sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cristãos fãs de Nietzsche?

Dentre as muitas aberrações produzidas pelo liberalismo teológico, uma merece destaque por sua absoluta incoerência. São os cristãos professos que amam os escritos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Pois o famoso pensador do Século XIX, natural de Roecken, na Saxônia, foi um dos mais ferrenhos críticos do cristianismo em todos os tempos. Não do falso cristianismo, ou de qualquer desvio teológico, mas do puro Evangelho de Jesus Cristo, tal como revelado nas Escrituras.

As ideias de Nietzsche a respeito do homem e de Deus são o extremo oposto dos ensinos de Cristo, em especial das chamadas “bem-aventuraças” (Mateus 5:3-12). Para o filósofo, que se autodeclarava ateu, mais que felizes são os fortes, os poderosos, os que sabem se impor. Friedrich Nietzsche não considerava a mansidão e a humildade como virtudes, e sim fraquezas, debilidades. Dizia que o cristianismo era “religião da decadência”. Revoltava-se contra a doutrina bíblica da queda do homem em Adão.

Nietzsche considerava a compaixão como a principal fraqueza do homem, negava a existência de pecado, céu, inferno e a necessidade de salvação. Afirmava que “o Evangelho morreu na cruz”. Segundo a ética de Nietzsche, “bom” é o que produz poder ao homem, “mau” é tudo o que o enfraquece, e “felicidade” é a sensação de que o poder cresce. Apregoava como meta para a humanidade o surgimento do “super-homem”, ou “além-do-homem”: com o desenvolvimento dos indivíduos mais dotados e fortes (e o perecimento dos mais fracos), chegar-se-ia a esse modelo ideal de ser humano, desprovido de “debilidades” - sobretudo, dos valores cristãos.

Como alguém pode conciliar esses valores com os da Palavra de Deus, a qual ensina que a verdadeira sabedoria está em prostrar-se diante do Senhor, honrá-Lo, servi-Lo, amá-Lo sobre todas as coisas, doar-se em favor dos irmãos, dedicar-se ao cuidado pelos menores e mais carentes desse mundo, mortificar as paixões da carne, subjugar o orgulho, considerar-se um peregrino e forasteiro na terra, viver na esperança do retorno de Cristo em glória, almejar a vida eterna? Se alguém tiver uma explicação plausível, por favor nos mostre.

2 comentários:

  1. Só pra corroborar: http://davitardim.blogspot.com.br/2012/02/e-ainda-dizem-que-os-crentes-e-que-sao.html

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  2. Obrigado pela colaboração, irmão! Realmente, é incrível o fascínio pelo "contrário", principalmente entre os mais jovens!

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