quinta-feira, 30 de julho de 2015

Uma bela história de conversão (a importância do louvor cantado)

Em seu testemunho pessoal, registrado num vídeo da “Heartcry Missionary Society”, o pastor americano Paul Washer conta-nos a bela história de conversão de sua mãe. Ela tinha doze anos de idade e estava brincando de boneca na casa de uma amiga, cuja família era evangélica batista. Então, os familiares dessa amiga, que estavam no andar de baixo da casa, se reuniram em volta do piano e começaram a cantar hinos cristãos. Enquanto ouvia aqueles cânticos, a mãe de Paul Washer foi sendo tomada por uma forte convicção de pecados. Percebeu que o seu estilo de vida ofendia a santidade de Deus, e isso a incomodou a ponto de desabar em doloroso pranto. Os crentes, ouvindo o choro compulsivo que vinha do segundo andar, se assustaram, imaginando que a menina havia se machucado, e foram socorrê-la. Então, percebendo o que tinha acontecido, expuseram-lhe o Evangelho, e a criança foi salva naquele mesmo dia. 

Essa história verídica demonstra a grande importância do louvor cantado. Canções que falem dos sublimes atributos de Deus, da obra redentora de Cristo ou outros temas bíblicos, além de trazerem honra e glória ao Nome do Senhor, podem servir como instrumentos eficazes para a salvação de almas! Em seu livro “A Treatise Concerning Religious Affections”, lançado no Brasil sob o título “A Genuína Experiência Espiritual”, Jonathan Edwards fala do poder com que a verdade divina, quando declarada em poemas e cânticos, se imprime em nossas almas. O fato de existir um hinário na Bíblia – o livro de Salmos – prova que Deus abençoa a adoração cantada. O próprio Senhor Jesus, antes de ir para o Getsêmani, cantou um hino com Seus discípulos (Mt 26:30). Em toda a trajetória da Igreja a música ocupou papel destacado, e diversas canções escritas há três, quatro ou cinco séculos atrás são lembradas até hoje! 

Compor músicas cristãs e apresentá-las ao povo de Cristo é coisa séria. Se alguém deseja exercer essa tarefa e fazer dela uma profissão e um ministério, é bom que pense bem e meça as consequências antes de se tornar um músico de louvor. Pois, assim como o autêntico pregador do Evangelho não fala o que quer, mas o que Deus lhe ordena através das Escrituras, também o músico verdadeiramente a serviço da Igreja não canta sobre o que quer, e sim a respeito do que a Bíblia determina que cante. E o faz para agradar ao Senhor, não a si mesmo ou às outras pessoas. Muitos almejam montar uma banda, gravar CDs e DVDs, apresentar-se em megaeventos diante de multidões e ganhar rios de dinheiro. Quem sonha com essas coisas, saiba que é melhor compor e tocar canções seculares do que realizar negócios e satisfazer o próprio ego usando o Nome do Rei dos reis em vão. 

O que aconteceria se hoje, aqui em nosso país, uma menina de doze anos fosse até a casa de uma amiga evangélica para brincar, e os moradores estivessem no cômodo ao lado cantando os sucessos “gospel” do momento? Aliás, o que acontece quando um incrédulo vai ao culto numa denominação evangélica qualquer e ouve todas aquelas canções “de louvor”? Nada! Não há quebrantamento, consciência da glória de Deus, arrependimento de pecados ou salvação, porque as músicas não louvam ao Senhor, somente ao próprio homem. Tudo gira em torno da satisfação de desejos humanos, nada é feito para agradar a Deus ou alertar o pecador acerca do perigo de uma eternidade sem Cristo. Nossas igrejas deixaram de lado os maravilhosos hinos cristãos do passado, bíblicos e repletos de unção, trocando-os por canções pop que falam de sonhos e prosperidade! Que lástima! 

No passado os músicos evangélicos não possuíam os melhores instrumentos e equipamentos. Não eram contratados pelas grandes gravadoras nem recebiam altos cachês, e sequer cogitavam a hipótese de tornarem-se superestrelas. Não existiam festivais grandiosos de música evangélica transmitidos para todo o país pela TV. Porém as pessoas se convertiam ouvindo hinos como “Foi na Cruz”, “O Bom Pastor”, “Maravilhosa Graça”, “Oh, Quão Feliz Eu Sou”, “Ao Pé da Cruz”, “Porque Ele Vive” e “Tudo Entregarei”, só para citar alguns. O Espírito Santo agia usando a força das letras e a beleza das melodias, e como resultado pecadores entendiam sua necessidade de salvação. Se isso acontecia ontem e hoje não acontece mais, é hora de nos arrependermos, suplicarmos ao Senhor que nos perdoe por termos permitido musiquinhas com letras egocêntricas ocuparem lugar central em nossas reuniões de culto. É tempo de varrermos o lixo “gospel” do nosso meio, passando a selecionar com rigoroso critério as canções mais recentes que ainda mereçam ser cantadas. E de voltarmos a usar nossos velhos hinários, hoje empoeirados e esquecidos nas prateleiras de um depósito qualquer.