sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ser devoto de “Maria” não é ser cristão

Maria, a mãe do Senhor Jesus, foi um exemplo notável de cristã. Serva do Todo-poderoso (Lucas 1:38, 48), reconheceu ser Ele o seu salvador (Lucas 1:47), foi humilde (Lucas 1:48), negou a si mesma (Lucas 1:38), exortou pessoas a obedecerem as instruções do Senhor (João 2:5), permaneceu com Ele até a cruz (João 19:25) e perseverou com os apóstolos na igreja primitiva (Atos 1:14). Deus concedeu a ela incomparável graça, ao escolhê-la para ser mãe de Jesus, quando este, em Sua humilhação, Se fez homem e habitou entre nós.
 
Ela é o oposto daquela que católicos romanos, espíritas kardecistas e adeptos de religiões afro-brasileiras chamam de “nossa senhora”. Essa outra (“nossa senhora”) requer glória, honra e adoração para si e reserva a si mesma o papel de mediadora entre Deus e os homens. Nunca aponta para o Senhor Jesus, jamais exorta alguém a obedecer ao Filho de Deus. Os devotos que garantem tê-la visto e ouvido dizem que ela os mandou espalhar a devoção mariana, invocá-la e rezar o terço diariamente. Nenhum deles jamais disse que ela os mandou pregar o arrependimento, ler a Bíblia, confiar em Cristo ou crer no Evangelho.
 
Ser devoto de “Maria” (não a da Bíblia, e sim a do catolicismo e espiritismo) não é ser cristão. São duas coisas completamente diferentes e distintas. Para comprovar essa verdade, citamos um exemplo mais ou menos recente e muitíssimo conhecido dos brasileiros, o falecido cantor e compositor Raul Seixas.
 
Raul foi um devoto de “Maria”, e essa devoção foi expressada apaixonadamente na canção “Ave Maria da rua”. Eis alguns trechos da letra: “Bastou o teu olhar pra me calar a voz/ De onde está você, rogai por nós/ (…) Segure a minha mão quando ela fraquejar/ E não deixe a solidão me assustar/ Oh, minha mãe, nossa mãe/ E mata a minha fome nas letras do teu nome/ (…) Oh, minha mãe, nossa mãe/ E mata a minha fome na glória do teu nome”. O tom emocionado e fervoroso com que Raul Seixas interpretou a canção não deixa qualquer dúvida da sinceridade do cantor.
 
Mas Raul Seixas também foi um anticristão militante, e isso fica claro em várias músicas gravadas por ele. Numa delas, “Cowboy fora da lei”, Seixas zomba do sacrifício de Cristo, cantando “Oh, coitado, foi tão cedo, Deus me livre, eu tenho medo, morrer dependurado numa cruz. Eu não sou besta pra tirar onda de herói”. Em outra, “How could I know”, ele nega a segunda vinda de Cristo com as palavras “Cause Jesus Christ, man, won't be coming back no more” (“pois Jesus Cristo, cara, ele não vai voltar mais”). Na música chamada “Só pra variar”, escarnece da salvação eterna assim: “Diz que o paraíso já tá cheio, neném/ Vou levar um lero com o diabo”. E na canção “Al capone”, debocha novamente do sacrifício de Cristo: “Ei, Jesus Cristo, o melhor que você faz é deixar o Pai de lado e foge pra morrer em paz".
 
O Senhor Jesus ama os Seus com amor sem igual, a ponto de esvaziar-Se de Sua glória celestial, vir ao mundo na forma de servo, humilhar-se até a morte e beber o mais amargo cálice, a fim de garantir a salvação dos que n’Ele crerem. Porém, Cristo exige que os homens se arrependam, neguem a si mesmos e morram para os prazeres sujos desse mundo. Em outras palavras, Ele exige renúncia. O ser humano não quer isso. Mas ser um devoto da senhora dos católicos romanos e espíritas não custa nada, qualquer um pode adorá-la, rezar o terço, manter uma imagem de escultura num lugar de honra de sua casa. Não é preciso amar o Senhor Jesus, nem mesmo respeitá-Lo, muito menos servi-Lo.
 
Evangélicos simpatizantes do ecumenismo, pensem nisso!

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