domingo, 27 de janeiro de 2013

A Igreja de Cristo, noiva do Cordeiro!

Em seus sermões, Paul Washer costuma destacar as qualidades da Igreja, lembrando que nem sempre aquilo que chamamos de “Igreja” de fato o é. Esta é uma verdade que precisa ser reafirmada nesses tempos de superficialidade em que vivemos. Disso falaremos nesta postagem.

A Igreja é o povo escolhido de Deus. Formada por nós, homens e mulheres comuns que, do mundo, fomos resgatados pelo precioso sangue de Cristo, derramado em nosso favor na cruz do Calvário. O Pai amou-nos primeiro, o Senhor Jesus deu a vida por nós e o Espírito Santo nos regenerou de nossa condição caída, a fim de crermos para a nossa salvação.

A Igreja é santa, por causa do Espírito que habita em nós. É sal da terra e luz do mundo, de modo que, sem a presença dos crentes em Jesus Cristo, este mundo seria um lugar infinitamente pior do que é. A Igreja ama a Deus com amor reverente e santo temor. Tem as Escrituras como única regra de fé e prática, e deleita-se em estudar a Bíblia, não de modo puramente acadêmico, como quem lê um livro secular, mas como quem encontra na Palavra de Deus o seu alimento espiritual diário, sem o qual não pode sobreviver. E ora sem cessar, buscando fervorosamente a face do SENHOR!

A Igreja é humilde, não busca seus próprios interesses em primeiro lugar. Não é materialista ou consumista; jamais deposita seu amor ou sua confiança no dinheiro! A Igreja busca servir o próximo, compadecendo-se profundamente dos que não conhecem a Cristo. Por isso, procura levar o Evangelho a quantos pode, e vibra quando uma alma é resgatada do poder da morte e do inferno, recebendo a salvação mediante a fé no Senhor Jesus!

Dentro da Igreja impera o amor entre os irmãos. Nenhum dos filhos de Deus participa de uma denominação cristã simplesmente para receber bênçãos, ou por mera obrigação. Antes, a Igreja é uma comunidade de pessoas que vivem para fazer o bem umas às outras, muito mais intensamente do que o fazem aos de fora, pois compreendem que são a família de Deus!

A Igreja é confessional. Não vive correndo atrás de “novidades”, nem admite que o culto cristão seja desfigurado, tornando-se semelhante às atrações do mundo; jamais! A Igreja cultua ao SENHOR como Ele deseja ser cultuado, em espírito e em verdade, com o desejo de agradá-Lo em tudo e conhecê-Lo como Ele é!

Talvez você, que lê esta mensagem, pense: “isso tudo é utopia, os evangélicos que eu conheço não são assim”. Na verdade, o que as pessoas imaginam ser a Igreja, na verdade não o é. Cristo nos alertou sobre isso, ensinando-nos que, no meio do trigo, haveria muito joio, e que este não seria arrancado antes da colheita (Mateus 13:24-30). Ele também nos avisou que, no dia do juízo, muitos dos que profetizaram, expulsaram demônios e operaram milagres em Seu Nome seriam lançados no inferno, porque praticaram a iniquidade no mundo presente (Mateus 7:21-23).

Lembre-se, a Igreja é um grupo de pessoas santas e verdadeiramente crentes, cercadas por uma multidão de ímpios que se dizem cristãos. A Igreja é um conjunto de homens e mulheres que pertencem a Deus, misturado com um sem-número de não-convertidos. Ela é o trigo rodeado por muito joio!

Um dia, o Rei Jesus voltará para buscar a Sua noiva, pela qual Ele deu a vida, e todos verão quem, de fato, é Igreja. Até lá, que nós O conheçamos e prossigamos em conhecê-Lo, olhando sempre para o nosso alvo, sem nos deixarmos desanimar pela multidão de heresias e superficialidades que nos cercam. Pois somos d'Ele, por graça; por Ele nos movemos e existimos; n'Ele esperamos e confiamos!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A ética do “evangélico” contemporâneo

Houve um tempo em que o povo evangélico era conhecido por seu estilo de vida irrepreensível. Firmemente alicerçados nos ensinamentos bíblicos, os crentes portavam-se com uma integridade tal que os distinguia do restante da população. Honestidade, pudor, modéstia e piedade eram marcas dos filhos de Deus; ninguém podia apontar-lhes o dedo indicando falta de caráter. A sociedade ímpia os tachava de fanáticos, sisudos, sistemáticos e ignorantes, mas era impossível acusá-los de imorais!

Ainda existem e sempre existirão pessoas assim, servas do SENHOR nas quais devemos nos espelhar, homens e mulheres santos, segundo o coração de Deus. Mas, lamentavelmente, o advento da “teologia da prosperidade” tem trazido um novo padrão para os evangélicos. Ao invés de buscarem nas páginas da Bíblia as regras do viver cristão, muitos têm preferido seguir normas e valores comportamentais ditados por (falsos) pastores dessa pseudo-teologia, lobos em pele de cordeiro que ocupam os púlpitos de denominações neopentecostais, enganando a muitos.

Esses falsos obreiros ensinam um código de ética que não é bíblico, mas não deixa de ser uniforme. Isso significa que, basicamente, todas as denominações da “prosperidade” ensinam as mesmas coisas. Aqui, procuramos citar algumas dessas novas regras ensinadas ao povo evangélico, expondo suas mais evidentes contradições:

Não ouvir música do mundo: norma obrigatória!
Deixar de assistir telenovelas repletas de toda espécie de iniquidades: opcional.

Não beber nem fumar: norma obrigatória!
Comer com moderação: opcional.

Dar dízimos e ofertas: norma obrigatória!
Pagar as contas em dia e ser honesto nos negócios: opcional.

Aceitar a mensagem pregada no púlpito: norma obrigatória!
Ler a Bíblia diariamente: opcional.

Cumprir os votos feitos a Deus: norma obrigatória!
Humilhar-se sob a potente mão de Deus: opcional.

Vestir-se com pudor: norma obrigatória!
Vestir-se com modéstia: opcional.

Não frequentar bailes e festas mundanas: norma obrigatória!
Não aceitar a profanação do altar: opcional.

Honrar pastores e líderes da denominação: norma obrigatória!
Ser manso e humilde de coração: opcional.

Empenhar-se nos projetos de construção e ampliação de templos: norma obrigatória!
Anunciar o Evangelho aos de nosso convívio: opcional.

Buscar uma vida financeira bem sucedida: norma obrigatória!
Trabalhar com empenho, assiduidade, pontualidade e competência: opcional.

Buscar o conforto material: norma obrigatória!
Compadecer-se dos necessitados, especialmente os de mesma fé: opcional.

Evitar escândalos sexuais públicos: norma obrigatória!
Manter uma vida privada de santidade: opcional.

Crer nas promessas bíblicas de bênçãos: norma obrigatória!
Negar-se a si mesmo, tomar sobre si a sua cruz e seguir a Cristo: opcional.

Diante de um padrão ético tão confuso e contraditório, só há um remédio. Mantermos as Escrituras como nossa única regra de fé e prática, como faziam os santos nas épocas de ouro da Igreja Evangélica. Debruçarmo-nos sobre a Palavra de Deus, estudando-a diligentemente, com corações humildes e joelhos calejados. E rejeitarmos toda e qualquer proposta de “outro evangelho”, apegando-nos ao puro e genuíno Evangelho de Cristo. Que o SENHOR desperte esta geração para uma vida de santidade bíblica!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Os bordões do movimento gospel e a Bíblia

Se há uma coisa que move o movimento gospel contemporâneo é a busca por novidades. Em todo o tempo surge uma nova prática ou ideia, que se firma através de um bordão, e logo é repetida até se tornar verdade no coração do povo evangélico. A fé da massa evangélica é moldada por esses bordões, muito mais do que pela Palavra de Deus, que tão poucos conhecem com razoável profundidade. E isso é terrível, especialmente porque grande parte das expressões e frases de efeito “gospel” são antibíblicas. Vejamos somente alguns exemplos:

“Eu escolho Deus”: Jesus disse exatamente o contrário disso. “Ninguém pode vir a mim, se pelo Pai não lhe for concedido” (João 6:65); “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (João 15:16), etc.

“O melhor de Deus ainda está por vir”: a Palavra de Deus nos mostra que, para o crente, o melhor não está neste mundo, mas no céu. “Agora, porém, desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial” (Hebreus 11:16); “Estou certo de que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Romanos 8:18), etc.

“Eu profetizo sobre a sua vida”: A Bíblia explica o que é profecia em 2Pedro 1:21: “Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. Portanto, se alguém diz “eu profetizo”, e em seguida fala de coisas que provém do seu próprio coração, comete o pecado condenado em Êxodo 20:7: “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão, pois o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. É bom não brincar com isso!

“Levitas”: Eram os israelitas da tribo de Levi, responsáveis pelo serviço no tabernáculo, conforme Números 1:50: “Estabelece, porém, os levitas sobre o tabernáculo do testemunho, sobre todos os seus utensílios e sobre tudo o que lhes pertence”. Posteriormente, serviam no templo de Jerusalém. Ministrar o louvor era apenas uma de suas múltiplas funções; outras eram: degolar animais, cuidar do mobiliário do templo, etc. Para o movimento gospel, basta ser músico evangélico para receber o título de “levita”...

“Apaixonado por Jesus”: Nas Escrituras, a paixão sempre é relacionada a sentimentos carnais. Exemplos: “a loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma” (Provérbios 9:13); “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Timóteo 2:22). O que os crentes sentem pelo Senhor Jesus é amor intenso, jamais paixão!

“Adoração extravagante”: A Bíblia ensina a ordem e decência no culto (1Coríntios 14:40), e nos exorta a orar e cantar com o espírito, mas também com entendimento (1Coríntios 14:15). Não há extravagância nenhuma no verdadeiro culto cristão.

“Os sonhos de Deus”: A palavra “sonho” pode ter dois significados aqui. Pode ser uma sequência de imagens, atos e ideias que acontecem durante o sono; e isso não se aplica ao SENHOR, pois Ele não dorme (Salmo 121:4). Ou significa “aspiração, desejo”, e sabemos que Deus não tem aspirações; Ele simplesmente decreta e faz o que Lhe apraz. Portanto, nosso Pai Celeste não sonha.

Não estamos, de maneira nenhuma, acusando os líderes do movimento gospel de agirem com más intenções. Muitos querem agradar a Deus, e acreditam estar fazendo isso. Mas é melhor sermos crentes maduros, firmados nas eternas verdades bíblicas, do que nos deixarmos levar por modismos passageiros! Se algum ministrante de louvor vier a ler esta postagem, nós o convidamos a refletir sobre o assunto, à luz das Escrituras. Que o SENHOR nos dirija nisso!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Chega de superficialidade no culto!

Há alguns dias atrás, uma irmã em Cristo, membro de uma grande denominação na cidade de Belo Horizonte, nos contou com tristeza que, no templo maior de sua igreja, pessoas estão chegando para o culto com pipoca e refrigerante nas mãos, se assentando e comendo como se estivessem em uma sessão de cinema ou um show qualquer! Essa notícia nos trouxe um sentimento de verdadeira indignação, levando-nos a pensar como é possível existir gente tão completamente desprovida do temor de Deus a ponto de se comportar em um culto com tamanha irreverência. De fato, aquela situação relatada pela nossa irmã (e que também a tem chocado) demonstra que muita gente não sabe a diferença entre o culto cristão e o entretenimento mundano!

Porém, também nos é forçoso reconhecer que a culpa começa na direção de várias denominações, por causa da negligência e insensibilidade de pastores-presidentes que permitem isso, que os cultos em suas igrejas se transformem em shows!  Não é de se esperar que os membros sejam mais santos que os pastores, os quais assumiram a posição de líderes e exemplo para  a membresia! Que tipo de alimento espiritual o povo está recebendo nas igrejas onde o louvor genuíno e a sólida exposição das escrituras desapareceram, dando lugar ao rock, danças (quase sensuais!) e mensagens de autoajuda, feitas sob medida para agradar a ouvidos e corações não convertidos?

Por isso, reafirmamos e reiteramos alguns princípios elementares, que toda igreja cristã séria deveria adotar, zelando fervorosamente por seu cumprimento. Fundamentos em conformidade com a Bíblia, voltados para denominações tradicionais ou pentecostais, calvinistas ou arminianas, grandes ou pequenas, que realmente queiram agradar a Deus!

1) Adoração em espírito em em verdade (João 4:23): Deus é o centro, Ele é cultuado! Tudo que promova a superficialidade ou glorifique o homem não pode ter lugar no culto. Os cânticos de louvor precisam ter cunho espiritual, com letras exaltando a grandeza do SENHOR, a fim de levar o Seu povo a adorá-Lo! Cantar "eu vou viver uma virada em minha vida", ou "acredite, é hora de vencer, essa força vem de dentro de você", não produz piedade em ninguém, nem combina com o que Jesus espera de nós como adoradores!

2) Ordem e decência (1 Coríntios 14:40): Embora o movimento "gospel" pregue a "adoração extravagante", a Palavra de Deus ensina a reverência e a boa ordem. O culto cristão deve ser o exato oposto do show mundano. Até mesmo os visitantes, que nunca participaram de uma reunião numa igreja cristã, devem perceber a decência entre nós! Histeria, gente rolando no chão, imitando animais e outros "fenômenos" semelhantes não combinam com essa ordem de Deus! Nem as danças e gingados que beiram a sensualidade, os quais já mencionamos, e são tão comuns hoje em dia!

3) Centralidade da Palavra (João 17:17): a pregação deve ocupar lugar de destaque no culto, e precisa ser bíblica e centrada em Cristo. Pastores foram comissionados a pregar o Evangelho, e não massagear o ego dos ouvintes, dizendo coisas do tipo "o melhor de Deus ainda está por vir em sua vida", "você é um vencedor", etc. Quem vai se converter de seus pecados e buscar a santidade numa igreja que nem menciona essas coisas?

Por fim, meditemos na mensagem desse lindo louvor, do adorador Asaph Borba. Que Deus nos toque e sensibilize para a urgente necessidade de mudança nos nossos cultos!


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vivendo 2013 como filhos de Deus

"Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:13-14)

Ano novo. Tempo de planejar, traçar metas, sonhar com uma vida melhor, iniciar um regime, voltar a estudar, etc, etc, etc. Tudo isso pode ser bom. Mas, para o cristão, a meta suprema é viver para a glória de Deus. Esta é a razão do nosso existir! Por isso, nosso objetivo maior para 2013 só pode ser este, o de estarmos mais próximos do Pai, mais santos, mais íntimos d'Ele. Como podemos fazer isso no novo ano que se inicia? Eis aqui algumas breves sugestões:

1) CONHECER A DEUS ATRAVÉS DA SUA PALAVRA (João 17:17)

* Ler a Bíblia todos os dias, em sequência (no mínimo um capítulo por dia; de preferência mais que um);
* Anotar numa agenda ou calendário a leitura de cada dia, e acompanhar o progresso.

2) MANTER INTIMIDADE COM DEUS ATRAVÉS DA ORAÇÃO (Jeremias 29:13)

* Orar todos os dias, logo pela manhã;
* Separar um momento de oração durante o dia;
* Orar todos os dias, antes de dormir;
* Fazer breves orações em pensamento, várias vezes por dia.

3) CRESCER EM SANTIDADE (Hebreus 12:14)

* Examinar nossos pensamentos, palavras e atitudes constantemente;
* Confessar nossos pecados a Deus, pedindo-Lhe perdão;
* Evitar tudo que nos leve a pecar (isso inclui lugares, companhias, programas de TV, filmes, sites na internet, revistas, livros e outros com conteúdo ofensivo a Deus);
* Aproximar-nos de tudo que nos santifica (cultos e outras reuniões da Igreja, irmãos em Cristo, filmes, livros, sites de internet e coisas semelhantes, com conteúdo agradável a Deus).

Três propostas muito simples. Mas que podem fazer toda a diferença neste ano. Dediquemo-nos, pois, em prosseguir para o nosso alvo!

QUE DEUS NOS ABENÇOE E DIRIJA NESTE 2013!!!

Imagem disponível no Blog Caminhos e Veredas