Nas últimas semanas as principais cidades brasileiras têm sido tomadas por grandes manifestações populares. Partindo de São Paulo, onde um grupo de manifestantes protesta contra o aumento nas passagens de ônibus municipais, o movimento rapidamente cresceu, atingindo outros grandes centros, como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, etc. A maioria dos participantes tem queixado de forma pacífica, mas um grupo minoritário insiste em usar métodos violentos, como
depredar e incendiar bens. A polícia, por sua vez, é instruída a agir dentro da lei, embora haja denúncias de excessos por parte de alguns policiais.
Como crentes, nosso papel diante desses acontecimentos é, antes de qualquer outra coisa, conhecer o que Deus espera de nós, à luz da Sua inerrante Palavra. Analisar o discurso dos líderes desse movimento, e também a prática, ou o modo como externam suas ideias, a fim de nos posicionarmos biblicamente. E o que ali se verifica com clareza é a presença da extrema esquerda na liderança das manifestações. Grupos que desejam muito mais que um transporte público de boa qualidade a preços acessíveis. Ouça-os por quinze minutos, e dirão que todos os governantes instituídos, seja os do PT, PSDB, PR, PSB ou qualquer outro grande partido, deveriam ser igualmente combatidos. Defenderão o aborto e a legalização das drogas ilícitas, elogiarão o marxismo. Ouça-os mais, e ficará evidente a oposição deles contra o casamento e a família tal como Deus a instituiu, e contra todos os valores mais caros ao cristianismo.
Em 1Pedro 2:13-14, a Bíblia nos exorta: “Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem”. No mesmo sentido, em Romanos 13:1-2a: “Todo homem esteja sujeito às
autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus”. E eis a lição de Provérbios 24:21: “Teme ao SENHOR, filho meu, e ao rei, e não te associes com os revoltosos”!
Em suma, precisamos entender que cada prefeito, governador de Estado e a presidente da República foram eleitos e legalmente empossados; se um crente não estiver satisfeito com as administrações destes, que escolha outros nas próximas eleições, valendo-se da via democrática. Se um filho de Deus deseja manifestar opinião diversa da dos governantes, faça-o de forma legítima, dentro da lei. E, se deseja leis melhores, use os meios adequados, como os projetos de lei de iniciativa popular, constitucionalmente previstos. Ainda é possível expressar-se e ser ouvido neste país, graças a Deus!
O crente não precisa e nem deve ser politicamente ignorante. Pode discordar e manifestar-se, sempre com respeito às autoridades e dentro da lei. Mas deve evitar fazer-se presente em manifestações nas quais haja expressões de rebeldia, até para não ser injustamente reputado como rebelde. E, sobretudo, jamais, em hipótese
alguma, deve associar-se com ímpios, que professam clara e evidente oposição aos princípios e valores cristãos. “Porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?” (2Coríntios 6:14b-15).
Imagem disponível em: www.noticias.uol.com.br
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