domingo, 27 de setembro de 2015

Uma igreja que agrada a Deus (segundo Jesus)

As sete cartas às igrejas da Ásia menor, contidas nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, são autênticos tesouros para a noiva do Cordeiro. Nelas encontramos uma síntese de tudo o que agrada ao Senhor Jesus, e também das coisas que mais O ofendem. Ali lemos palavras de consolo, incentivo, exortação, além de promessas gloriosíssimas. A mensagem de Cristo aos anjos das sete igrejas é completa e perfeitamente apta para direcionar as denominações cristãs de todos os lugares e épocas. 

Hoje, pastores e demais líderes preocupam-se grandemente em como satisfazer as necessidades das pessoas. O homem é o centro, isso fica claro na decoração do templo, no tema das pregações, nas músicas de louvor, no formato das reuniões, na aparência e linguajar de quem está no púlpito. Mas, se nós atentarmos para os elogios feitos pelo Senhor nas sete cartas, teremos uma fiel descrição de como deve ser uma igreja que agrada a Deus. Por isso, aqueles que desejam a aprovação do Mestre precisam deixar de lado as fórmulas de crescimento numérico tão exploradas atualmente e voltarem sua atenção às palavras d'Ele. É o que faremos desde já. 

A Éfeso, disse Jesus: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar os homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. (…) Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. 

Na carta a Esmirna, assim lemos: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico)”. A Pérgamo disse o Senhor: “Conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós”. Para Tiatira, são estes os elogios: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. 

Na carta a Sardes podemos ler: “Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas”. Finalmente, a Filadélfia, disse Jesus: “Conheço as tuas obras (…) que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. (…) guardaste a palavra da minha perseverança”. A Laodiceia o Senhor não tem um único elogio, por isso não há o que citar. 

Com base no que foi lido, temos condições de descrever a igreja que agrada a Deus. Ela deve reunir as seguintes características, conforme o próprio Jesus: trabalhar incansavelmente em favor do Reino do Senhor; não tolerar passivamente qualquer novidade de doutrina, mas submeter tudo ao crivo da Bíblia; repudiar heresias e hereges; perseverar no Caminho, mesmo em meio a lutas e provações; buscar os tesouros espirituais, e não os materiais; estimar supremamente o nome de Cristo (o das Escrituras!) e não negar a fé, ainda que sob risco de morte; amar intensamente; crer de todo coração; doar-se em favor do próximo; crescer em obras a cada dia; viver em santidade, não se contaminando pelo pecado; obedecer à Palavra de Deus; manter-se firme mesmo sem ter forças próprias. 

É fácil? De maneira nenhuma! Essas coisas exigem entrega, negar-se a si mesmo, tomar a cruz e seguir o Senhor. O modelo de Cristo é o do discipulado radical, implica em tornar-se um peregrino nesse mundo e viver com os olhos voltados para o céu. As cartas de Apocalipse 2 e 3 expõem o contraste gritante entre as denominações contemporâneas e a autêntica noiva do Cordeiro, humilham-nos, evidenciam a futilidade do nosso estilo de vida. Ah, como somos mundanos, tolos, diferentes dos santos do passado! Que Deus tenha misericórdia de nós, abra os nossos olhos espirituais e ponha os Seus imutáveis valores em nossos corações!

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