terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A história de um crente que se desviou no Seminário

Aos dezesseis anos, Jonas vivenciou uma genuína experiência de novo nascimento. Foi num acampamento promovido pela igreja durante o carnaval. Na segunda-feira, por volta de sete e meia da manhã, orando com os irmãos antes do café, o rapaz que até então não se interessava pelo Evangelho e frequentava os cultos por puro hábito foi tomado por uma forte convicção de seus pecados e de sua dependência da graça divina. Trêmulo e profundamente comovido, clamou pelo perdão de Deus e entregou a vida a Cristo.

Por dois anos consecutivos, Jonas viveu o primeiro amor. Tornou-se assíduo participante da Escola Bíblica Dominical, evangelizou amigos, vizinhos, colegas de escola e parentes. Logo passou a sonhar com o ministério pastoral, expôs seu desejo aos pastores da igreja, e, assim que concluiu o ensino médio, prestou vestibular para Teologia, tendo sido aprovado em primeiro lugar no exame. No dia exato em que completou dezoito anos, o jovem iniciou os estudos num dos Seminários Teológicos mais respeitados do Brasil.

Logo na primeira semana um acontecimento transformou de modo radical a vida de Jonas. No auditório, com a presença dos alunos do primeiro ao último período, foi ministrada pelo diretor do Seminário, um renomado doutor em Teologia, a aula inaugural com o tema “Os Novos Rumos do Cristianismo”. Ali, durante uma hora e meia, o palestrante expôs ao ridículo as principais doutrinas bíblicas do Evangelho que compunham a fé do calouro Jonas, em especial o tema da ressurreição de Cristo. As palavras do experiente teólogo destruíram irremediavelmente o sonho de um rapaz que acreditava em Deus com a simplicidade de uma criança.

Ele não dormiu naquela noite, e mal pode dormir durante duas semanas. Pensou em abandonar o Seminário – deveria tê-lo abandonado e buscado aconselhamento com algum pastor da sua igreja – mas, num misto de orgulho e vergonha, decidiu permanecer ali. Expôs suas dúvidas a alguns professores, os quais, gentilmente, explicaram que aquela crise era “normal”, confessaram terem vivido situações semelhantes e, por fim, acolheram o talentoso aluno. Incentivado por seus mestres e colegas, Jonas mergulhou fundo nos estudos, devorando livros de autores como Rudolf Bultmann e Paul Tillich. Graduou-se em Teologia, fez mestrado, doutorado e tornou-se professor na mesma instituição teológica onde se formou. Jamais exerceu o pastorado ou qualquer outro ministério em igreja.

Ao longo de vinte e cinco anos, Jonas construiu uma carreira brilhante como acadêmico. Lecionou a dezenas de turmas, tendo propagado, com argumentos ainda mais firmes e contundentes, o mesmo ensino que arruinou sua fé quando ainda era um calouro assistindo à aula inaugural do curso de Teologia. Contribuiu decisivamente para que centenas de seus alunos deixassem de crer na veracidade dos relatos bíblicos (alguns vieram a rejeitar o cristianismo e tornaram-se agnósticos ou ateus convictos). Mas uma grave enfermidade interrompeu-lhe a jornada acadêmica e, em apenas um mês, tirou-lhe a vida.

No leito do hospital evangélico, Jonas viveu a terceira experiência decisiva de sua vida. Durante o horário de visitas, alguém bateu à porta do apartamento doze, a esposa do paciente abriu e ali entrou um rapaz de apenas dezoito anos, carregando uma Bíblia nas mãos. Depois de pedir permissão para se aproximar, o jovem leu o texto bíblico de Romanos 8:31-39 e passou a anunciar as boas-novas de Cristo com alegria contagiante. Então, durante a exposição, a graça de Deus tomou o coração de Jonas com vigor idêntico ao do dia de sua conversão. Compreendeu que, no Calvário, foi pago o preço de todos os seus pecados. E chorou abundantemente, glorificando ao Senhor de todo coração.

No dia seguinte, diante da esposa e filhos, Jonas, com voz ofegante e quase sem forças, declarou arrepender-se de toda a sua trajetória como professor de Teologia. Lamentou por ter sido instrumento de incredulidade perante os seus ex-alunos, engrandeceu o Nome de Cristo Jesus e afirmou solenemente que o Filho de Deus veio ao mundo, morreu na cruz a fim de salvar pecadores, ressuscitou dentre os mortos e em breve voltará à terra. Exortou toda a família a crer no Evangelho e a não permitir que ninguém lhes roube a fé. Em seguida, dirigiu algumas palavras de amor a cada um de seus entes queridos e passou a dar graças ao Deus Pai, Filho e Espírito Santo, até seu último fôlego de vida.

sábado, 10 de dezembro de 2016

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 Deus abençoe a todos!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Amarás o teu próximo como a ti mesmo

O capítulo 13 da carta de Paulo aos Romanos contém uma belíssima lição sobre o significado do amor ao próximo, e uma explicação muitíssimo pertinente a respeito do que é pecar contra os nossos semelhantes. Eis o texto: “Por isso: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Rm 13:9). Neste versículo a Bíblia nos ensina que pecado é sinônimo de falta de amor.

Muitos de nós, talvez a maioria, aprendemos desde cedo que Deus simplesmente prescreve uma lista de proibições e, se alguém fizer algo proibido comete pecado. Existem membros de igrejas que mantém esse entendimento equivocado e o ensinam para os próprios filhos até hoje. Não é sem motivo que os incrédulos imaginam o Deus dos cristãos como um ser caprichoso, um desmancha-prazeres que só sabe dizer “não” às nossas vontades. Nossa falta de discernimento faz com que o Senhor pareça injusto, quando, na verdade, Ele é perfeitamente justo, e Seus mandamentos, bons.

Leiamos os versículos 12 a 17 do capítulo 20 de Êxodo, que contém os seis mandamentos específicos sobre nosso relacionamento com o próximo: “Honra teu pai e tua mãe (…). Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás...”. Neles recebemos instruções que, por analogia, se aplicam a inúmeras situações do nosso dia a dia. Por exemplo, o conceito de “pai e mãe” deve ser ampliado a fim de contemplar outras pessoas incumbidas de cuidar de nós e exercer algum tipo de autoridade à qual devemos nos submeter. O entendimento sobre o que é adultério precisa ir além, significando toda forma de sexualidade pervertida. O conceito de furto deve incluir as diversas maneiras de expropriação do patrimônio alheio. Falso testemunho inclui fofoca, calúnia, difamação, mentir em juízo, etc.

Se analisarmos séria e honestamente cada uma das prescrições de Deus, veremos que o Senhor proíbe somente o mal. Sua proibição tem por alvo atitudes que refletem egoísmo, desprezo pelas necessidades, direitos e anseios dos nossos semelhantes, disposição para ganhar fazendo com que os outros percam. Nenhum dos mandamentos foi dado sem motivo e, ainda que a sociedade tolere e banalize o descumprimento de qualquer um deles, o resultado da violação continua sendo mau e injusto. Desobedecer às ordens do Senhor gera sofrimento, pois Ele no-las deu para o bem do próprio ser humano. Esta é a verdade que muitos insistem em ignorar.

A falta de amor, de tão corriqueira, tornou-se de fato banalizada. Pessoas usam umas às outras a fim de obter lucro fácil, satisfazer impulsos sexuais torpes, extravasar rancores e frustrações, alcançar fama e status social, conquistar poder e outros supostos ganhos. Pecar contra o próximo é tratar o outro como coisa descartável. Isso sempre gera consequências, mesmo quando a outra pessoa voluntariamente se dispõe a servir de objeto, ou quando o tratamento injusto é recíproco. Ninguém sai ileso depois de experimentar o pecado, não existe neutralidade nessa área. As feridas surgem mais cedo ou mais tarde, e somente a graça de Deus pode curá-las.

O amor, por sua vez, promove famílias unidas, nas quais o respeito e a consideração de uns pelos outros é real. Produz casamentos sólidos, felizes, marcados pelo carinho, amizade e intimidade prazerosa entre os cônjuges. Gera ambientes de trabalho agradáveis e produtivos, com tratamento digno e remuneração justa para todos os envolvidos. Permite que existam sociedades livres da corrupção, ordeiras, nas quais se pode desfrutar de boa qualidade de vida. Esta é a vontade de Deus para os relacionamentos interpessoais, e a receita é simples: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12:31). Não existem atalhos nem caminhos alternativos para conquistarmos qualquer uma dessas grandes bênçãos. Ah, se nós entendêssemos as palavras do Senhor e nos empenhássemos em vivê-las!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Frutos de arrependimento

O texto do Evangelho de Lucas 3:1-20 descreve o ministério de João Batista, o servo de Deus incumbido de preparar o caminho do Senhor. Relendo essa passagem, me chamou a atenção o tom grave e urgente da pregação daquele profeta ao anunciar a vida de Cristo. Especialmente no versículo 17, o Filho de Deus é apresentado como o supremo Juiz, que recolherá o trigo no celeiro (levará os crentes para o céu), mas queimará a palha (isto é, os incrédulos) com fogo que não se apaga (ou seja, no inferno). As palavras de João podem soar estranhas e até contraditórias, já que o Senhor Jesus veio à terra, não com o propósito de condenar, mas de salvar o mundo (João 3:17).

Na verdade, porém, não há contradição alguma no discurso de João. A graça de Deus estava prestes a vir ao mundo, como de fato veio na bendita Pessoa de Cristo. Cabia então ao povo de Israel arrepender-se de seus pecados e mudar seu próprio modo de vida. O mesmo cabe a todos quantos recebem da mesma graça. Pois, se o Todo-Poderoso nos ama antes que O amemos; vem até nós e nos acolhe, sem que tenhamos feito coisa alguma para agradá-Lo; adota-nos como filhos por causa de Seu amor generoso; se Ele faz tudo isso, que nos resta então? Continuarmos vivendo exatamente como vivíamos antes? É evidente que não.

Quem ouvia a pregação de João Batista acolhia suas palavras. “Que devemos fazer?”, perguntavam eles, e a resposta, simples e prática, tratava daquilo que precisava ser modificado no viver cotidiano das pessoas. A quem não sabe repartir, a ordem era distribuir roupa e alimento aos pobres. Para os cobradores de impostos, notórios corruptos, João dizia: “não cobreis mais do que o prescrito”. Aos soldados, que abdicassem de práticas violentas e fraudulentas. A graça mais sublime estava prestes a Se manifestar, por isso o povo daquela região precisava rever conceitos e, principalmente, atitudes.

Hoje não pode ser diferente. Jesus Cristo, o Salvador, veio, realizou a Sua obra perfeita, subiu aos céus e enviou-nos o Espírito Santo. Fomos tocados por esse amor sublime, glorioso, incomparável? Cremos no Evangelho? Somos filhos amados do Pai Celeste? Então temos que produzir frutos dignos de arrependimento! Qual é a área específica de nossas vidas que deve ser transformada, a fim de cumprirmos a vontade do nosso Deus, claramente expressa nas Escrituras? Cada um de nós tem os seus pecados particulares que devem ser abandonados, com a ajuda do Senhor. E, coletivamente, nós que nos confessamos crentes em Jesus também temos muito o que mudar. No nosso testemunho público como Igreja do Senhor, no nosso modo de cultuá-Lo dentro e fora do templo, na maneira como influenciamos (ou, quem sabe, deixamos de influenciar) a sociedade brasileira.

A graça está entre nós, o amor do Pai tem sido real para conosco, e isso é motivo para nos arrependermos. Negligenciar tão grande salvação é, acredito eu, a pior postura e o mais horrível de todos os pecados. Entender a graça como uma licença divina para vivermos como nos convém é um insulto ao Rei dos reis. E, honestamente, a Igreja Evangélica tem negligenciado o arrependimento dia após dia, e isso há décadas! Que Deus nos ajude a mudarmos nossa postura, antes que venha o Justo Juiz para, finalmente, recolher o trigo no celeiro e lançar a palha imprestável no fogo eterno!

sábado, 22 de outubro de 2016

Uma nova Reforma na Igreja, um novo canal no Youtube

O que me motivou a criar um canal no Youtube foi o amor à Igreja de Cristo. Deus ama tanto a Igreja - isto é, os homens e mulheres de todas as denominações, épocas e lugares que creem em Jesus e O reconhecem como Senhor e Salvador - a ponto de dar a vida do Seu Filho unigênito para salvá-la. Se a salvação desse povo custou tão caro para o Rei dos reis, por que eu permitiria, calado e inerte, que um punhado de lobos devoradores manipulassem o Evangelho, pervertendo a fé dos crentes? Não, de maneira nenhuma me calarei. Posso desagradar alguns, contanto agrade ao meu Senhor. Que Deus me ajude!


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quantos membros uma igreja deve ter?

Um fenômeno típico do cristianismo contemporâneo é a construção de templos gigantes, capazes de receber dezenas de milhares de pessoas. Neles, tudo é grandioso: a estrutura de som e iluminação, o barulho dos presentes, a distância entre o público e o palestrante. São as igrejas de multidões, com seus pastores famosos, cantores e cantoras gospel de sucesso, que exercem fascínio em tanta gente. Denominações que funcionam dessa forma normalmente se organizam em células, esperando que assim o cuidado mútuo se torne viável.

Esse modelo de igreja é biblicamente insustentável. Não existe proximidade entre o pastor e seus “pastoreados” (é possível pastorear desconhecidos?), nem mesmo entre o pastor presidente e os líderes de pequenos grupos. Dentro de uma mesma célula as pessoas até se conhecem, mas não há como garantir coerência doutrinária ali e o risco de proliferação de heresias torna-se muito grande. Não é possível praticar a disciplina eclesiástica nem discipular corretamente os membros. Enfim, a tendência das megaigrejas é se tornarem superficiais, grandes em tamanho porém minúsculas em qualidade.

Para cumprir o seu papel, uma igreja não pode ter um número exagerado de membros. Quando ultrapassar determinado limite, deve construir um novo templo, abrir mais um ponto de pregação em outro bairro, a fim de que o seu propósito de fazer discípulos não se perca. Então, quantos membros uma igreja deve ter (digo, quantas pessoas congregando no mesmo local)? A Bíblia não define quantos, até porque nem existiam templos cristãos no primeiro século, e os cultos aconteciam nos lares. Mas a Palavra de Deus nos revela claramente como a igreja deve vivenciar sua fé: os irmãos se amam, exortam e encorajam mutuamente, os pastores se relacionam pessoalmente com suas ovelhas, etc. Cabe-nos perguntar, então, a partir de que ponto esse convívio começa a tornar-se inviável, comprometendo a saúde espiritual da igreja.

Particularmente, entendo que um pequeno grupo deve ter vinte membros. É a quantidade ideal de pessoas quando se quer manter a comunhão e o cuidado mútuo. O número de participantes não deve ser muito menor do que isso, para que as reuniões não fiquem vazias demais e até monótonas. Também não pode ser muito maior, caso contrário torna-se uma congregação. Classes de estudo bíblico podem ter turmas maiores, com até cinquenta irmãos adultos (as classes infantis têm que ser menores, por razões óbvias). Acima disso fica difícil se manter o formato de escola bíblica, na qual os alunos podem fazer perguntas ao professor.

Penso que a quantidade de membros batizados (ou confirmados, dependendo da denominação) não deve ser maior que trezentos, se a igreja realiza, aos domingos (dia de maior movimento), somente uma reunião de culto. Caso haja dois horários de cultos dominicais, o número de membros batizados pode chegar, no máximo, a seiscentos. Ultrapassado esse limite, a igreja deveria construir outro templo a fim de distribuir os irmãos em dois locais de reuniões distintos. É evidente que o Evangelho deve crescer – de maneira genuína, mediante conversões autênticas. Todo verdadeiro crente deseja que muitas almas se rendam aos pés de Cristo. Mas é nosso dever cuidar bem dos convertidos, o que implica em conhecê-los, ouvi-los, instruirmos cada um deles. E isso não se faz na multidão. É a minha opinião.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Evangelho: a única esperança para o Brasil

Depois de alguns meses de indefinições, o povo brasileiro finalmente tem um Presidente da República, alguém que não seja um “interino” ou “afastado”. Se Deus assim desejar, nosso país sairá de um período de completa estagnação e voltará a caminhar. Quem sabe, a inflação recuará, os índices de desemprego serão menores, a corrupção diminuirá. Porém, uma coisa é certa. O atual governo não fará do Brasil um lugar ideal para se viver. Nenhum grupo político é capaz de transformar significativamente esta nação.

Pessimismo? Não, de forma alguma. Podemos, sim, vir a experimentar um tempo de paz e prosperidade, mas isso não está nas mãos de políticos, nem mesmo da população. Viveremos dias mais felizes e tranquilos se o Senhor da história decidir transformar o coração dos brasileiros. O grande mal, causador de toda espécie de males, não está no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional ou nas Assembleias Legislativas dos Estados. Está no interior das pessoas, e chama-se pecado.

O pecado é o que leva os poderosos a desviarem para as suas contas bancárias o dinheiro que deveria ser aplicado nas escolas e hospitais públicos. É a motivação dos marginais que assaltam, agridem e matam sem remorso algum. A razão de tantos fazerem do tráfico de drogas as suas “profissões”. A causa de todo adultério, separação e divórcio. O porquê da brutalidade existente nos presídios. O motivo de toda forma de exclusão social. O causador de invejas, fofocas e competição desleal nas empresas. A origem de todo bulling nas escolas.

Por outro lado, a ação do Espírito Santo de Deus é capaz de levar políticos a rejeitarem o suborno e a propina. Pode fazer com que muitos renunciem à marginalidade e passem a buscar uma vida honesta e digna. Tem poder para transformar o traficante em cidadão de bem, e levar o usuário de drogas a abraçar um estilo de vida sóbrio. Produzir casamentos saudáveis, felizes, marcados pelo amor e fidelidade entre os cônjuges. Esvaziar as prisões e trazer dignidade aos ex-presidiários. Promover uma sociedade mais solidária, preocupada com as necessidades do próximo. Gerar paz nos ambientes de trabalho, respeito e amizades sinceras nas instituições de ensino.

Nós, que recebemos do Senhor a graça do novo nascimento, queremos um país melhor, mais justo, com mais oportunidades e muito menos violência? Dobremos, então, nossos joelhos, clamemos a Deus por misericórdia para esta nação! E anunciemos as Boas-novas, que começam na chamada ao arrependimento e à conversão. Apresentemos ao povo brasileiro a beleza de Cristo, o Salvador que pouquíssimos conhecem, o qual escolheu beber o mais amargo cálice, ser moído até à morte, para que nós tivéssemos vida. Denunciemos corajosamente as falsas igrejas e seus falsos evangelhos, a fim de que a verdade prevalesça. Cumpramos nossa obrigação de fazer discípulos, confiando que Deus tem um povo Seu entre os nossos concidadãos. Pois o Evangelho é a única esperança para o Brasil!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Às grávidas que pensam em aborto

O que é isso que cresce no ventre de uma mulher grávida?
Que mexe tanto com as emoções da gestante, trazendo medo e alegria, inseguranças e esperanças? Que se movimenta, dá sinais de que está ali, a acorda no meio da noite?
Que muda o seu corpo, deixa a barriga enorme e a faz mais bela?
Que gera tão grandes expectativas, alimenta tantos sonhos?
Não é uma vida? Não é um ser humano? O que é então?
E se não é uma vida, quando passará a ser?
Se não é uma pessoa, um ser humano, quando será?
Depois do parto? Então o que faz "aquilo" virar gente é a mudança de lugar?
Dentro da barriga, coisa descartável; fora dali, torna-se humano?
Não, a maioria das mulheres não pensa assim.
Muitas sonham com a gravidez. Não querem apenas filhos, desejam engravidar.
Algumas se submetem a tratamentos caros, dolorosos e arriscados só para realizar esse sonho.
E, no final, garantem que valeu a pena!
Pois o que cresce no ventre das grávidas não é uma coisa.
Não é um amontoado de células.
E, definitivamente, não pode ser descartado.
É uma criança, humana, gente!
Uma vida, alguém necessitando de cuidados.
É um filho, uma filha.
É o seu filho, a sua filha!
Pense nisso.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Transparência no uso do dinheiro nas igrejas

Você sabe qual é o salário do pastor da sua igreja? Tem ideia de quanto ela arrecada mensalmente em dízimos e ofertas, e qual é o destino do dinheiro arrecadado? Certamente a grande maioria dos membros de denominações evangélicas brasileiras não saberia responder a essas perguntas, e essa ignorância é um verdadeiro incentivo à corrupção e ao mau uso dos recursos nas igrejas.

Há desonestidade em abundância no meio evangélico. Não são poucos os falsos crentes que almejam o ministério pastoral movidos por torpe ganância, pois têm nos líderes das maiores denominações o seu exemplo. É claro que só alguns conseguem fazer fortunas às custas da boa-fé e ingenuidade das multidões, porém a simples existência de “pastores”, “bispos” e “apóstolos” milionários já basta para despertar em muitos o desejo de trilharem o mesmo (sórdido) caminho.

Qual é a única maneira de não cometermos os mesmos erros? Tudo se resume em uma palavra: transparência. É disso que nossas igrejas precisam para não se tornarem empresas com fins lucrativos e manterem afastados os falsos mestres amantes do dinheiro. De início, o valor arrecadado em dízimos e ofertas precisa ser informado aos membros, bem como a quantia gasta em cada mês e o montante economizado, se houver. Nas denominações que adotam o modelo congregacional qualquer membro precisa ter acesso a informações detalhadas sobre os gastos e despesas, podendo inclusive ver recibos e notas fiscais. Nas igrejas de governo presbiteriano, todos os presbíteros deve ter esse acesso.

Sabemos que isso acontece em poucas denominações, mas, felizmente, existem igrejas sérias assim. Aos pastores e líderes bem intencionados que ainda não têm o hábito de apresentar prestações de contas periódicas em reuniões administrativas, sugerimos que passem a fazê-lo o quanto antes. Ainda que os membros não demonstrem nenhum interesse em fiscalizar o uso dos recursos oriundos dos dízimos e ofertas, é dever do líder dar o exemplo de transparência e retidão. Isso glorifica o Nome do Senhor e traz credibilidade à Sua Igreja. Que Deus nos ajude!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Vamos resgatar a mensagem da cruz!

Qual é a opinião da maioria dos brasileiros em relação a nós, evangélicos? No passado, éramos vistos como fanáticos, excessivamente certinhos, ignorantes que só usavam roupas compridas e sempre carregavam uma bíblia. Zombavam de nós, do nosso modo de vestir e falar, acusavam-nos de hereges, mas, no fundo, sabiam que nosso viver era santo, radicalmente contrário aos padrões mundanos. Hoje somos vistos de outra forma, como hipócritas que não vivem o que pregam, desonestos, amantes do dinheiro, egoístas. E não é sem motivo, porque grande parte da população autointitulada “evangélica” possui todos esses horríveis vícios de caráter.

Graças a Deus, existe um grupo (minoritário) de pessoas verdadeiramente evangélicas no Brasil. Homens e mulheres que, embora imperfeitos, amam ao Senhor porque O conhecem e experimentaram Sua maravilhosa graça. A estes fazemos um apelo para que se levantem e ergam suas vozes em repúdio ao mar de lama que tomou conta do meio evangélico, por amor a Jesus e à Sua noiva, o povo que Ele comprou a preço de sangue. Hoje não basta amar a sã doutrina bíblica, é preciso denunciar as heresias; não é suficiente buscar a santificação pessoal, temos que bradar contra o pecado. Os incrédulos precisam saber que há um povo temente a Deus neste país!

Precisamos deixar claro que o Evangelho não é um negócio, e sim a mensagem de salvação para uma humanidade perdida. Por isso, toda “igreja” que promove campanhas de prosperidade material e cura a partir da entrega de um envelope para ofertas é falsa igreja, dirigida por líderes mal-intencionados. Todo “pastor” que vai à TV prometer grandes bênçãos condicionadas ao envio de grandes ofertas em dinheiro é falso pastor, lobo em pele de cordeiro. E todo “crente” que “se converte” a fim de buscar uma vida de riquezas e sucessos é falso crente, não convertido, não transformado, não salvo.

Temos o dever de relembrar a todos que Jesus escolheu vir ao mundo em humildade, nascendo numa manjedoura. Que Ele ensinou o desapego aos bens materiais, garantiu que dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus e alertou que a vida de um homem não consiste na abundância de bens. Que Ele nos ensinou a orar pelo pão nosso de cada dia, não por uma conta bancária repleta de dinheiro. Exortou-nos a não andarmos inquietos, preocupados em como obter o nosso sustento, pois nosso Pai Celeste nos providenciará o necessário se buscarmos em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua justiça. Logo, quem vive em função das riquezas não é um discípulo de Cristo.

Precisamos anunciar, com toda clareza e sem rodeios, que o verdadeiro evangélico prima pela honestidade. Paga suas contas em dia, não compra o que não pode pagar e é grato a Deus por tudo que possui. Que a inadimplência não faz parte da vida dos servos do Senhor, exceto em circunstâncias graves e inesperadas (por exemplo, uma situação de desemprego involuntário). Que a entrega do dízimo não serve de compensação para o desleixo e irresponsabilidade de quem vive devendo no comércio. Portanto, encher-se de dívidas por puro consumismo é pecado, é mau testemunho, é dar motivo para que os incrédulos falem mal de nós.

Temos a obrigação de afirmar que políticos “evangélicos” envolvidos em sórdidos esquemas de corrupção não são, de fato, evangélicos, e sim mentirosos, enganadores, bodes travestidos de ovelhas. Que uma suposta “bancada evangélica” no Congresso Nacional que se vende em troca de propinas não representa o povo de Cristo, de maneira nenhuma. Que tais políticos deveriam ser expulsos de suas igrejas, a menos que se arrependam e peçam perdão aos demais membros. E que a “igreja” que se calar, ignorando o comportamento criminoso de homens públicos que ela própria ajudou a eleger, não é digna de ser chamada “igreja”.

Nenhum ser humano é perfeito, todos nós estamos sujeitos a falhas, mesmo após nossa conversão (e, quando deixamos de pecar, é graças ao Espírito de Deus, não por qualquer bondade inerente a nós). No entanto, não podemos tolerar a iniquidade, o pecado voluntário e reiterado, dentro da igreja evangélica. Não tem cabimento continuarmos a conviver silenciosamente com pessoas que não querem ser santas, desprezam a santidade, amam os prazeres do mundo, e no entanto se dizem servas de Cristo. É hora de darmos um basta e exigirmos respeito ao bendito Nome do Senhor Jesus! Que nós, a quem Deus resgatou das trevas e trouxe para Sua luz, ergamos nossas vozes e proclamemos o Evangelho do Calvário, da renúncia, do novo nascimento! Que o mundo ouça de nós: “Se alguém quer vir após Cristo, negue-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-O”! Quantos podem dizer “Amém”?

 

quinta-feira, 31 de março de 2016

A crise brasileira e o sono da igreja evangélica

O Brasil está vivendo uma profunda crise. Até aí, todos concordam – exceto os fanáticos de esquerda, aliados do governo, para quem tudo não passa de uma manobra da oposição com vistas a um “golpe”. Operação Lava-jato, preços em alta, dívida crescente e desemprego são evidências de que nosso país vai muito mal. Entretanto, poucos têm se apercebido da gravidade dessa crise e do terrível cenário diante de nós.

A família brasileira vive uma crise sem precedentes. A cada dia o casamento monogâmico, entre um homem e uma mulher, entendido como uma aliança indissolúvel abençoada por Deus, tem sido desprezado e ridicularizado como coisa ultrapassada. A existência de um pai provedor, protetor, fiel à esposa, e de uma mãe amorosa e edificadora do lar, fiel ao marido, é considerada um detalhe supérfluo e desnecessário na criação dos filhos. O respeito à autoridade dos pais por parte dos filhos é coisa do passado.

A sociedade brasileira vive uma crise moral histórica. Quase ninguém se importa em preservar o próprio corpo e a própria intimidade. A sexualidade escancarada e sem limites está exposta na mídia dia e noite, e já foi assimilada pela grande maioria da população desde a pré-adolescência. O uso e tráfico de drogas atingiu proporções inimagináveis, chegando às salas de aula do ensino fundamental. O aborto voluntário e provocado tornou-se um símbolo de status intelectual, de modo que os defensores da preservação da vida intrauterina são tratados como tolos reacionários.

A política brasileira enfrenta a pior crise de todos os tempos. Há suspeitas de corrupção contra a Presidente da República, o Vice-Presidente, o Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal – os quatro primeiros na ordem sucessiva prevista na Constituição! Também têm sido postos sob suspeita os dois últimos ex-Presidentes da República e o principal candidato de oposição nas últimas eleições presidenciais. Não há um único nome forte e nacionalmente respeitado sobre quem não pese qualquer acusação ou denúncia, apto a assumir imediatamente o governo do país com amplo apoio popular.

A economia brasileira está em profunda crise, a mais grave das últimas décadas. Temos uma dívida pública na casa dos trilhões de reais, segundo especialistas, como a Consultoria Empiricus. Todos os meses o governo gasta muito mais do que arrecada, e a taxa de juros incidente sobre a dívida é a maior do mundo. Nossa Previdência Social apresenta um rombo enorme. Não há nenhum sinal de crescimento econômico, ao contrário, estamos em recessão. Temos um governo gastador, com uma estrutura de ministérios e secretarias muitíssimo maior que o razoável. O peso dos impostos neste país é uma punição contra quem produz, e um desincentivo ao investimento.

Porém, a pior crise hoje é vivida pela igreja chamada “evangélica” brasileira. Diante de um quadro caótico como o descrito acima, o que faz a maioria dos ditos “evangélicos” brasileiros? Canta louvores para si mesma (“você é precioso, mais raro do que o ouro puro de Ofir”; “mulher, você tem uma missão, você é especial, não existe outra igual a você”; “somos a geração que neste tempo Ele levantou, vamos incendiar esta nação”, etc). Dá ouvidos aos palestrantes motivacionais que só falam em “bênçãos”. Promove campanhas de oração inteiramente voltadas à busca por prosperidade material. Edifica templos suntuosos e luxuosíssimos, numa bizarra competição para ver qual denominação pode mais. Tolera toda sorte de heresias. Enfim, só pensa em si mesma, quer ser rica e poderosa, vive para este mundo e pouco se importa com a bagunça à sua volta.

A crise brasileira é uma evidência do juízo de Deus sobre este país. Um Deus completamente santo, tão puro de olhos que não pode contemplar o mal, pouparia o Brasil, quando nossos pecados se multiplicam de tal forma? O Senhor revelou a Sua vontade, Seus princípios e valores nas Escrituras, e elas estão à nossa disposição, mais que em qualquer outra época (algumas Bíblias custam menos de cinco reais!). Somos indesculpáveis, e quantos de nós temos nos arrependido de nossos pecados e clamado ao Altíssimo por misericórdia? Quem tem intercedido por esta nação, a fim de que o Pai Celeste Se compadeça de nós mais uma vez?

A verdadeira igreja evangélica no Brasil é pequena, não passamos de um pequeno remanescente em meio a dezenas de milhões de bodes. Um remanescente que deveria fazer a diferença, mas até o momento estamos sonolentos, dormindo espiritualmente. Ainda não percebemos as densas nuvens negras sobre o Brasil e os claríssimos sinais de que uma terrível tempestade se aproxima. Esse sono patético e vergonhoso precisa acabar! Temos que despertar, dobrar nossos joelhos, confessarmos nossa multidão de pecados e implorarmos ao Senhor por perdão e misericórdia, e isso já! Irmãos, comecemos hoje, com corações sinceros e quebrantados! Quem sabe ainda haja alguma esperança de restauração para a nação brasileira? Que Deus nos ajude!

sexta-feira, 18 de março de 2016

Uma religião chamada Socialismo

Existe uma religião chamada Socialismo, criada na Europa em meados do Século XIX. Experimentou um crescimento notável a partir de 1917, quando, de forma violenta, conquistou a Rússia; expandiu-se para o Oriente em 1949, em solo chinês, e para as Américas em 1959, alcançando a ilha de Cuba. Provocou estragos na África, valendo-se dos conflitos entre povos daquele continente. Parecia ter chegado ao fim com o colapso econômico e político dos países do leste europeu nas décadas de 1980 e 1990, mas eis que ressurge na América Latina, em pleno Século XXI, na Venezuela e Bolívia.

Os seguidores dessa religião são tão fervorosos quanto os de qualquer outra seita. Seu deus é Karl Marx, sua bíblia é o livro “O Capital”, e alguns dos “santos” e “profetas” mais famosos são Lenin, Trotski, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara. Os objetos de adoração do Socialismo são o ícone foice-martelo, a estrela vermelha e a bandeira vermelha. Seus métodos de crescimento são violentos e já ceifaram aproximadamente cem milhões de vidas ao longo de cem anos – média de um milhão de mortos por ano! Nada detém a teimosia dos fieis socialistas, nem mesmo as evidências históricas que demonstram a inviabilidade social e econômica das ideias marxistas.

Embora o Socialismo seja uma religião centrada nas realidades terrenas, firmemente contrária a todo conceito de transcendência, inimiga dos valores e princípios judaico-cristãos, encontrou apoio em segmentos do cristianismo. Há quem entenda que os conceitos de justiça social marxistas sejam compatíveis com o ensino bíblico a respeito da compaixão para com os mais necessitados (o pobre, o órfão, a viúva e o estrangeiro). Os socialistas cristãos acreditam que, se houver tolerância religiosa no Socialismo, as teses de Karl Marx poderão servir como o instrumento apto a implantar o Reino de Deus na terra.

Mas os cristãos adeptos do Socialismo, lamentavelmente, se esquecem da clara instrução do Senhor Jesus que diz: “ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro” (Mateus 6:24). O Senhor, naquela oportunidade, falava sobre o amor ao dinheiro, mas este princípio é válido para toda espécie de senhorio. O Socialismo exige devoção total, não admite corações divididos, e Cristo também requer exclusividade de quem O segue. Como compatibilizar o mandamento cristão do amor ao próximo com as prescrições marxistas de perseguição implacável e violenta contra os opositores? Como conciliar o ensino bíblico acerca da família com o repúdio dos socialistas ao casamento e à família tradicional? Como obedecer à ordem divina “não terás outros deuses diante de mim” e, ao mesmo tempo, praticar o culto ao Estado e aos chefes de Estado típico das nações socialistas?

Crentes em Jesus Cristo, ponderem no seguinte. Não é por meio de um projeto político e filosófico que os valores bíblicos de justiça e paz serão implantados na terra. O ser humano é mau, corrupto, caído em pecado, especialmente se ainda não viveu uma experiência de novo nascimento pelo poder do Espírito Santo. Todo sistema totalitário – e marxismo pressupõe totalitarismo – termina por gerar um pequeno grupo de privilegiados, os detentores do poder, e uma multidão de oprimidos sem vez e sem voz. Nossa esperança está no Senhor, que um dia voltará em glória, porá fim a toda maldade e fará novos céus e nova terra, onde o pecado não mais existirá. Por isso, não caiam na tentação de se unirem a grupos de esquerda com discursos em favor dos pobres e necessitados. Sigam pregando o Evangelho a toda criatura, vivam o amor prático, sejam humildes, compadeçam-se dos que sofrem, pois esse é o nosso papel. Não se unam a essa religião chamada Socialismo, não sejam idólatras! Pensem nisso!

quinta-feira, 3 de março de 2016

Igrejas pentecostais que imitam terreiros espíritas

Batuques de tambores em ritmo de axé. Homens e mulheres vestidos de branco da cabeça aos pés, dançando ao som da batucada, uma dança estranha que consiste em rodopiar o corpo em alta velocidade e com os olhos fechados. Uns dançam com as mãos para trás, outros estremecem o corpo. Parece uma celebração num terreiro espírita, mas é um culto de igreja pentecostal.

O site Youtube está repleto de vídeos exibindo cenas desse tipo. Em alguns deles são mostradas simultaneamente imagens gravadas em terreiros espíritas, para demonstrar a semelhança entre estes e aqueles. E como são parecidos! Na verdade, a única diferença visível é que nos cultos pentecostais não existem aquelas imagens de escultura horrorosas que enfeitam os centros de macumba. Fora isso, não há como distinguir uma celebração da outra.

Heresias sempre são condenáveis, mas algumas nos causam maior repulsa. A experiência de presenciar um culto numa instituição que se diz igreja, composta por pessoas que se dizem convertidas, feito para imitar descaradamente sessões espíritas, é um pesadelo! Ver toda aquela gente que diz crer em Jesus estremecendo e rodopiando o corpo daquela forma é revoltante! Se um cristão autêntico, genuinamente convertido, presenciasse tais coisas de perto, provavelmente iria vomitar!

Qual é a razão de tamanha insensatez? Promover um culto o mais parecido possível com uma sessão de macumba, para que os ex-espíritas possam cultuar a Deus se sentindo “em casa” (isto é, fazendo as mesmas coisas que faziam nos terreiros)? É isso que entendem por “nova criatura”, para quem “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”? Gente assim pode dizer “já estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”?

Isso não é ser evangélico pentecostal. Porque temos exemplos de pentecostais autênticos, sérios, tementes a Deus, como David Wilkerson, Paulo Leivas Macalão, Antônio Gilberto, Ciro Zibordi, dentre tantos outros. E também de crentes pentecostais anônimos, que amam ao Senhor e sabem distinguir uma verdadeira experiência espiritual de uma falsa, porque neles habita o Espírito Santo. Estes jamais aceitariam participar de um falso culto idêntico a uma cerimônia não cristã.

Respeitamos as pessoas adeptas do espiritismo, como seres humanos que são, mas discordamos de suas práticas religiosas. Cremos firmemente, com base no ensino bíblico, que toda religião a qual não reconhece a Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador só pode conduzir ao inferno. Não há salvação para quem frequenta terreiros espíritas, e isso já é motivo mais que suficiente para que não tentemos imitá-los em nada.

Por isso, a existência de igrejas (?) pentecostais (?) que imitam centros de macumba nos causa nojo e profunda indignação. Ver toda aquela gente estremecendo e rodopiando enquanto usam o Nome de Jesus revolta-nos, porque estão brincando com o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Não sabem o que é o Evangelho, apropriam-se do culto como se o Altíssimo aceitasse receber o mesmo tratamento que os ídolos do espiritismo recebem nos terreiros. Para tais pessoas, só podemos dizer: arrependam-se e voltem-se para Cristo enquanto é tempo! Se alguém discorda, por favor apresente argumentos teológicos sólidos e biblicamente fundamentados que justifiquem tão grande aberração.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Uma profunda reforma no culto cristão

Para que nós, hoje, pudéssemos nos reunir como igreja, cultuando a Deus, um altíssimo preço foi pago. Jesus precisou ser moído até à morte numa cruz, beber o amaríssimo cálice da ira do Todo-Poderoso, com o propósito específico de pagar por nossos pecados. Mediante a fé em Cristo – e fé significa submeter-se ao Seu senhorio – somos justificados, a fim de vivermos uma nova vida para o louvor da glória do Deus Triúno. Não recebemos, em hipótese nenhuma, uma carta branca do Senhor, autorizando-nos a fazer o que bem entendermos em nossas reuniões de culto.

As pessoas que se dizem crentes parecem ter perdido a noção do que significa cultuar a Deus. Não todas, felizmente, mas muitas, quase todas. Perdeu-se o respeito, o temor e a reverência. Os cultos evangélicos, em sua grande maioria, se assemelham aos ajuntamentos seculares mais informais, como shows, espetáculos de circo ou festas de carnaval. Há mais zelo pela boa ordem nos eventos de formatura, celebrações de casamento ou audiências de julgamento nos Fóruns e tribunais do que nas reuniões do chamado povo evangélico. Autoridades humanas, como reitores de universidades, juízes de paz e magistrados são mais respeitados do que o Autor da Vida!

Exagero? Absolutamente, não! Todas as noites de domingo, em quase todos os templos evangélicos, há gente circulando pelos corredores o tempo inteiro, enviando mensagens no celular, conversando, bocejando escandalosamente, rindo, e isso durante os momentos de oração e de pregação da Palavra. Crianças brincando, falando alto e correndo sem que os pais tomem nenhuma atitude. Jovens do lado de fora contando piadas, paquerando, falando sobre coisas mundanas. Mulheres usando roupas sensuais e sendo alvo de olhares lascivos dos homens.

Há grupos musicais formados por gente com postura de astros e estrelas pop. Músicas nos ritmos mais alucinantes, letras feitas sob medida para agradar e exaltar o homem, cheias de erros bíblicos grosseiros e vergonhosos. “Pastores” que, dia após dia, mês após mês, ano após ano, trocam a exposição fiel do Evangelho por mensagens de autoajuda, recheadas com uma boa dose de humor irreverente. Pessoas dançando sensualmente, como os ímpios dançam nas boates. Manifestações bizarras, como gritos escandalosos, uivos, rodopios, saltos e coisas semelhantes. Apresentações de street dance, funk e outras formas de apelos carnais.

Existe abundância de falsas profecias, falsas visões e revelações, que, mesmo não se cumprindo, não levam o falso profeta ao descrédito perante a sua igreja. O entretenimento se faz cada vez mais presente, como se fosse preciso uma atração nova por semana para convencer as pessoas a continuarem frequentando as reuniões. Há incitação ao rancor e à vingança, do tipo: “você vai ser exaltado perante os seus inimigos”, “todos verão a sua vitória”, dentre outras mesquinharias. Falsos avivamentos são produzidos através de recursos como iluminação de penumbra, músicas hipnóticas com refrões repetidos à exaustão, emocionalismo e gritos.

É preciso acontecer uma profunda reforma no culto em praticamente todas as denominações evangélicas brasileiras – inclusive em algumas igrejas sérias, mas que têm tolerado pequenos desvios e abusos para se adequar ao gosto da maioria dos membros. Os hinos tradicionais devem dominar o louvor, mantendo-se apenas umas poucas canções contemporâneas (aquelas de ritmo suave, belas melodias e letras totalmente bíblicas). A pregação precisa ser expositiva e apta a conduzir ouvintes ao arrependimento para salvação. Os membros têm que aprender como se portar no culto, incluindo o modo de vestir, o momento certo de se falar ou calar, as instruções a serem repassadas aos filhos, etc. E Deus, somente Ele, deve ser a atração e a razão de todos estarem reunidos ali. Com isso, muitos bodes e lobos deixarão nossas igrejas (e não farão falta nenhuma). Mas a qualidade dos nossos cultos será outra, incomparavelmente melhor, para a glória do Senhor.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Para vergonha dos artistas “gospel”

O que se vê logo abaixo é um quadro comparativo. De um lado, trechos de letras de alguns hinos cristãos clássicos (que, no passado, eram cantados nos nossos cultos) e, do outro lado, algumas das músicas presentes no “louvor” da maioria das igrejas na atualidade. Para vergonha dos artistas “gospel” de hoje em dia.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Indignação de um cristão protestante contra os atuais líderes evangélicos

Este Blog nasceu com um propósito, o de apoiar os irmãos que anelam por uma nova Reforma na Igreja. Homens e mulheres piedosos, genuinamente convertidos, os quais sentem tristeza e indignação ao contemplar a desoladora situação da igreja dita “evangélica”. Gente que tem erguido a voz e clamado nos púlpitos, seminários e onde mais é possível, denunciando heresias, desmandos, barganhas, falsas conversões, sincretismos, modismos fúteis e outras aberrações capazes de matar uma geração inteira.

O presente texto é mais um desabafo, feito na expectativa de que alguns leiam, se identifiquem e, quem sabe, tomem atitudes de crentes, tão raras hoje: dobrar os joelhos, clamar a Deus por misericórdia com lágrimas e gemidos, buscar a santificação pessoal, evangelizar os perdidos (muitos dos quais são membros batizados de denominações “evangélicas”). Além disso, estas palavras têm um outro endereço, o coração de pessoas iludidas, que vêm engolindo absurdos por falta de conhecimento doutrinário. Filhos a quem o Senhor amou e escolheu, nascidos de novo, que tiveram a infelicidade de se unirem a pessoas sem entendimento, pastoreadas por ministros igualmente sem entendimento, ou até por lobos devoradores.

Nas estatísticas somos dezenas de milhões, mas na realidade não passamos de uma pequena minoria. O que o povo brasileiro entende por “igreja evangélica” não é Igreja, tampouco Evangélica. São instituições tão idólatras e distantes do Evangelho quanto a Igreja Romana. Os chamados “pastores” não o são de fato. O que se intitula “louvor” não é verdadeiro louvor. Os supostos “avivamentos” não são obra do Espírito Santo. Nós, crentes brasileiros, somos poucos e quem deseja ouvir uma exposição saudável da Palavra de Deus deve procurá-la como um garimpeiro em busca de diamantes.

Edir Macedo, Valdemiro Santiago, R. R. Soares e Silas Malafaia não nos representam. Com promessas de prosperidade financeira, atraem multidões de não convertidos, interessados tão somente em benefícios temporais. A forma como constrangem pessoas a ofertarem mais e mais dinheiro é vergonhosa. São megalomaníacos, constroem impérios, movimentam fortunas, nunca se satisfazem. Não se parecem nem de longe com Jesus, os apóstolos e os primeiros cristãos, que eram completamente desapegados dos bens materiais e rejeitavam a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.

A chamada “bancada evangélica” do Congresso Nacional não nos representa. Desde o escândalo do mensalão (esquema de compra e venda de apoio aos projetos de lei de interesse do governo), no qual praticamente metade dos parlamentares “evangélicos” estiveram sob suspeita, este grupo vem se mostrando tão corrupto quanto o restante do parlamento brasileiro. Ainda que alguns dos deputados e senadores autointitulados “crentes” não sejam culpados e tenham sofrido injusta acusação, fato é que há muita corrupção entre os supostos representantes do povo de Deus. E isso é simplesmente inaceitável para homens e mulheres que dizem carregar a bandeira do Evangelho.

Os cantores, cantoras e grupos musicais conhecidos como “movimento gospel” não nos representam. Muitos não passam de artistas em busca de fama e dinheiro, que amam o aplauso das multidões. O fato de estarem na mídia e serem admirados pelo grande público prova que esses músicos não propagam uma mensagem confrontadora, e o Evangelho de Jesus Cristo é necessariamente confrontador. As letras das canções “gospel”, com poucas exceções, são humanistas, feitas para agradar ouvintes não regenerados com discursos de autoajuda. Os shows “gospel” são puro oba-oba, parece até que a plateia inteira se converteu ao som daquelas músicas empolgantes, mas no dia seguinte todos voltam à prática reiterada dos mesmos pecados.

Cláudio Duarte e outros “pregadores” humoristas não nos representam. São talentosos palestrantes motivacionais, quem os ouve se diverte e dá boas gargalhadas, e isso até funciona bem em eventos seculares. Mas a mensagem deles não é o Evangelho. A verdadeira exposição da Palavra de Deus só pode produzir dois tipos de reação nos que não conhecem ao Senhor: arrependimento ou rejeição. Quem é tocado pelo Espírito Santo passa a enxergar os próprios pecados e, quebrantado, se converte, enquanto os demais se sentem ofendidos diante do chamado à conversão e endurecem ainda mais seus corações. Por isso, as supostas “pregações” engraçadas devem ser banidas de nossas igrejas imediatamente, já que não servem para nada.

O Congresso dos Gideões Missionários em Camboriú/SC não nos representa. Trata-se de um circo onde pessoas rodopiam e se contorcem imaginando terem sido tocadas pelo Espírito de Deus. Mas nos bastidores existe sujeira da pior espécie: “pastores” que sobem ao palco (isso mesmo, palco!) bêbados, cantoras que se prostituem com organizadores do evento, etc. É evidente que nem todos ali praticam essas obscenidades, talvez existam alguns ministros sérios entre os Gideões, mas a contaminação é grande demais, as heresias são muitas, e crentes autênticos deveriam passar longe de tudo aquilo.

Alguns, lendo este texto, podem achar que não sobrou nada de bom no meio evangélico e que todos nós deveríamos abandonar nossas igrejas, mas é um erro pensar assim. A graça de Deus se faz presente nas pregações de Hernandes Dias Lopes, Ciro Zibordi, Franklin Ferreira, Renato Vargens, Augustus Nicodemus. Nas canções dos Vencedores por Cristo, Eduardo Mano, Palavra Antiga, João Alexandre, Grupo Logos. Nos livros e palestras de Norma Braga, Adalto Lourenço. Nos encontros da Editora Fiel, Edições Vida Nova, VINACC – Visão Nacional para a Consciência Cristã. Mesmo em tempos tão conturbados, o Senhor tem um remanescente. Que nós, por graça, sejamos parte dele!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cristãos fãs de Nietzsche?

Dentre as muitas aberrações produzidas pelo liberalismo teológico, uma merece destaque por sua absoluta incoerência. São os cristãos professos que amam os escritos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Pois o famoso pensador do Século XIX, natural de Roecken, na Saxônia, foi um dos mais ferrenhos críticos do cristianismo em todos os tempos. Não do falso cristianismo, ou de qualquer desvio teológico, mas do puro Evangelho de Jesus Cristo, tal como revelado nas Escrituras.

As ideias de Nietzsche a respeito do homem e de Deus são o extremo oposto dos ensinos de Cristo, em especial das chamadas “bem-aventuraças” (Mateus 5:3-12). Para o filósofo, que se autodeclarava ateu, mais que felizes são os fortes, os poderosos, os que sabem se impor. Friedrich Nietzsche não considerava a mansidão e a humildade como virtudes, e sim fraquezas, debilidades. Dizia que o cristianismo era “religião da decadência”. Revoltava-se contra a doutrina bíblica da queda do homem em Adão.

Nietzsche considerava a compaixão como a principal fraqueza do homem, negava a existência de pecado, céu, inferno e a necessidade de salvação. Afirmava que “o Evangelho morreu na cruz”. Segundo a ética de Nietzsche, “bom” é o que produz poder ao homem, “mau” é tudo o que o enfraquece, e “felicidade” é a sensação de que o poder cresce. Apregoava como meta para a humanidade o surgimento do “super-homem”, ou “além-do-homem”: com o desenvolvimento dos indivíduos mais dotados e fortes (e o perecimento dos mais fracos), chegar-se-ia a esse modelo ideal de ser humano, desprovido de “debilidades” - sobretudo, dos valores cristãos.

Como alguém pode conciliar esses valores com os da Palavra de Deus, a qual ensina que a verdadeira sabedoria está em prostrar-se diante do Senhor, honrá-Lo, servi-Lo, amá-Lo sobre todas as coisas, doar-se em favor dos irmãos, dedicar-se ao cuidado pelos menores e mais carentes desse mundo, mortificar as paixões da carne, subjugar o orgulho, considerar-se um peregrino e forasteiro na terra, viver na esperança do retorno de Cristo em glória, almejar a vida eterna? Se alguém tiver uma explicação plausível, por favor nos mostre.