quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Vencedores por Cristo: referência de louvor cristão

Em 1968 surgiu uma belíssima novidade no meio cristão evangélico brasileiro, com o lançamento do primeiro compacto do grupo Vencedores por Cristo. O VPC, como ficou conhecido, nasceu como um ministério destinado a treinar jovens para o serviço no Reino de Deus através da música. Acolheu rapazes e moças de diversas denominações evangélicas, e, em suas muitas equipes, treinou mais de quatrocentos e cinquenta adoradores, dentre eles Adhemar de Campos, Guilherme Kerr Neto, João Alexandre e Sérgio Pimenta. Ainda em atividade, o grupo é considerado uma referência de autêntico louvor cristão, uma unanimidade entre os crentes (famosos ou não) verdadeiramente tementes a Deus. Mas, afinal, quais são os motivos pelos quais os Vencedores por Cristo se tornaram esse referencial? O que os distingue de tantos grupos e artistas “gospel” contemporâneos?
 
Dois grandes diferenciais podem ser apontados. O primeiro é que, desde o início, o VPC fez uma opção por cantar as Escrituras. Muitas das letras de suas canções são extraídas diretamente dos textos bíblicos, em especial dos Salmos. As demais, embora não citem explicitamente passagens da Bíblia, tratam de temas em completa sintonia com a Palavra de Deus. Como exemplos destas, podemos citar os louvores “A começar em mim”, que fala de quebrantamento e união entre os irmãos, “Pai, eu Te adoro”, uma adoração ao Deus Triúno, e “Cristo é real”, fortemente evangelística. Desta maneira, os Vencedores por Cristo conseguiram evitar um mal terrível e muitíssimo comum no meio dito “evangélico”, a propagação de erros teológicos, heresias e mensagens humanistas nas letras das músicas. Se alguém deseja tirar uma prova, selecione aleatoriamente dez letras de canções do VPC, compare com as letras dos dez sucessos “gospel” mais tocados no momento e tire suas próprias conclusões!
 
O outro diferencial está no fato de os Vencedores por Cristo nunca terem promovido seus próprios integrantes à fama. O público cristão, especialmente os maiores de trinta ou quarenta anos, conhece o grupo ou, pelo menos, algumas de suas canções, porém os membros, individualmente, não eram postos em destaque. Sobretudo porque o ministério incluía várias equipes (e esta era a intenção, treinar muitos jovens e enviá-los para o serviço na Seara), o VPC não tem e nunca teve nenhum astro ou estrela em seu meio. Hoje, ao contrário, o mercado musical “evangélico” está repleto de famosos, cercados por tietes, e o tratamento dado pelos fãs aos artistas de sua preferência, lamentavelmente, beira a idolatria. Como consequência, na música “gospel” contemporânea a honra e a glória não pertencem somente ao Senhor Jesus, mas são tributadas, em grande parte, aos cantores e bandas. Nos Vencedores por Cristo, só o Rei dos reis recebe toda honra e toda glória.
 
A igreja brasileira precisa urgentemente de novos ministérios semelhantes aos Vencedores por Cristo. Homens e mulheres dispostos a se unirem num firme propósito de adorar a Deus por meio do louvor musical. Crentes verdadeiramente quebrantados, inconformados com o humanismo, tietagem e heresias reinantes nesta geração, desejosos por exaltar ao Senhor somente – ainda que isso lhes impeça de alcançarem um grande sucesso comercial. Servos de Cristo, dedicados a compor e interpretar canções com letras bíblicas, cristocêntricas, e melodias belas, suaves, adequadas à adoração. Cristãos autênticos, os quais não procuram aplausos para si próprios nem almejam o enriquecimento à custa da exploração do bendito Nome do Senhor. Adoradores, que não estão preocupados em cantar canções voltadas às necessidades materiais de seus ouvintes, mas anelam por cantar as grandes verdades espirituais. Você, que lê esta postagem, é músico e ama o Senhor Jesus, se dispõe a cultuá-Lo desta forma, na contramão de (quase) tudo que hoje tem sido feito, somente visando à glória de Deus? Que tal colocar as mãos à obra desde já?

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