sábado, 31 de março de 2012

Sugestão de leitura

“O que estão fazendo com a igreja – Ascenção e queda do movimento evangélico brasileiro” (Augustus Nicodemus Lopes)

Nesta obra, lançada em 2008 pela Editora Mundo Cristão, o experiente Ministro e Reitor da Universidade Mackenzie, Dr. Augustus Nicodemus, trata com maestria dos principais males que têm assolado a Igreja brasileira. Os textos, extraídos do Blog “O Tempora O Mores”, são leves, de fácil leitura, por vezes até bem humorados, mas profundos em conteúdo. O liberalismo teológico, a neo-ortodoxia, os “libertinos” e os neopentecostais são alguns dos temas explorados neste livro que deve ser lido e relido por todos os que anseiam em ver a Igreja de Cristo restaurada neste país.

No vídeo a seguir, o autor apresenta um resumo do livro. Vale a pena conferir!

sexta-feira, 30 de março de 2012

As qualidades do ministro, conforme a Bíblia

Em 1Timóteo 3:1-13, 1Pedro 5:1-4 e Hebreus 13:17, a Palavra de Deus nos informa as virtudes essenciais aos ministros (bispos, diáconos, presbíteros, pastores). Em tempos como os nossos, com tantos escândalos promovidos por líderes famosos, para a vergonha do povo de Deus, é mais que necessário observarmos essas instruções bíblicas.

A verdade é que muitos crentes se entusiasmam com pastores simpáticos e vibrantes. Querem “fogo”, desejam ver fenômenos acontecerem. Mas o ministro que agrada a Deus, segundo a Bíblia, deve ter um perfil específico. Eis algumas de suas qualidades:

Irrepreensível. Deve manter um bom testemunho, não só para os da igreja, mas diante de toda a sociedade.

Esposo de uma só mulher. Se casado, deve ser fiel à esposa.

Temperante. Sabe se controlar, não se exalta.

Sóbrio. Não se comporta de modo extravagante.

Modesto. Não se porta como um “superstar”, nem se julga demasiadamente importante.

Hospitaleiro. Recebe bem as pessoas.

Apto para ensinar. Suas pregações são voltadas para o ensino da Palavra de Deus, e não para animar o público, ou elevar o ego dos presentes.

Não dado ao vinho. O ministro não possui vícios.

Não violento, porém cordato, inimigo de contendas. Deve ser um pacificador, procurando sempre evitar o conflito.

Que governe bem a própria casa. Antes de ser reconhecido pela igreja, deve ter o respeito da esposa e filhos, e ser um líder perante estes.

Não ser neófito. O ministro precisa ter uma trajetória de vida cristã. Novo convertido não serve.

De uma só palavra. Deve honrar todos os seus compromissos.

Não cobiçoso de sórdida ganância, não avarento. O ministro não pode amar o dinheiro.

Não ser dominador dos que lhe foram confiados. O ministro é um líder, e não um tirano.

Ser modelo para o rebanho. Sua postura e fé devem ser dignas de serem imitadas pelos membros.

Velar pelas almas dos membros, como quem prestará contas por elas. O ministro deve se preocupar grandemente com a salvação de cada membro de sua igreja.

Diante dessas instruções, cabe a nós refletirmos. Que tipo de líder queremos? Um que grite, esperneie, ameace seus desafetos, mas faça a igreja vibrar? Alguém que, a cada dia, multiplica seu patrimônio, às custas das ofertas dos membros, mas que opera milagres? Um “show man”, que leva o público a rir descontroladamente, urrar, gemer, chorar? Ou, quem sabe, alguém que eleve a autoestima de todos que o ouvem? Não, segundo a Bíblia, nenhum desses tipos é adequado para pastorear o rebanho de Cristo!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Refletindo sobre a idolatria

“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima, nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Ex 20:4-5a).

Calvino já dizia que o coração humano é uma fábrica de ídolos, e que todos nós somos, por natureza, especialistas em inventar novos ídolos. Quando alguém dirige a um objeto ou a uma pessoa um tratamento que deveria ser dirigido somente a Deus, esse alguém possui um ídolo.

Explicando melhor; se alguém ama um objeto ou pessoa, com um amor tal que só Deus deveria receber, isso é idolatria. Mas não é só isso. Confiar em algo ou alguém, em excesso, é idolatria. Temer algo ou alguém, excessivamente, é idolatria. Essas coisas podem ser muito sutis, e passarem desapercebidas por nós.

Um exemplo claro e inquestionável de idolatria é alguém se prostrar diante de uma escultura, beijá-la, dirigir-lhe petições. Ainda que nessa imagem esculpida se pretenda representar a pessoa de Cristo (neste texto, não entraremos em detalhes quanto ao erro que é tentar retratar nosso glorioso Senhor numa figura humana)! Outro caso típico de idolatria é amar, honrar e confiar em Maria da forma como os católicos romanos o fazem, com um zelo igual ou maior do que prestam a Deus. Não lhes basta tê-la como exemplo de fé, humildade e obediência ao Senhor, procurando imitá-la. Vão além, chamando-a de Senhora, rainha, imaculada, corredentora, intercessora, e outras honrarias que somente o Senhor Jesus é digno de receber.

Mas, e quanto à idolatria no meio evangélico? Há membros de igrejas que acolhem toda e qualquer palavra proferida pelo seu bispo ou “apóstolo” como sendo verdade, mesmo contrariando o ensino bíblico. Isso é idolatria! Existem evangélicos que viajam centenas de quilômetros, somente para assistir a um culto dirigido por um certo “homem de Deus”, crendo que a oração daquele homem irá curar enfermidades. Isso é idolatria, é confiar excessivamente num ser humano!

E o que dizer da prática de se carregar toalhinhas, tomar banho com sabonete de arruda ou guardar em casa rosas, sal grosso, garrafas com água do rio Jordão e outros objetos distribuídos durante os cultos? Depositar confiança nesses objetos, crendo que eles trarão bênçãos ou livramento para quem os guarda, é idolatria. Não existe diferença nenhuma entre o católico romano que carrega um crucifixo, como um amuleto para se proteger do mal, e um evangélico que traz no bolso um lenço ou toalhinha, com o mesmo objetivo de se proteger. Mudou o tipo de objeto, mas não houve mudança no coração.

O mandamento de não termos imagens de escultura e não nos prostrarmos diante de tais imagens, é bem mais profundo do que muitos imaginam. A vontade de Deus é que O amemos e n’Ele confiemos inteiramente, livrando-nos de tudo que representa empecilho para a verdadeira adoração. Que o Senhor nos dê a graça de entendermos esta verdade!

terça-feira, 27 de março de 2012

Pudor: uma marca do crente

"Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu" (Gn 3:21).
“Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas” (AP 3:18).

O pudor no modo de vestir-se é uma marca do crente. É inconcebível que um servo ou serva de Deus, nascido do alto pelo poder do Espírito Santo, não sinta vergonha de exibir seu corpo. Os motivos para isso são muitos. Primeiro, nossos corpos são templo do mesmo Espírito Santo (1Co 6:19). Segundo, somos chamados a apresentar nossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12:1). Terceiro, somos chamados a não servirmos de tropeço para os nossos irmãos (Rm 14:21). Quarto, devemos dar bom testemunho aos incrédulos (1Pd 2:12).

Em todos os lugares e ocasiões o crente deve vestir-se decentemente. Porém, durante as reuniões da igreja, nos momentos de culto coletivo, nossa preocupação com o pudor deve ser ainda maior. Ali, estamos reunidos para juntos adorarmos e glorificarmos o nosso Deus! Se temos noção da grandeza, poder e santidade do SENHOR, certamente nos portamos com toda reverência e santo temor!

Ao assistir a reportagem abaixo, as palavras que me vieram ao coração foram: tristeza, vergonha, repúdio, indignação. O que aparece nas imagens não pode ser chamado de culto. Que Deus tenha misericórdia!