terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Os Grandes Avivamentos e o festival de Woodstock

Desde o início de sua história os Estados Unidos da América experimentaram avivamentos localizados, porém verdadeiros, entre os primeiros colonos, muitos dos quais eram crentes fieis em busca de liberdade religiosa. Mas houve três épocas especiais em que o Espírito Santo visitou aquela nação com grande poder e graça; o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Grande Avivamento.
 
Nas décadas de 1730 e 1740, ao mesmo tempo em que, no outro lado do Atlântico, o Reino Unido experimentava um grandioso mover de Deus, os EUA foram sacudidos pelo Primeiro Grande Avivamento, através da pregação de homens santos como Jonathan Edwards, George Whitefield, William Tennent e Gilbert Tennent. Uma onda de arrependimento e conversões genuínas, de intensidade e extensão inéditas neste Continente, aconteceu ali, trazendo mudanças profundas na sociedade, sobretudo o abandono de vícios, redução drástica nos índices de criminalidade e grande interesse pelas coisas de Deus.
 
Na virada do Século XVIII para o Século XIX rompeu o Segundo Grande Avivamento. Pode-se dizer que o movimento teve início nos campi universitários, desde que Timothy Dwight, neto de Jonathan Edwards, assumiu a reitoria da Universidade de Yale para ser ali um instrumento do Senhor contra o nascente liberalismo. Logo o fogo do Espírito alcançou diversas outras universidades, influenciando-as pelas quatro décadas seguintes. Entre o povo, evangelistas itinerantes como Charles Finney e Asahel Nettleton levaram a mensagem do Evangelho a multidões com grande poder, alcançando uma considerável parte da população americana.
 
No final da década de 1850 aconteceu o Terceiro Grande Avivamento, a partir de um encontro semanal de orações dirigido pelo ministro Jeremiah Lenphier, na Igreja Holandesa Reformada em Nova York. Enquanto o país vivia um colapso econômico, multiplicavam-se os grupos de orações, até atingirem 150 só naquela cidade. Logo encontros semelhantes passaram a acontecer em todas as grandes cidades americanas. Estima-se que, entre 1857 e 1859, houve mais de um milhão de conversões nos EUA!
 
1969. Cerca de quinhentas mil pessoas se reuniram numa fazenda no Estado de Nova York para o festival de Woodstock. Foram três dias de celebração do pecado, minuciosamente registrados por diversas câmeras. Sob o slogan “paz” (?) e “amor” (???), embalados por astros do rock (alguns eram músicos talentosíssimos, como Jimmy Hendrix e Carlos Santana) jovens se despiam e se drogavam sem pudores, diante da multidão. Não foi um momento isolado; a decadência moral americana já era evidente desde a primeira metade do Século XX. Então vieram as revistas eróticas, depois os filmes pornográficos. Baniu-se a Bíblia das escolas, desapareceu a diferença entre os papeis masculino e feminino, legalizou-se o aborto, o consumo de drogas disparou. Se, porém, tivermos que escolher um símbolo da mudança nos Estados Unidos, de país cristão para nação que abandonou a Deus, Woodstock é o mais evidente. Ali podemos dizer que o povo americano declarou não mais pertencer a Jesus Cristo!
 
Deus amou os Estados Unidos da América com intenso amor. Desde a vinda de Cristo ao mundo, poucas nações receberam tão grande misericórdia e graça quanto os EUA. Em poucos lugares o Evangelho foi divulgado tão claramente e de modo tão amplo. Mas, infelizmente, há uma centena de anos atrás aquela nação virou as costas para o Senhor, talvez por causa da sedução das riquezas e poderio. Ainda existe sim, um remanescente fiel e alguns ministros fieis, como John MacArthur, John Piper, Paul Washer e Steve Lawson. Porém o fato é que, hoje, os cristãos tementes a Deus são uma minoria ínfima na população norte-americana. Que nós aprendamos essa triste lição, e jamais troquemos o tesouro do Evangelho pelas ilusões deste mundo mau, o qual passa como vapor e logo se esvai. Senhor, põe em nosso coração um genuíno amor por Ti!

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