livres e assalariados de hoje!).
 
O PAPEL DOS PATRÕES: “E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas” (Efésios 6:9).

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