terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Hipocrisia (parece igreja, mas não é)

Em meados da década de 1980 havia um comercial na TV de um shampoo anticaspa, anunciado como “aquele que parece, mas não é”. Dois garotos-propaganda falavam sobre as características do produto, e um deles dizia: “parece remédio... tem cheiro de remédio... tem cor de remédio...”, ao passo que o outro reiteradamente respondia: “mas não é!”. O referido anúncio publicitário, famoso na época, veio-nos à memória hoje, quando refletíamos sobre a situação da igreja. Pois, assim como o produto que à vista parecia um remédio e, no entanto, não era, existe também um agrupamento de pessoas parecido com uma igreja. Mas, definitivamente, não é. 

Aqui não estamos falando de “teologia da prosperidade”, nem do oba-oba “gospel” (o falso evangelho que promove entretenimento para atrair multidões), tampouco das manifestações bizarras de gente rolando, uivando e dando gargalhadas durante as reuniões. Honestamente, essas coisas não se parecem nem um pouco com as práticas das verdadeiras igrejas cristãs, e mais se assemelham aos espetáculos do mundo. Falamos de algo muitíssimo mais sutil, um grupo de pessoas com aparência de piedade. Gente que se veste com pudor e modéstia, adota um linguajar moderado e sem palavras torpes, carrega suas bíblias debaixo do braço, gosta de cantar hinos cristãos clássicos, ora com entonação de voz fervorosa. Mas, secretamente, pratica coisas vergonhosas, totalmente contrárias aos valores bíblicos. São os hipócritas. 

O hipócrita não é aquela pessoa que, uma ou mais vezes, cai em pecado, mas se arrepende e clama a Deus por restauração. Não é alguém que luta para não pecar, e lamenta sinceramente quando peca. A hipocrisia é algo completamente distinto, porque não dá espaço ao arrependimento. Hipócritas não têm dramas de consciência e nem se importam com a vontade de Deus. Sua única preocupação é manter uma boa aparência, apta a impressionar os outros. Como o pastor que abusa de mulheres no gabinete pastoral. O jovem pregador usuário de drogas. A ministrante de louvor que, além de ter um marido, também possui um amante. O líder de jovens cuja vida sexual é tão ativa e suja quanto a dos piores incrédulos. O diácono que, em seus negócios seculares, explora funcionários, sonega impostos e vende mercadorias falsificadas. A líder de círculo de oração que, através de fofocas e intrigas, arruína ministérios, abala casamentos e destrói amizades, por pura inveja. 

A única motivação para o hipócrita estar na igreja é a conveniência. Ele deseja ganhar dinheiro, manter um prestígio social, ser aprovado por seus familiares, conquistar a admiração de outras pessoas, etc. Porém, nunca nasceu de novo, jamais foi convencido de seus pecados pelo Espírito Santo, não ama a Deus e despreza a lei do Senhor. Se algum dia, por qualquer motivo, perceber que lhe é mais vantajoso abandonar a igreja, fará isso sem pensar duas vezes. Quando as iniquidades de tal pessoa são descobertas, os irmãos verdadeiros perdem o chão, pois nunca poderiam imaginar que aquele homem ou mulher em quem tanto confiavam vivia secretamente mergulhado em perdição. 

Não é sem motivo que o Senhor Jesus por diversas vezes repreendeu veementemente os hipócritas de Israel. O Mestre preferia expor o Evangelho aos publicanos e meretrizes, os piores párias da sociedade, pois estes O ouviam e eram levados ao arrependimento. Que Deus tenha compaixão de nós hoje e afaste do nosso meio as pessoas semelhantes aos fariseus e escribas dos tempos de Cristo, gente que se veste como crente, fala como crente, cita a Bíblia como crente, ora (ou finge orar) como crente, age publicamente como crente, mas, em oculto, pratica as piores maldades, fria e despreocupadamente. Porque os tais podem causar estragos terríveis ao povo de Deus, levando muitos à decepção e desânimo. Exatamente porque parecem ser parte da igreja de Cristo, mas não são.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

“Eu quero mais de Ti”... Tem certeza?

Eu quero mais de Ti”. Essa frase aparece em N canções de louvor contemporâneas e é repetida em coro por multidões de evangélicos. Para a maioria, o sentido dessas palavras é mais ou menos o seguinte: eu quero falar em línguas, ter diversos dons (de cura, visão, revelação), presenciar milagres, receber a visita de anjos, expulsar muitos demônios pelo Nome de Jesus. Enfim, desejam ver sinais e prodígios, fenômenos sobrenaturais, como nos tempos de Moisés e Josué, de Elias e Eliseu ou da igreja primitiva. 

Porém, o nosso Deus é muito mais que isso. Quando alguém se dirige a Ele pedindo “eu quero mais de Ti”, deve estar disposto a ser transformado conforme a vontade do Senhor. Ninguém pode tornar-se um instrumento poderoso nas mãos de Deus enquanto estiver vivendo no curso desse mundo, buscando os próprios interesses, fazendo a vontade da carne. Querer mais do Senhor sem amar o Seu caráter nem desejar viver para a Sua glória, é loucura. Há falsos mestres realizando milagres em Nome de Cristo, mas o destino final deles é o inferno (leia Mateus 7:22-23)! Alguém gostaria de ser um ímpio operador de maravilhas, condenado à perdição eterna? Não, evidentemente. 

A principal obra feita por Deus na vida dos que almejam receber mais de Seu poder é a santificação. O Senhor é santo e Seus filhos também devem ser santos. Como o nosso coração está cheio de vaidade, avareza, orgulho, lascívia, inveja e tantas outras coisas horríveis, nosso papel é dizer “não” à nossa própria vontade dia após dia. Não àquela velha amizade, não àquele programa de TV, não àquele site na Internet, não àquelas músicas, não àquela proposta imoral, não àqueles ambientes que antes frequentávamos, não àquele tipo de roupa, não àquele namoro! E buscar o pudor, a modéstia, a humildade, a simplicidade, a pureza de intenções, não por esforço próprio, mas com a graciosa ajuda de Deus. 

Quem deseja mais do Senhor também receberá fome e sede de justiça. Não a justiça segundo este mundo, mas a verdadeira, vinda de Deus. Isso implica em compadecer-se dos perdidos, tanto grandes quanto pequenos. Sentir a dor dos famintos, das prostitutas, dos encarcerados, dos viciados em drogas, dos milhões que trilham caminhos de morte, longe de Cristo. E levar até eles o Evangelho com palavras, testemunho e disposição em ouvi-los e socorrê-los no que for necessário e possível. Compartilhar as boas-novas de Deus, nosso tempo e recursos, inclusive nosso dinheiro. Logicamente não vamos tirar o sustento da nossa família para dá-lo aos outros, mas devemos, sim, abrir mão de luxos e futilidades em prol de quem nada possui. 

Consequentemente, a pessoa terá um estilo de vida completamente diferente do que tinha. Seus olhos serão voltados para a eternidade, não mais para as coisas terrenas. Passará a orar dia e noite, com lágrimas e gemidos, pois entenderá que este mundo de fato jaz no maligno. Odiará seus próprios pecados, desejará nunca mais cometê-los. Estudará a Bíblia saboreando cada passagem, deleitando-Se em conhecer mais da glória do Rei dos reis. As vitrines e outdoors perderão todo o brilho, os impulsos consumistas tornar-se-ão ridículos. Se o Senhor nos concedesse, generosamente, mais do que Ele é, nós seríamos assim, peregrinos e forasteiros, anelando dia e noite pela volta de Cristo, cheios de amor por Ele, dispostos a glorificá-Lo em todas as nossas atividades. 

E você que lê esta postagem, ainda quer mais do Senhor? Tem certeza?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Falsas conversões de famosos: um escândalo para o Evangelho

O ator que estrelou em diversas telenovelas, a atriz e modelo tão cobiçada nos anos 90, o cantor que emplacou vários sucessos românticos no passado, a ex-apresentadora de programa infantil, o ex-jogador de futebol vencedor de vários títulos estaduais e nacionais, de repente anuncia sua conversão à fé evangélica. Programas de auditório na TV e sites de Internet espalham a notícia, o Brasil inteiro toma conhecimento e muitos evangélicos do povo se alegram com o que imaginam ser o crescimento do Reino de Deus em nosso país. 

Pouco tempo depois aquele astro ou estrela volta às manchetes da grande mídia, mas desta vez o assunto é outro. Agora ele, ou ela, aparece divorciado, frequentando boates e eventos de carnaval, acumulando sucessivos namoros autodestrutivos, embriagado, atuando em filmes pornográficos, exibindo o corpo em revistas eróticas, dando vexames patéticos. Alguns chegam a se envolver até mesmo em casos de polícia. E muitos incrédulos, inimigos do Evangelho, vendo estas coisas, riem, fazem piadinhas, se divertem ao assistir a queda daquele famoso que supostamente havia se convertido a Cristo. 

Histórias como essas, que nos enchem de tristeza, acontecem frequentemente. E, com raríssimas exceções, os protagonistas são pessoas que nunca tiveram um real encontro com o Senhor Jesus. Suas pretensas “conversões” não passaram de um entusiasmo temporário, uma experiência efêmera, uma frustrada tentativa de preencher o imenso vazio de seus corações. Mas então as tentações vieram, satanás as atacou furiosamente e elas, sem o consolo do Espírito Santo, não conseguiram suportar e logo caíram. Alguém as enganou, declarando que elas haviam sido transformadas pelo poder de Deus, e elas acreditaram nessa mentira. 

Logo, existem mais culpados aí. Esses famosos não convertidos têm sua responsabilidade pessoal, mas há outros que carregam uma culpa muito maior. São pastores, quase sempre de denominações neopentecostais, que se envaideceram ao verem diante de si aquele ator, cantor, modelo, apresentador ou atleta conhecido em todo o Brasil. E, apressadamente, os declararam “salvos”. Qualquer crente em Jesus Cristo, temente a Deus, podia perceber algo errado naqueles “novos convertidos”. Não havia verdadeira transformação, não havia quebrantamento e absolutamente nenhum sinal de piedade neles! Tudo não passava de “oba-oba”, isso estava claro como água! Mas não para os pastores que em um mês os batizaram e os receberam como membros de suas igrejas. 

O que faz um ministro de Deus sério quando vê alguém novo acompanhando os cultos em sua igreja? Procura conversar reservadamente com aquela pessoa (pouco importa se é uma estrela na mídia ou um desconhecido), sondar se já é uma serva de Deus, e, constatando que não é, passa a expor a ela o Evangelho com toda clareza. Isso nem sempre acontece em um dia, talvez seja necessário agendar uma série de aconselhamentos, conversar exaustivamente com ela. Até que Cristo seja formado em seu coração, até que o Espírito Santo a quebrante e venha o arrependimento de pecados. Pois não existe conversão sem arrependimento. E então, crendo na obra realizada pelo Senhor Jesus no Calvário, aquela pessoa é salva. 

Mas o papel do pastor não acaba aí. O próximo passo é o discipulado, quando se ensina ao novo convertido os caminhos do Senhor com mais profundidade. Com o apoio da igreja, a pessoa aprende a ter uma vida de oração, leitura e meditação na Palavra de Deus, renúncia ao pecado, comunhão com os irmãos, etc. A salvação já aconteceu, mas a santificação é um processo que durará a vida inteira. Para tanto, a igreja precisa manter uma estrutura apta a oferecer o que for necessário ao crescimento espiritual do novo membro, incluindo uma boa escola bíblica dominical, reuniões de oração, oportunidades que promovam a comunhão e, sobretudo, uma sólida doutrina alicerçada nas Escrituras. Quem é o responsável por tudo isso? O pastor, pois Deus lhe confiou essa obra. 

Porém, nada disso foi feito. Não houve uma cuidadosa apresentação do Evangelho, nem um programa de aconselhamento ou acompanhamento do novo membro, muito menos discipulado. Sobrou irresponsabilidade, a obra de Deus foi tratada como se fosse brincadeira. É claro que, mesmo em ministérios sérios, no meio de autênticas igrejas cristãs, pode acontecer de alguém se desviar e fazer coisas terríveis. Mas, dentre os famosos que têm protagonizado histórias vergonhosas depois de terem se declarado “evangélicos”, a grande maioria dos casos é, sim, de falsas conversões toleradas por pastores que ainda não entenderam o seu papel. Agora o escândalo já aconteceu, o Evangelho foi envergonhado e o bendito Nome de Cristo, blasfemado entre os incrédulos. E a nós só resta clamarmos por misericórdia, em favor do falso convertido, do pastor e de nós mesmos, tão sujeitos a fraquezas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A diferença entre o cristianismo e todas as outras religiões

Há algum tempo atrás, um livro nos chamou a atenção numa prateleira de supermercado pelo título, que era: “Unidade – Os princípios comuns a todas as religiões”. Não era uma publicação de uma editora cristã protestante, é verdade. Mas aquele fato nos trouxe à memória outra publicação, da Editora Sinodal (ligada à Igreja Evangélica de Confissão Luterana), chamada “Precisamos saber mais – Contribuições para o diálogo inter-religioso” (Org. Roy H. May), na qual os evangélicos luteranos são convidados a uma aproximação com os adeptos dos mais diversos credos. Incrível o esforço feito por tantos no intuito de promover o ecumenismo, a união de todas as religiões, como se, afinal, tudo se resumisse na crença em algum tipo de divindade e na disposição em fazer o bem ao próximo! 

De fato, as religiões em geral apregoam a necessidade de se amar o próximo, incluindo nisso o respeito aos pais, a honestidade nos negócios, o socorro aos necessitados, dentre tantas outras coisas. A diferença essencial entre o cristianismo e todas as demais religiões é o motivo pelo qual se faz tudo isso. A motivação do coração, para os que não são cristãos, é aperfeiçoar-se, evoluir, aproximar-se de Deus, buscar se chegar até Ele, conquistando a salvação (ou um destino eterno melhor) através das boas obras. Assim pensam os budistas, espíritas kardecistas, muçulmanos, etc. Na prática, esse é também o pensamento dos católicos romanos, lamentavelmente. Mas, para os cristãos, a motivação é outra, ainda que algumas de suas obras se assemelhem às dos religiosos seguidores de outras crenças. A razão pela qual praticamos o bem não se refere, em absoluto, à busca por aperfeiçoamento, evolução ou salvação. 

O cristianismo é, primariamente, a crença em um Deus misericordiosíssimo, o qual Se compadeceu de nossas misérias, enviando Seu Filho Jesus Cristo para morrer numa cruz em nosso lugar, a fim de pagar o preço dos nossos pecados. E, mediante o arrependimento e a fé no Filho de Deus, produzidos pelo Espírito Santo, somos salvos, justificados perante o Senhor, recebidos como filhos adotivos. Esta é a nossa certeza, a de que somos perdoados, mesmo sem merecermos. Pois nunca, jamais, em hipótese alguma conseguiríamos conquistar nossa salvação mediante obras, por mais que nos esforçássemos. Somos salvos unicamente pela graça. Nenhuma outra religião crê nisso, somente nós, cristãos. E isso não é um detalhe, um ponto menos importante. Antes, é a essência de tudo em que cremos. Se alguém imagina ser salvo por obras, tal pessoa pode ser qualquer coisa, menos um cristão. 

Então, por que praticamos boas obras? Por um simples motivo, o desejo de agradarmos ao nosso Deus, O qual nos amou primeiro, nos resgatou, perdoou e salvou. É por gratidão e por amor a Ele! A simples ideia de que alguém poderia chegar à glória do céu, à santa presença de Deus, por meio de obras, nos é absolutamente repugnante! Nada provém de nossos méritos (que não possuímos), tudo vem de Deus. Somos salvos por Cristo, não conquistamos nossa salvação. Nem um milhão de reencarnações ou um milhão de anos no “purgatório” ou um milhão de obras de caridade bastariam para nos levar ao céu. Mas o sangue de Jesus Cristo derramado na cruz em nosso favor, o amor do Pai que nos escolheu e o poder do Espírito Santo que nos regenera, isso sim, é suficiente para nos salvar. O cristianismo, somente o cristianismo, é a religião da graça!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Pregação do Evangelho ou palestra motivacional?

Recentemente têm despontado no meio evangélico pastores que usam o púlpito de uma maneira completamente diferente dos seus colegas de gerações passadas. O semblante desses novos pastores é descontraído, não há neles o menor sinal de quebrantamento. Não gostam de falar sobre pecado, arrependimento, graça, salvação, santificação ou vida eterna; os temas de suas mensagens relacionam-se às questões desse mundo, não enfocando a necessidade de alguém testemunhar a Cristo em seu viver cotidiano, e sim demonstrando como se pode alcançar qualidade de vida. As ilustrações e exemplos apresentados por eles não produzem contrição nos seus ouvintes, e sim gargalhadas. Quem os ouve aplaude e sorri o tempo inteiro, e volta para casa sentindo-se leve, despreocupado. 

Esses novos pastores são talentosos. Não é justo acusá-los de mediocridade. Sua capacidade de prender a atenção do público é notável, bem como a habilidade em provocar reações. Não há monotonia quando falam, as pessoas gostam de ouvi-los. São excelentes palestrantes motivacionais (e isso é dom de Deus). Seriam as pessoas mais indicadas para se apresentarem em eventos promovidos por grandes empresas, quando se pretende melhorar o ambiente de trabalho e o desempenho dos funcionários. E, como palestrantes, mereceriam receber altos cachês, porque são competentes. Poderiam viver dignamente, trabalhando em uma profissão secular de modo agradável a Deus, e dali terem provido o seu sustento e o de sua família. 

O problema é que eles estão no lugar errado, ocupando púlpitos de igrejas ao invés de palcos em centros de convenção. E na função errada, atuando como pastores, e não como palestrantes. Pois existe um abismo entre o papel destes e daqueles. O pastor tem o dever de pregar o Evangelho tal como revelado nas páginas da Bíblia, e ao fazê-lo deverá, necessariamente, proclamar o arrependimento e a submissão ao senhorio de Cristo. A pregação bíblica não produz risadas nem faz alguém sentir-se mais leve; antes, expõe a miséria do homem pecador, levando-o ao quebrantamento e à dor no coração, que só passa mediante a confissão feita a Deus. A única motivação gerada pela exposição do Evangelho é a certeza de que o Senhor Jesus um dia virá nos buscar, e até lá devemos viver de modo a glorificarmos Seu Nome e O revelarmos ao mundo através de nosso testemunho. O ministério pastoral e a consultoria motivacional não se confundem, em hipótese nenhuma! 

Talvez algum pastor com o perfil dessa nova geração leia este texto e se sinta ofendido, porque tem convicção de seu chamado. De fato, pode ser que haja homens vocacionados ao ministério pastoral usando o púlpito de modo equivocado, como se o seu papel fosse motivar e entreter os membros de suas igrejas. A cada um destes, com toda humildade, dizemos o seguinte: Prezado pastor, você foi escolhido pelo Senhor para anunciar o Seu glorioso Evangelho. Em Nome de Jesus, esqueça tudo que você tem lido, visto e ouvido a respeito de pregação e ministério hoje em dia. Seu modelo precisa ser outro! Leia atentamente os discursos do Senhor Jesus e os da igreja primitiva registrados nas Escrituras (por exemplo, os de Estevão e de Pedro). Depois estude as pregações de ministros santos do passado, como Jonathan Edwards, John Wesley, Charles Spurgeon, etc. Tome-os como exemplo e aprenda com eles, pois o tempo comprovou que foram fieis e produziram excelentes frutos. 

Entenda uma coisa. O pastorado traz consigo responsabilidades tremendas. O Senhor Deus lhe pedirá contas da alma de cada um dos membros e visitantes da congregação na qual você exerce seu ministério, e até mesmo de cada uma das pessoas que adquiriram os DVDs de suas palestras ou assistiram a elas pela Internet! Você, pastor, não precisa ser infalível, graças a Deus. Mas tem a obrigação de se colocar debaixo da autoridade do Altíssimo, buscar n’Ele orientação e unção, e anunciar tão-somente o Evangelho. Não a mensagem que o mundo deseja ouvir, não aquilo que provoca risos e arranca aplausos das multidões, mas a Palavra de Deus! Tome, então, uma decisão radical, reveja os temas de suas mensagens e o modo como elas têm sido expostas, torne-se irreconhecível para os seus ouvintes! Cumpra o seu ministério do modo correto, como os verdadeiros ministros de Deus sempre fizeram desde os tempos dos apóstolos, pois isso agradará ao Todo-Poderoso. E quando você tiver que comparecer perante o Tribunal de Cristo, entenderá o quanto valeu a pena deixar a aprovação do mundo para fazer a vontade do Senhor!