Antes de subir aos céus, o Senhor Jesus, ressurreto dentre os mortos, deixou uma ordem aos apóstolos, de fazerem discípulos em todas as nações, batizando os tais em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo e ensinando-os a guardar a Palavra de Deus. A igreja anela por esse crescimento saudável, bíblico, mediante o acréscimo de mais pessoas genuinamente convertidas, transformadas, salvas, libertas do poder do pecado, cheias de amor por Cristo e dispostas a servi-Lo.
Recentemente, as denominações evangélicas têm experimentado grande crescimento numérico, com o aumento significativo da quantidade de membros batizados. Mas o número de discípulos do Senhor não cresce, e isso se torna evidente quando observamos o testemunho público dos chamados “evangélicos” deste país. Não existe diferença entre os que professam a fé no Evangelho e os descrentes, ambos vivem da mesma forma, mantém o mesmo comportamento, frequentam os mesmos lugares, usam o mesmo tipo de roupa, assistem aos mesmos programas de TV, acessam os mesmos sites na Internet. Talvez existam hoje menos crentes verdadeiros no Brasil do que havia há trinta anos atrás.
O que tem crescido assustadoramente no nosso meio é o joio: pessoas não regeneradas, não salvas, sem nenhum amor a Deus e ao próximo, que se tornaram membros de alguma denominação evangélica porque lhes era conveniente. Um dia assistiram a um culto evangélico, gostaram e continuaram frequentando as reuniões de certa igreja. Então, foram batizadas e aceitas como membros, embora nunca tenham sido convertidas. Muitas delas hoje estão tocando ou cantando em grupos de louvor, liderando células, pregando mensagens nos púlpitos e algumas até se tornaram pastores, o que é uma tragédia!
Certamente a igreja desta geração não entendeu a Grande Comissão dada por Cristo. O Senhor não ordenou que enchêssemos templos e usássemos todo tipo de artifícios para convencer as multidões a continuarem indo aos nossos cultos. A ordem foi para que fizéssemos discípulos, ou seja, seguidores de Jesus. Devemos, é claro, pregar o Evangelho a toda criatura, mas sem diluir a mensagem da salvação a fim de torná-la atraente, leve e aceitável. Os cultos na maioria das denominações são espetáculos repugnantes aos olhos de todo
verdadeiro servo de Deus. O louvor é carnal, a postura dos ministrantes não demonstra reverência nenhuma, a pregação é humanista, piadas são contadas no púlpito, as heresias florescem e o alvo maior é a conquista de bens materiais. Tudo está errado!
O que precisa ser feito para revertermos essa situação caótica? A solução é simplesmente fazermos o que o Senhor nos ordenou: irmos por todo o mundo pregando o Evangelho (puro, bíblico, não falsificado, completo) a toda criatura, e, aos que, pelo poder do Espírito Santo, forem salvos, batizarmos e lhes ensinarmos a Palavra de Deus. Se o joio presente no nosso meio não gostar e, insatisfeito, abandonar nossas igrejas, pouco importa. Se o número de membros diminuir, isso não é problema. Basta de cristianismo de aparências, chega de buscarmos a simpatia do mundo para lotarmos nossos templos! Não precisamos de evangélicos nominais, e sim de soldados a serviço do Reino de Cristo! Sejamos poucos, uma porção
inexpressiva da população, antipatizados e ridicularizados, conquanto o Senhor Se agrade de nós! Brilhemos como faróis na escuridão, seja o nosso testemunho impecável! Já brincamos demais com o sagrado; voltemos a ser a igreja de Jesus, noiva do Cordeiro, pronta para encontrar-se com o Rei!
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