(Esta é uma história fictícia. Mas bem poderia ser verdade!)
É manhã de domingo. Pessoas de vários bairros vêm chegando para a Escola Bíblica Dominical, e para o culto logo em seguida. São homens, mulheres e crianças de diferentes idades e diversas posições sociais, todos vestidos com pudor e bom gosto, mas sem ostentação. Famílias inteiras adentram no templo, uma construção sóbria, sem luxo excessivo, porém muitíssimo bem cuidada. Do hall de entrada partem para as salas de aula, que são em número de seis, sendo três
destinadas às crianças, conforme suas faixas etárias; uma para os adolescentes; uma maior para os adultos com mais tempo de caminhada cristã e outra reservada ao ensino bíblico fundamental de adultos recém-convertidos. Durante uma hora, as seis turmas recebem instrução da Palavra de Deus. A classe dos adolescentes e as duas
classes de adultos são doutrinadas por pastores, enquanto as turmas infantis são dirigidas por homens e mulheres tementes a Deus, criteriosamente selecionados dentre os membros da congregação.
Terminado o estudo, os participantes se dirigem ao salão principal do templo, ocupando quase todos os quinhentos lugares disponíveis nos bancos de
madeira. Ao lado do altar, o pianista e os doze cantores do coral se posicionam, enquanto o pastor presidente dirige as palavras de abertura do culto. Após a saudação, leitura de um Salmo e oração, toda a igreja se põe a louvar, com o hino “Santo, Santo, Santo, Deus Onipotente”. Na porta do edifício, os introdutores trabalham sem dificuldade, pois são pouquíssimos os que chegam com atraso, e os membros presentes comportam-se com respeito e reverência.
A atmosfera de quebrantamento já é evidente, quando a assembleia canta o hino seguinte: “Pai, eu Te adoro, minha vida Te entrego; Como eu Te amo!”. Nas reuniões dos sábados à noite, chamadas “Culto dos Jovens”, os cânticos são executados num formato contemporâneo, acompanhados por violões, teclados, baixo e bateria, mas ainda assim há exigência de que todos tenham letras biblicamente corretas e que exaltem a Deus somente. Porém, no domingo, os pastores não abrem mão do coral e do piano (ou órgão, conforme o caso), o que confere sobriedade e reverência ainda maior ao culto dominical.
A seguir, vem o sermão, pregado pelo ministrante, o pastor presidente da igreja. Durante cinquenta minutos, o Evangelho é exposto por meio de temas como o pecado inerente ao homem, a obra redentora de Cristo, a justificação somente pela fé e a imperativa necessidade do arrependimento. A mensagem, preparada ao longo de toda a semana pelo pastor, produz verdadeiro impacto na congregação. Embora o pregador seja um notório conhecedor das Escrituras, tendo feito doutorado
numa faculdade conservadora e bíblica – o que não tirou a sua humildade, consolidada em quase cinco décadas desde a sua conversão – nunca confia em sua própria capacidade no púlpito. Naquela mesma manhã, uma hora antes do início da EBD, o presidente já estava no templo com sua esposa, os dois pastores auxiliares, as esposas destes e cinco voluntários do grupo “Círculo de Oração”, a fim de orarem pelo estudo bíblico, o culto, e sobretudo pelo agir de Deus durante a exposição da Palavra. O SENHOR sempre abençoou essa atitude de zelo!
Após a mensagem, seguem as orações, muitas delas solicitadas pelos membros antes do culto, para serem levadas ao altar. A prática da oração intercessória naquela igreja é muito comum nas células, que são grupos com média de vinte participantes, os quais se reúnem às quartas feiras à noite nos lares, cada qual em seu bairro,
sempre dirigidos por membros experientes e supervisionados pelos próprios pastores. Esses grupos têm fortalecido o amor entre os crentes e favorecido o trabalho pastoral, especialmente o consolo, o encorajamento bíblico, a exortação e a disciplina, que ali é levada a sério, a fim de promover a pureza na denominação e
desencorajar a participação de falsos crentes. A oração é também o tema das reuniões das segundas feiras e sextas feiras à noite, os “Cultos de Oração”. Não obstante, vários membros ainda pedem a oração da igreja, que é feita ao final da celebração no domingo. Naquela denominação há um consenso de que as súplicas
dos crentes são essenciais para a saúde espiritual do Corpo de Cristo!
O culto termina com a execução do hino “Graças dou por esta vida” e a bênção de Números 6:24-26. Porém, os participantes não vão embora sem antes passarem por um momento de comunhão no hall. Todos se abraçam, se cumprimentam e conversam por um bom tempo, como é costume naquela congregação. Alguns vão até a livraria, um espaço junto às salas das classes da Escola Bíblica, onde são vendidos livros selecionados pelos pastores, sendo critérios o conteúdo rigorosamente bíblico e a coerência teológica. Por fim, os membros retornam para seus lares abençoados, cheios da graça divina, após uma manhã inteira de estudo da Bíblia, adoração, orações e comunhão sincera; uma reunião totalmente voltada para a glória de Deus!
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