sábado, 30 de março de 2013

Cristãos perseguidos

Um vídeo para a vergonha dos adeptos da "teologia da prosperidade", as tietes do "movimento gospel", os liberais (que soberbamente se colocam na posição de juízes das Escrituras) e todos os demais seguidores dos falsos evangelhos. Eis a situação de alguns de nossos irmãos crentes hoje! Para pensarmos e nos arrependermos de todas as nossas futilidades e mesquinharias!
 
Disponível no Youtube, em: http://www.youtube.com/watch?v=9FHJUTXy6r8

sexta-feira, 22 de março de 2013

Pela restauração do louvor no culto (Parte II)

COMO DEVE SER O LOUVOR CRISTÃO
 
O padrão bíblico para louvor é o livro de Salmos. Nele, o próprio Deus nos revela como Ele deseja ser louvado, por isso seremos sábios e obedientes se seguirmos esse modelo perfeito, contido nas Escrituras.
 
Que em nossos cultos estejam presentes cânticos exaltando os atributos de Deus. Exemplos: “Tu és soberano sobre a terra, sobre os céus Tu és Senhor absoluto”; “Se eu subir ao mais alto dos montes, ali Tu estás, ali Tu estás! Se eu descer ao mais profundo abismo, ali Tu estás, ali Tu estás, ali Tu estás”; “Deus, somente Deus domina o Trono do universo!”;
 
Sejam cantados os que expressam quebrantamento, humildade e dependência de Deus. Exemplos: “Distante de Ti, Senhor, não posso viver, não vale a pena existir! Escuta o meu clamor, mais que o ar que eu respiro, preciso de Ti!”; “Sonda-me, Senhor e me conheces, quebranta o meu coração, transforma-me conforme a Tua Palavra, e enche-me até que em mim se ache só a Ti, então usa-me, Senhor!”;
 
Haja os que contêm súplicas por livramento dirigidas ao SENHOR. Exemplos: “Quando as trevas me cercarem e os inimigos se levantarem, eu clamarei Teu Santo Nome!”; “Estou clamando, estou pedindo; só Deus sabe a dor que estou sentindo! Meu coração está ferido, mas o meu clamor está subindo”;
 
Os que expressam confiança e entrega. Exemplos: “Seguro estou em Ti, Tu és o Deus de amor; não temerei o mal, Tu és o Grande Eu Sou!”; “Meus sonhos rendo a Ti e meus direitos dou, orgulho vou trocar pela vida do Senhor! E eu entrego tudo a Ti, tudo a Ti!”; “Eu confiarei em Ti, Senhor, pois sei que cuidarás de mim com Teu infinito amor; e por Tuas misericórdias jamais vacilarei! Tu és a minha vitória; em Ti me alegrarei!”;
 
Os que exaltam a bondade de Deus e expressam gratidão. Exemplos: “Mais que um amigo, Tu és, mais do que eu posso expressar, Tu és para mim! Tua graça não me faltará, Teu amor me restaurará; me alegro em Ti!”; “Te agradeço por me libertar e salvar, por ter morrido em meu lugar, Te agradeço!”;
 
Os que demonstram arrependimento. Exemplos: “Quero voltar ao início de tudo, encontrar-me contigo, Senhor; quero rever meus conceitos, valores eu quero reconstruir”; “Me lanço aos Teus pés, me prostro ante a Ti, eu sei que tens um bálsamo, Senhor! Tua cura, Teu favor, Tua graça, Teu perdão, Teu sangue derramado sobre mim! Purifica-me, restaura-me, Senhor!”;
 
Os que falam da Pessoa e da obra de Cristo. Exemplos: “Mas a cruz não conseguiu vencer o Autor da minha vida! Aleluia, Cristo reviveu; entre nós vive outra vez!”; “Prostro-me diante da cruz, vejo o sangue de Jesus; nunca houve amor assim! Sobre a morte já venceu, Sua glória o céu encheu; nada irá me separar!”; “Glória pra sempre ao Cordeiro de Deus; a Jesus, o Senhor; ao Leão de Judá; à Raiz de Davi, que venceu e o Livro abrirá!”;
 
Nesta postagem, apresentamos propostas, que, como foi dito, não são nossas. Vários servos de Deus têm clamado por uma restauração no louvor cristão, o que evidencia a urgência deste tema em nossos dias. Citamos alguns exemplos positivos, de autênticos cânticos de louvor, e também exemplos negativos. Algumas das canções que contêm equívocos, e por isso não devem ser cantadas nas reuniões das igrejas, foram compostas e interpretadas pelos mesmos autores e intérpretes de outras que aqui são citadas como autênticos cânticos. Isso prova que não intencionamos ofender ou desqualificar nenhum artista evangélico, mas tão somente exortar o povo de Deus a ser mais criterioso, sobretudo pastores e líderes!
 
Por fim, ressaltamos que os cânticos aqui mencionados são uma seleção de composições mais recentes, escritas nas últimas décadas. Mas nunca devemos nos esquecer de que já existem seleções muito mais criteriosas, à disposição das igrejas: os hinários tradicionais, como o Cantor Cristão (dos batistas), Novo Cântico (dos presbiterianos) e Harpa Cristã (dos assembleianos). Neles figuram alguns dos mais lindos hinos, escritos por santos homens e mulheres que amaram e serviram ao SENHOR com zelo incomparavelmente maior do que muitos de nós! Não existe um motivo sensato para que uma denominação séria abandone as maravilhosas composições de Isaac Watts, Sarah Poulton Kalley, John Newton ou Paulo Leivas Macalão! Que isso também seja levado em conta, para o bem da Igreja de Cristo!

Imagem disponível em: www.livresparaser.blogspot.com

terça-feira, 19 de março de 2013

Pela restauração do louvor no culto (Parte I)

O louvor cantado é, sem dúvida, uma das mais belas formas de adoração a Deus. As páginas das Escrituras estão repletas de exemplos de cânticos, e nos mostram o próprio Senhor Jesus cantado um hino com seus discípulos (Mateus 26:30). O livro de Salmos, o hinário por excelência, é a prova mais evidente de que o SENHOR de fato se alegra com os cânticos! Por outro lado, o falso louvor, que não glorifica a Deus, é um dos principais indícios de decadência espiritual de quem o canta e da igreja que o tolera em suas reuniões!
 
Os artistas da chamada música “gospel” têm experimentado uma popularidade comparável à das grandes estrelas pop. Compõem, gravam, fazem seus shows, e nisso não estão pecando. Podemos adquirir seus CDs e ouvi-los, sem problema. Mas devemos entender algo. Nem tudo que esses músicos evangélicos lançam é adequado ao culto cristão! Boa parte de suas canções são entretenimento, e nada além disso!
 
Contudo, a postura comum nas igrejas tem sido levar para o altar tudo que surge no mercado evangélico, automaticamente! Não se percebe que, mesmo tendo sido compostos e gravados por artistas que se intitulam “adoradores”, boa parte dos hits “gospel” são impróprios para o culto, pelo simples fato de não glorificarem a Deus, ou conterem heresias! Isso é seríssimo, sobretudo porque o momento de louvor cantado é hoje um verdadeiro cartão de visitas da igreja, algo que toma de meia hora a quarenta minutos de tempo no culto, e acontece antes e depois da mensagem. Os cânticos ou músicas, e a forma como estes são executados, revelam muito sobre o que uma denominação acredita e pratica!
 
Se, por exemplo, o louvor numa igreja é repleto de rock e danças, deduz-se que ali os jovens são o público-alvo. Se os cânticos são acompanhados por um coral e órgão, imagina-se que é uma denominação histórica, e possivelmente conservadora. Caso haja uma mescla de cânticos antigos com outros recentes, em ritmos mais tranquilos e sem o uso do rock e outras batidas semelhantes, fica claro o desejo de se congregar famílias inteiras, dos avós aos netos. Tudo isso se refere à maneira de execução do louvor cantado.
 
Quanto à mensagem contida nas letras, estas costumam ser uma síntese de tudo que é crido ali. Havendo a disposição em se pregar o genuíno Evangelho de Cristo, para a glória de Deus, os hinos ou cânticos precisam necessariamente reiterar esse nobre propósito. Por outro lado, quando se trata de uma denominação materialista, carnal e herética, é de se esperar que as músicas ali cantadas denunciem essas tristes características. Vejamos o exemplo das denominações liberais, que não creem na Bíblia. Estas, a cada dia, estão abandonando os hinos tradicionais (e bíblicos), substituindo-os por canções de cunho social. É uma atitude perfeitamente coerente com a incredulidade liberal!
 
Graças a Deus, ainda existem e sempre existirão denominações que temem a Deus e creem nas Escrituras. É o Seu remanescente fiel, a verdadeira Igreja. E, nesse ponto, retomamos o nosso raciocínio inicial, de que nossos cultos estão repletos de canções que nunca deveriam ser entoadas na reunião do Corpo de Cristo. Pois não condizem com aquilo que cremos, a sã doutrina transmitida pelo Senhor Jesus aos apóstolos e contida nas páginas da Bíblia! Por isso defendemos, no temor do SENHOR, que se faça uma profunda mudança no louvor em nossas igrejas!
 
COMO NÃO DEVE SER O LOUVOR CRISTÃO
 
Todas as sugestões a seguir vêm da comparação entre o ensino bíblico e o que se observa na prática. Basicamente, o louvor não deve contradizer a Palavra de Deus.
 
Que não sejam aceitas no culto canções com letras exaltando o homem, ao invés de exaltar a Deus. Exemplos: “Eu vou viver uma virada em minha vida, eu creio!”; “Acredito que nenhum de nós já nasceu com jeito pra super-herói, Nossos sonhos a gente é quem constrói”;
 
Não sejam admitidas as que retratam uma intimidade indevida com Deus, carnal e desrespeitosa. Exemplos: “Apaixonado por você, Senhor, estou”; “Poder te abraçar, sentir o teu pulsar, teu coração batendo ao meu”; “Tudo que posso é encostar-me no teu peito, cheirar os teus cabelos, me embriagar no teu amor”;
 
Não sejam toleradas aquelas puramente motivacionais, que não trazem consolo bíblico algum, mas somente incentivo humanista. Exemplos: “Ouse sonhar, você nunca irá além dos sonhos”; “Não desista, não pare de crer, os sonhos de Deus jamais vão morrer”; “Vencer! Só estarás por cima!”;
 
Não se aceitem as que banalizam realidades espirituais profundas e sérias. Exemplos: “Pisa, pisa no inimigo”; “Então eu direi, oh, oh, abra-se o mar, e eu passarei pulando e dançando em tua presença”; “Ele vem, Ele vem saltando pelos montes, os seus cabelos, os seus cabelos são brancos como a neve, e nos seus olhos, e nos seus olhos há fogo! Incendeia, Senhor, a tua noiva!”;
 
Não se admitam aquelas que expressam sentimentos mesquinhos, como vingança e coisas semelhantes. Exemplos: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na bênção vão se arrepender, vai estar entre a plateia, e você no palco”; "Quem tocar no crente ungido vai com a cara na poeira";
 
E em especial, sejam barradas as que contêm sutis heresias. Exemplos: “Eu escolho Deus, eu escolho ser amigo de Deus”; “Como Zaqueu eu quero subir o mais alto que eu puder, só pra te ver, olhar para ti, e chamar tua atenção para mim”.
 
Nenhum desses pontos é ideia nossa, e este Blog não se propõe a ensinar teologia para ninguém. Sugerimos aos irmãos que leiam os comentários sobre o tema nos Blogs dos pastores Ciro Zibordi e Renato Vargens, ministros de Deus dedicados, que têm discorrido brilhantemente sobre o tema!
 
(Continua)

Imagem disponível em: www.simeimusico.blogspot.com

quinta-feira, 14 de março de 2013

Uma igreja bíblica

(Esta é uma história fictícia. Mas bem poderia ser verdade!)
 
É manhã de domingo. Pessoas de vários bairros vêm chegando para a Escola Bíblica Dominical, e para o culto logo em seguida. São homens, mulheres e crianças de diferentes idades e diversas posições sociais, todos vestidos com pudor e bom gosto, mas sem ostentação. Famílias inteiras adentram no templo, uma construção sóbria, sem luxo excessivo, porém muitíssimo bem cuidada. Do hall de entrada partem para as salas de aula, que são em número de seis, sendo três destinadas às crianças, conforme suas faixas etárias; uma para os adolescentes; uma maior para os adultos com mais tempo de caminhada cristã e outra reservada ao ensino bíblico fundamental de adultos recém-convertidos. Durante uma hora, as seis turmas recebem instrução da Palavra de Deus. A classe dos adolescentes e as duas classes de adultos são doutrinadas por pastores, enquanto as turmas infantis são dirigidas por homens e mulheres tementes a Deus, criteriosamente selecionados dentre os membros da congregação.
 
Terminado o estudo, os participantes se dirigem ao salão principal do templo, ocupando quase todos os quinhentos lugares disponíveis nos bancos de madeira. Ao lado do altar, o pianista e os doze cantores do coral se posicionam, enquanto o pastor presidente dirige as palavras de abertura do culto. Após a saudação, leitura de um Salmo e oração, toda a igreja se põe a louvar, com o hino “Santo, Santo, Santo, Deus Onipotente”. Na porta do edifício, os introdutores trabalham sem dificuldade, pois são pouquíssimos os que chegam com atraso, e os membros presentes comportam-se com respeito e reverência.
 
A atmosfera de quebrantamento já é evidente, quando a assembleia canta o hino seguinte: “Pai, eu Te adoro, minha vida Te entrego; Como eu Te amo!”. Nas reuniões dos sábados à noite, chamadas “Culto dos Jovens”, os cânticos são executados num formato contemporâneo, acompanhados por violões, teclados, baixo e bateria, mas ainda assim há exigência de que todos tenham letras biblicamente corretas e que exaltem a Deus somente. Porém, no domingo, os pastores não abrem mão do coral e do piano (ou órgão, conforme o caso), o que confere sobriedade e reverência ainda maior ao culto dominical.
 
A seguir, vem o sermão, pregado pelo ministrante, o pastor presidente da igreja. Durante cinquenta minutos, o Evangelho é exposto por meio de temas como o pecado inerente ao homem, a obra redentora de Cristo, a justificação somente pela fé e a imperativa necessidade do arrependimento. A mensagem, preparada ao longo de toda a semana pelo pastor, produz verdadeiro impacto na congregação. Embora o pregador seja um notório conhecedor das Escrituras, tendo feito doutorado numa faculdade conservadora e bíblica – o que não tirou a sua humildade, consolidada em quase cinco décadas desde a sua conversão – nunca confia em sua própria capacidade no púlpito. Naquela mesma manhã, uma hora antes do início da EBD, o presidente já estava no templo com sua esposa, os dois pastores auxiliares, as esposas destes e cinco voluntários do grupo “Círculo de Oração”, a fim de orarem pelo estudo bíblico, o culto, e sobretudo pelo agir de Deus durante a exposição da Palavra. O SENHOR sempre abençoou essa atitude de zelo!
 
Após a mensagem, seguem as orações, muitas delas solicitadas pelos membros antes do culto, para serem levadas ao altar. A prática da oração intercessória naquela igreja é muito comum nas células, que são grupos com média de vinte participantes, os quais se reúnem às quartas feiras à noite nos lares, cada qual em seu bairro, sempre dirigidos por membros experientes e supervisionados pelos próprios pastores. Esses grupos têm fortalecido o amor entre os crentes e favorecido o trabalho pastoral, especialmente o consolo, o encorajamento bíblico, a exortação e a disciplina, que ali é levada a sério, a fim de promover a pureza na denominação e desencorajar a participação de falsos crentes. A oração é também o tema das reuniões das segundas feiras e sextas feiras à noite, os “Cultos de Oração”. Não obstante, vários membros ainda pedem a oração da igreja, que é feita ao final da celebração no domingo. Naquela denominação há um consenso de que as súplicas dos crentes são essenciais para a saúde espiritual do Corpo de Cristo!
 
O culto termina com a execução do hino “Graças dou por esta vida” e a bênção de Números 6:24-26. Porém, os participantes não vão embora sem antes passarem por um momento de comunhão no hall. Todos se abraçam, se cumprimentam e conversam por um bom tempo, como é costume naquela congregação. Alguns vão até a livraria, um espaço junto às salas das classes da Escola Bíblica, onde são vendidos livros selecionados pelos pastores, sendo critérios o conteúdo rigorosamente bíblico e a coerência teológica. Por fim, os membros retornam para seus lares abençoados, cheios da graça divina, após uma manhã inteira de estudo da Bíblia, adoração, orações e comunhão sincera; uma reunião totalmente voltada para a glória de Deus!
 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Avivamento, isso???

O culto começa com um louvor vibrante, muito bem interpretado pelos talentosos músicos da banda. As primeiras canções são alegres e cheias de energia; as seguintes, suaves, com lindas melodias. Logo o público está comovido pela beleza da apresentação. O pastor, hábil e empolgado, não deixa os ânimos se esfriarem, trazendo palavras encorajadoras sobre o poder de Deus, com voz firme e decidida. A oração é acompanhada por toda a congregação, num tom crescente, durante vários minutos, enquanto o celebrante anuncia que o SENHOR irá conceder dons extraordinários naquela mesma noite. Daí a pouco, algumas pessoas começam a cair ao chão, outras se põem a andar de quatro, como animais; uns rolam, outros riem descontroladamente, permanecendo assim por um bom tempo. No final da reunião, o pastor anuncia que aquela igreja tinha começado a viver um poderoso avivamento, levando os presentes ao delírio.

Depois do encontro, muitos voltam para os seus lares com algum quebrantamento de coração, e oram com mais fervor antes de deitar. Uns chegam a despertar durante a madrugada para orarem mais um pouco. Porém, no dia seguinte, pouca coisa muda em suas rotinas de trabalhos e afazeres. Com o passar da semana, as ações daquela gente voltam a ser como antes: maridos continuam impacientes com suas esposas, mulheres permanecem nos seus impulsos consumistas, adolescentes ainda se empolgam em conversas imorais na escola. Há quem passe a ler mais a Bíblia e orar com mais frequência, mas apenas nos primeiros dias. Os próximos cultos da congregação “avivada” são cheios de vibração e manifestações diferentes, e a notícia de que algo novo está acontecendo ali atrai a presença de muitos visitantes. No Youtube, são divulgados vídeos com trechos das reuniões, e muitos acessos acontecem. Porém, o dia a dia dos membros da denominação é o mesmo de sempre.

Definitivamente, nossa geração não sabe o que é um avivamento!

No Pentecostes, a igreja primitiva viveu um notável despertamento espiritual, que trouxe mudanças profundas entre os cristãos. Fervor, santidade, vida de oração, comunhão sincera, desapego pelos bens materiais, disposição em aprender a doutrina dos apóstolos, zelo missionário, submissão a Deus e reverência eram marcas das primeiras comunidades. Os dois séculos seguintes também conheceram bênçãos espirituais semelhantes, em meio a uma perseguição cruel promovida contra os crentes pelo Império Romano.

A Reforma Protestante trouxe novo despertar ao povo de Deus, num verdadeiro redescobrimento das Escrituras, que voltaram a ser o padrão de fé e prática de vida para os cristãos. E, quando vis disputas políticas ameaçavam obscurecer a fé evangélica nos países alcançados pela Reforma, o Espírito Santo promoveu maravilhosos períodos de avivamento, usando a vida de santos como Jonathan Edwards, John Wesley e George Whitefield. Naquele tempo, a pregação da Palavra de Deus operava indescritível quebrantamento nos corações dos ouvintes. Congregações inteiras se prostravam em doloroso pranto, gemendo pelos seus pecados. Todos eram convencidos de suas iniquidades, e clamavam ao Todo-Poderoso por perdão. Havia reconciliação entre esposos e esposas, pais e filhos, patrões e empregados. Bares e locais de diversão vulgar iam à falência, bêbados e devassos abandonavam seus vícios, entregando-se inteiramente a Cristo. Até os não-convertidos temiam a Deus, pois Sua santa presença estava em toda parte. Houve registros de criminosos que, voluntariamente, se entregaram à Justiça, tomados por profunda sensação de indignidade. Assim eram os avivamentos do passado!

É absolutamente necessário conhecermos e meditarmos nessas coisas, porque nós cristãos de hoje temos cometido o grave erro de tentarmos fabricar aquilo que só Deus pode fazer. Armamos um teatro e encenamos. Fingimos que o Espírito Santo está promovendo coisas que não são d’Ele. É lógico que o Espírito do SENHOR está conosco, pois cremos (embora, certamente, não esteja com os incrédulos do nosso meio, o chamado “joio”). Mas, definitivamente, NÃO vivemos uma época de despertamento espiritual; ao contrário, estes são dias trabalhosos, de muita frieza e pecado no seio da igreja! Há abundância de pastores gananciosos, a música “gospel” se tornou um mercado cheio de estrelas e tietes, considera-se desnecessário o estudo bíblico aprofundado, a sensualidade é tolerada. As mulheres se vestem de modo provocante, os homens amam pornografia, os jovens desprezam a pureza. O santo Nome do SENHOR é usado em vão o tempo inteiro por falsos profetas, cujo estilo de vida é uma afronta ao Terceiro Mandamento (Êxodo 20:7). “Evangélicos” compram e não pagam, sonegam impostos, tomam emprestado e não devolvem, mentem, fofocam, burlam leis de trânsito. Não há temor, tudo é lícito, tudo é tolerado! Que avivamento é esse?

Nossa postura deve ser outra. Precisamos urgentemente dobrar nossos joelhos e implorar que Deus mude o nosso coração! Perseverarmos em leitura bíblica e oração. Procurarmos nos alimentar com sã doutrina, por meio de livros e pregações de ministros sérios, como Joel Beeke, John MacArthur, Paul Washer, Renato Vargens, Ciro Zibordi, Augustus Nicodemus, David Wilkerson, Antônio Gilberto, Wayne Grudem e outros. Fugirmos de canastrões fantasiados de pastores (uma forma rápida de identificá-los é esta: falam demais em dinheiro e prometem maravilhas para quem oferta grandes quantias). Corrermos de ambientes e pessoas que nos induzem ao pecado. E clamarmos a Deus que nos conceda a bênção de um genuíno avivamento, uma especial visita do Espírito Santo sobre a igreja, a fim de restaurá-la, purificando-a de tantos males que nos têm afligido! Faz a Tua obra em nosso meio, SENHOR!