As ditaduras marxistas foram (e ainda têm sido) um dos períodos mais sombrios da história. O projeto de uma sociedade livre de opressão, concebido no Século XIX por pensadores como Friedrich Engels e Karl Marx (autor da obra clássica O Capital), começou a se materializar na sangrenta Revolução Russa de 1917, sob o governo de Lenin – responsável pela execução de toda a família real daquele país. Experimentou notável crescimento durante a ditadura de Stalin, época em que pelo menos vinte milhões de cidadãos da Rússia e países vizinhos foram mortos em decorrência das ações militares ou repressivas promovidas pelo déspota da Geórgia (uma matança três vezes e meia maior que o Holocausto Nazista!). Alcançou o Oriente em 1949, na República Popular da China chefiada por Mao Tsé Tung,
mentor da chamada “Revolução Cultural”, um período de intensa perseguição contra todo e qualquer suposto “adversário” do regime. E chegou ao Continente Americano uma década depois, na Cuba de Fidel Castro.
Nos países em que vigorou o socialismo marxista, os direitos e garantias individuais mais primários foram retirados da população. Na cidade de Berlim, o governo da então Alemanha Oriental chegou ao cúmulo de erguer uma muralha com o propósito de impedir que o povo passasse para o lado ocidental, a parte do território alemão não controlada pela tirania marxista. Em Cuba, milhares fugiram do país em embarcações – muitas delas precaríssimas – atravessando o mar até o Estado da Flórida, EUA, a fim de se livrarem do pesadelo Fidel Castro. Até hoje multidões de norte-coreanos sonham em deixar o país, fugindo para a vizinha
Coreia do Sul. De fato, o direito de ir e vir nunca foi respeitado nas nações socialistas, assim como o direito à escolha dos próprios governantes, a liberdade de expressão, a liberdade religiosa e tantos outros. A perseguição ao cristianismo ainda é terrível nos poucos lugares onde sobrevive o marxismo, especialmente
na Coreia do Norte, que mesmo hoje mantém cristãos em prisões idênticas aos velhos campos de concentração.
A sedução marxista contaminou muitos, nos quatro cantos do planeta. Em diversas nações, intelectuais, estudantes universitários e gente simples do povo trocaram seus empregos, estudos e famílias por uma vida na clandestinidade, empunhando armas de fogo e aprendendo táticas de guerrilha em organizações esquerdistas. Praticaram assaltos, sequestros e homicídios, tudo pelo sonho comunista. No Peru, o grupo Sendero Luminoso, encabeçado pelo ex-professor universitário Abimael Guzmán, implantou o terrorismo no campo, intimidando camponeses pobres mediante as táticas mais vis, a fim de conquistar aliados. Na Colômbia, as “Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia” se uniram aos traficantes de cocaína, gerando uma perigosíssima mistura entre ideologia política e criminalidade. Quanto estrago, quanta loucura, quanta perdição em nome de uma utopia fadada ao fracasso, que é a ilusão de transformar o mundo
num lugar de paz e fraternidade através da força!
Entretanto, há quem se diga cristão e, ao mesmo tempo, socialista. Pior, há quem pense que o projeto marxista é o meio pelo qual Deus irá libertar os oprimidos deste mundo! Existe um grupo de cristãos professos imaginando que os novos céus e nova terra não serão trazidos com o retorno triunfante de Cristo, o julgamento dos incrédulos, a derrota definitiva de satanás, a destruição do pecado, a glorificação dos eleitos, nada disso. Antes, acreditam que as forças opressoras do capitalismo são o real inimigo, e este será derrotado com a ascensão de governos populares, chefiados por operários e camponeses! Pensam que Marx cometeu um “pequeno equívoco” ao incentivar a implantação do ateísmo e a perseguição religiosa, mas, exceto por esse “deslize”, o economista alemão estava antevendo os planos de Deus para a redenção da humanidade quando escreveu “O Capital”!
Diante de tamanha aberração, resta ao verdadeiro cristão, aquele que acredita nas Escrituras, nas realidades espirituais ali mencionadas e na suficiência de Cristo, repudiar veementemente essa teologia louca e herética, a qual tenta submeter a Palavra de Deus ao projeto humanista e ateu de Marx. Pois o Reino do Senhor não é deste mundo (João 18:36), aqui somos como peregrinos e forasteiros (1Pedro 2:11), nossa luta não é contra a carne e o sangue (Efésios 6:12),
nossa esperança em Cristo não se limita a esta vida terrena (1Coríntios 15:19), temos convicção do retorno glorioso do Senhor Jesus à terra (Atos 1:11), nosso verdadeiro tesouro está nos céus (Mateus 6:20) e nosso anelo é vivermos a eternidade com o Senhor (João 14:3). E, sendo assim, socialismo e cristianismo representam duas cosmovisões absolutamente antagônicas e duas crenças totalmente incompatíveis. Marxismo cristão, nunca!
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