quinta-feira, 6 de junho de 2013

O liberalismo teológico, suas incongruências e consequências

Os avanços científicos dos últimos séculos serviram de combustível a uma série de correntes de pensamento que vieram questionar a existência de Deus e a veracidade das Escrituras. Darwin, Marx, Nietzsche, Freud e tantos outros, implícita ou explicitamente se opuseram à fé cristã bíblica, pura e simples, a qual passou a ser vista por muitos como coisa do passado, fruto de mentes ignorantes. Nesse cenário, surgiu o chamado liberalismo teológico, como uma alternativa para o homem moderno, culto, que teve suas crenças tradicionais abaladas.
 
Basicamente, o liberalismo teológico propôs uma conciliação entre a fé cristã e o racionalismo humanista como um todo. Nesse esforço conciliatório, a primeira concessão feita pelos teólogos liberais (não a única) foi o abandono da doutrina da inerrância bíblica. Todo o texto das Escrituras passou a ser lido criticamente, e a Bíblia deixou de ser aceita como a Palavra de Deus, tornando-se, segundo esses teólogos, um registro humano, repleto de erros, que apenas contém a Palavra de Deus. Naturalmente, havendo contradição entre uma passagem bíblica e alguma teoria científica, os liberais descartavam aquela, em detrimento desta última, e assim o fazem até hoje.
 
Essa nova postura frente à Bíblia trouxe uma série de problemas para a própria teologia liberal, sobretudo a impossibilidade de se definir seguramente quais porções da Bíblia seriam a Palavra de Deus, e o que seria mero fruto da ignorância de escritores israelitas da antiguidade. Como solução, os liberais entregaram à igreja a tarefa de dizer aos seus membros o que, de fato, viria de Deus. Algo parecidíssimo com a prática dos concílios católicos romanos, os quais se reservam o direito de produzir novos dogmas a cada dia! Em suma, o liberalismo teológico faz teologia a partir do homem, e não mais da revelação de Deus. O povo cristão, antes firmado em terreno sólido, de repente viu-se convidado a andar sobre a areia... movediça!
 
O grande problema do liberalismo teológico é que, se os seus adeptos estiverem errados, sua posição diante de Deus não é nada boa. Pois as Escrituras expressamente requerem para si o status de Palavra infalível de Deus. Assim orou Jesus ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17). Portanto, segundo a Bíblia, os liberais são críticos da verdade! Também disse Jesus: “Examinai as Escrituras... são elas mesmas que testificam de mim” (João 5:39). Logo, conforme a Bíblia, os liberais contestam o testemunho seguro dado acerca de Cristo!
 
Mais que isso. A Bíblia faz severas advertências quanto à imprescindibilidade da fé em Cristo – tal como Ele é revelado nas Escrituras. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6a); “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16:16); “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36). “Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira” (Salmo 2:12). Qual é o Jesus dos liberais? Alguém que não nasceu de uma virgem, não ressuscitou, não realizou nenhum milagre, manteve falsas expectativas escatológicas, etc. Será que crer nesse “Jesus” alternativo – que definitivamente não é o da Bíblia – basta para alguém ser salvo?
 
Liberais não creem em inferno. Pensam que todo homem será salvo por Deus. Esse é um pensamento bastante simpático para o ser humano, imaginar que, independente de como alguém vive, em que crê, a quem se submete e quais são os seus valores, no final todos irão para o céu. Porém, é um ponto de vista insustentável biblicamente. A Bíblia, antes, nos fala sobre uma humanidade caída em pecado, separada de Deus, prestes a enfrentar o justo julgamento do Senhor; mas também nos revela a sublime obra de amor realizada por Cristo em favor dos pecadores que se arrependerem e n’Ele crerem. Este é o Evangelho, puro, autêntico, não falsificado!
 
Você, amigo(a) que nos lê, ponha de lado esses conceitos humanistas liberais que lhe foram ensinados na faculdade de teologia! Esqueça as conjecturas filosóficas inúteis e creia em Cristo! Pare de negligenciar o futuro eterno de sua alma; Bultmann e Paul Tillich não poderão salvá-lo(a)! Se for preciso, rogue ao Senhor que lhe conceda fé no Filho de Deus! Busque a Cristo, o verdadeiro, descrito nas páginas da Bíblia, deseje-O com todo seu coração! E, quando Ele lhe for revelado, todo o conhecimento acadêmico que um dia lhe fascinou será menos que nada, diante da excelência da glória do Senhor Jesus!

4 comentários:

  1. Glória a Deus!
    É desse jeito e não mudará!
    "De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso;"
    Romanos 3:4a

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    1. Realmente, que o Senhor e a Sua Palavra, expressa nas Escrituras, seja nosso único padrão de vida e única fonte de verdade!
      Obrigado pela participação, e que Deus lhe abençoe!

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  2. Na verdade, a teologia liberal, da um tiro em seu próprio pé. Se ela questiona a validade do testemunho das escrituras, contendo milhares de anos a experiência sobrenatural de homens com Deus,como validaria a experiência com Ele sem esse padrão chamado de Escritura Sagrada? Como posso ser Cristão, sem Cristo. Se pensarmos como eles, não teremos mais um Deus, mais uma multiplicidades de deuses feitos a nossa maneira particular.

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  3. Obrigado pela participação, irmão Rômulo! Deus o abençoe!

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