segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Aos luteranos, com amor

A doutrina da salvação pela graça de Deus mediante a fé em Cristo é um ponto central do Evangelho. Quando Martim Lutero, lendo a Carta de Paulo aos Romanos, compreendeu esta verdade bíblica, foi de tal modo transformado a ponto de dedicar a própria vida no propósito de divulgá-la a quantos pudesse. Sem dúvida, a Reforma Protestante surgiu e se espalhou sob esse fundamento. Até hoje, se um luterano for chamado a resumir suas convicções religiosas em pouquíssimas palavras, dirá que é salvo por graça, pela fé somente.
 
Mas, lamentavelmente, os luteranos, em sua imensa maioria, perderam a noção do significado desta palavra: graça. A teologia liberal, surgida no Século XVIII, e o neoliberalismo teológico, dominante no Século XX, relegaram ao desprezo outro fundamento da Reforma, a crença na autoridade e suficiência das Escrituras. A fé evangélica luterana foi pervertida pelo humanismo. Passou-se a crer na salvação universal de todos os seres humanos, e a duvidar da existência de um castigo eterno para os incrédulos. Ensinos contrários à Palavra de Deus, formulados por homens falhos e seduzidos pelas ciências humanas, desconstruíram por completo a compreensão acerca da graça divina.
 
Por isso existem tantos luteranos que bebem (muita) cerveja, frequentam bailes e festas pra lá de mundanas, iniciam a vida sexual ainda solteiros com suas namoradas, aprovam o aborto, não veem nada de errado nos “casamentos gays”, repudiam os conceitos bíblicos de liderança masculina e submissão feminina, toleram vocabulário torpe, consomem arte (cinema, música, literatura, etc) escandalosamente anticristã, consideram lícito o divórcio por incompatibilidade de temperamentos, namoram e até se casam com pessoas não crentes, passam meses sem frequentar uma única reunião da igreja... E têm certeza de que são salvos pela graça. Como se graça fosse sinônimo de licença para pecar reiteradamente sem arrependimento.
 
A passagem bíblica de Mateus 19:16-26 ilustra muito bem o que é graça. Certa vez, um jovem religioso muito rico afastou-se, triste, do Senhor Jesus, por recusar-se a abrir mão das riquezas que possuía a fim de seguir o Mestre. Então, Jesus, vendo aquilo, disse aos discípulos que dificilmente um rico entraria no Reino dos Céus. Isso lhes trouxe grande surpresa. “Sendo assim, quem pode ser salvo?”, foi a pergunta dos discípulos, que possivelmente consideravam aquele jovem rico um exemplar seguidor da lei. Então, o Senhor, fitando-lhes, respondeu: “Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível”. Dentre as lições contidas ali, percebe-se que: 1) o abismo entre o homem e Deus, consequência do pecado, é intransponível para nós; 2) só a graça de Deus pode nos levar de volta à Sua santa presença; 3) essa graça é preciosíssima e precisa ser recebida por nós mediante uma entrega total a Deus. Àquele jovem rico tão apegado ao dinheiro, o Senhor ordenou a renúncia a todos os bens materiais. Será que hoje Jesus não exige coisa alguma da nossa parte? Nem mesmo que abramos mão de um estilo de vida oposto a todos os padrões morais bíblicos?
 
Nossa salvação é, sim, gratuita, porque nós jamais a poderíamos comprar, e nem mesmo nossos melhores e maiores esforços nos fariam merecedores desse dom. É de graça para nós, pois Cristo pagou o preço em nosso lugar. Por isso somos salvos pela graça. Porém, graça não significa que Deus tornou-Se imoral. Não implica autorização para desprezarmos todos os Seus mandamentos. Nem é um salvo-conduto que nos isenta de termos um coração regenerado. Se Jesus nos comprou com Seu precioso sangue, então somos propriedade d’Ele. Por conseguinte, é o Senhor quem dita o nosso modo de viver, e não a sociedade, a cultura ou nossos desejos pecaminosos. Se somos d’Ele, nós O servimos. E, ainda assim, nossa salvação continua sendo pela graça, pois nosso serviço sempre estará aquém da vontade do Senhor, e, contudo, Ele não nos rejeita.
 
Quem entende o que é graça torna-se grato. Na cruz, Cristo foi moído por nossos pecados. Cientes disso, nós só podemos amá-Lo com todo nosso coração, e esse amor é demonstrado mediante uma firme disposição em honrá-Lo. Honrar a Cristo é obedecê-Lo alegremente, procurando fazer tudo o que Lhe agrada. Em outras palavras, é buscar a santidade. Por outro lado, quem entende o que é graça passa a odiar o pecado que levou o Senhor à cruz. Nosso Salvador somente precisou suportar aquelas terríveis dores e beber o amaríssimo cálice da ira do Pai porque nós pecamos. Logo, gratos a Ele, passamos a repudiar o pecado com todas as nossas forças.
 
Prezado amigo luterano, prezada amiga luterana, pondere nestas palavras. Reveja seu entendimento sobre a graça de Deus. Aqui não há nenhum convite a uma busca da salvação por obras (a qual seria um insulto ao nosso Salvador), nem ao legalismo (igualmente, um insulto ao nosso Salvador). Tudo que foi dito refere-se ao modo como alguém salvo precisa receber essa maravilhosa graça. Leia nos quatro Evangelhos e nas epístolas do Novo Testamento qual é o padrão do Senhor para a sua vida e compare com as condutas que você tem adotado e os valores aos quais tem aderido. Em seu viver diário, você tem buscado – mesmo com falhas – obedecer à Palavra de Deus? Honestamente, alguém consegue perceber que você é cristão, ou cristã, somente observando o seu modo de falar, agir, vestir-se, os lugares frequentados por você e as suas companhias? Se a sua resposta for não, arrependa-se! Peça ao Senhor um coração novo, transformado, sedento por santidade e avesso ao pecado! Deus é poderoso para lhe restaurar completamente, fazendo de você uma nova criatura, pela Sua incomparável graça!

domingo, 21 de setembro de 2014

À procura de uma boa igreja

(Uma história fictícia)
 
João e Rute tinham acabado de se mudar, com seus dois filhos pequenos, para uma das principais cidades do interior de São Paulo. Crentes em Jesus Cristo, ambos amam a Bíblia e creem ser ela a inerrante Palavra de Deus. Também creem na contemporaneidade dos dons do Espírito Santo, tais como revelados em Atos dos Apóstolos. Agora, precisavam encontrar uma igreja para ali congregarem e tornarem-se membros, pois não faria sentido continuarem ligados à sua congregação de origem, localizada na cidade onde antes viviam, a trezentos quilômetros de distância. O próprio pastor daquela congregação aconselhou-os a se transferirem logo para uma boa denominação, na terra onde iriam passar a morar.
 
Cientes de que a escolha de sua nova igreja seria uma decisão seríssima, capaz de afetar toda a família, João e Rute reservaram um tempo para refletir sobre os critérios a serem levados em conta. Prontamente descartaram a possibilidade de se unirem a uma denominação neopentecostal, adepta da execrável “teologia da prosperidade”. “– Acho que, com isso, já eliminamos uns setenta por cento das igrejas daqui”, disse a esposa, num tom de brincadeira. Sem saber, ela quase acertou em cheio. Pois na verdade o índice de congregações evangélicas daquela cidade influenciadas pelas heresias de Kenneth Hagin, Mike Murdock e outros beira os setenta e cinco por cento. “– Vamos dar preferência a uma que tenha reuniões de estudo bíblico, tipo EBD”, sugeriu o marido. “– Ótima ideia. As que não tiverem, provavelmente não servirão para nós”, completou Rute.
 
Logo no primeiro domingo, o casal teve uma decepção. No culto à noite em uma igreja consolidada, que possui uma longa história naquela cidade, se depararam com um surpreendente relaxamento de costumes. Era verão, e havia mulheres usando roupas totalmente inadequadas para as servas de Deus, como tomara-que-caia, peças justíssimas e até minissaias. Além disso, na saída passaram bem ao lado de um grupinho de jovens membros que conversavam – empolgadíssimos – sobre uma festa realizada na noite anterior, numa badalada danceteria da cidade. João e Rute saíram dali horrorizados, imaginando quão perigoso seria criar os filhos numa congregação totalmente conformada ao mundo como aquela.
 
No fim de semana seguinte tiveram outro desgosto. Foram ao culto de uma denominação dita histórica e renovada (carismática) levando os filhos. “– Deve ser bem parecida com a nossa antiga igreja”, disse Rute pouco antes de adentrarem no templo. Ledo engano. Durante a mensagem, o pastor fez uma série de comentários vazios e biblicamente inconsistentes, tipo “nós já decretamos que essa cidade é de Jesus”, ou “vamos derramar óleo ungido sobre a bandeira municipal e determinar que toda a população irá se converter a Cristo”. Para piorar, a reunião encerrou com as pessoas presentes “marchando” sem sair do lugar, sob o comando do tal pastor, que gritava: “– Vamos colocar o cinto da verdade!”, “– Agora vamos vestir a couraça da justiça!”, “– Agora, todo mundo calçando os pés com a preparação do evangelho da paz!”. Antes que o “teatro” supostamente baseado em Efésios 6 terminasse, a família visitante deixou o templo para nunca mais voltar.
 
Durante três domingos consecutivos, frequentaram os cultos e a EBD numa igreja considerada séria e bíblica. De fato, a pregação era consistente, sem heresias, firmada nas Escrituras. Mas algo entristeceu João e Rute, levando-os a descartarem também aquela outra denominação. Embora tivessem participado de três reuniões, a família não foi notada e nenhum dos membros lhes dirigiu uma só palavra. Concluíram ser uma congregação fria, sem a comunhão indispensável na igreja de Cristo. Os próprios membros não pareciam manter um convívio próximo entre si, tanto que o templo se esvaziava imediatamente após as celebrações, algo bem diferente do que ocorria na igreja que João e família frequentavam antes de mudarem de cidade. Naquela outra, mantinham laços fraternos de amizade com muitos irmãos, e não queriam que sua futura igreja fosse o oposto daquilo a que estavam acostumados.
 
Depois de um mês e meio, finalmente receberam a graça de encontrarem uma igreja na qual puderam servir a Deus em família. Imperfeita, naturalmente, pois a perfeição só virá com a glorificação, após a segunda vinda de Cristo. Porém, digna de ser chamada a Noiva do Cordeiro, ou o Corpo de Cristo. Da pesquisa feita por João e Rute, fruto de conversas com alguns outros crentes, buscas em sites de Internet e visitas a três congregações, além de muita oração, surgiu um interessante relatório, bastante sucinto, sobre o que seria “uma boa igreja”. Eis o que o casal escreveu naqueles dias:
 
1) Uma boa igreja não negocia o Evangelho de Cristo, nem faz concessões ao materialismo vivido pelo mundo.
 
2) Uma boa igreja fundamenta sua doutrina somente nas Escrituras e valoriza o estudo bíblico.
 
3) Uma boa igreja crê na inerrância da Bíblia.
 
4) Uma boa igreja prega a santidade e não se conforma aos padrões mundanos.
 
5) Uma boa igreja disciplina os seus membros.
 
6) Uma boa igreja não tolera ensinos vãos.
 
7) Uma boa igreja não tolera falsificações da obra do Espírito Santo.
 
8) Uma boa igreja zela pelo culto coletivo com ordem e decência.
 
9) Uma boa igreja possui um púlpito sadio, onde a Palavra de Deus é pregada retamente.
 
10) Uma boa igreja teme e honra a Deus.
 
11) Uma boa igreja valoriza a comunhão entre os irmãos.
 
12) Uma boa igreja valoriza a família.
 
13) Uma boa igreja vive o cuidado mútuo.
 
14) Uma boa igreja pratica a hospitalidade.
 
15) Uma boa igreja não perde a chance de evangelizar, falando do amor de Deus a todos quantos puder.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pureza

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8).
 
Uma das virtudes menos presentes em nosso tempo, inclusive entre pessoas que se denominam “evangélicas”, é a pureza. A malícia – inimiga da pureza – está nos anúncios publicitários, moda, letras de músicas, danças, filmes, jornais, revistas, programas de TV, Internet e, infelizmente, nos corações de quase todos. A tolerância à imoralidade tem sido a regra, e atualmente quase ninguém se envergonha em manter conversas, posturas e atitudes que no passado eram consideradas inaceitáveis por cidadãos comuns.
 
A Bíblia constantemente nos exorta à pureza. Tomando apenas o Evangelho segundo Mateus como referência, eis o que Jesus nos disse: “Bem-aventurados os limpos de coração” (Mateus 5:8); “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mateus 5:28); “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas” (Mateus 6:22-23); “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18:3); “Se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; (...) se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti” (Mateus 18:8,9). Em síntese, a ordem é sermos puros e fugirmos de toda forma de maldade.
 
A pureza existe na vida do rapaz que se afasta quando vê uma roda de colegas contando piadas indecentes. No coração da moça que, ao comprar um traje de piscina, passa longe dos biquínis sensuais, e, ao escolher uma blusa, nem se atreve a experimentar as mais decotadas. Está na postura cotidiana do profissional liberal que trata sua secretária respeitosamente, sem intimidades indevidas. No agir do grupo de adolescentes os quais passam horas numa lanchonete conversando alegremente, e ali não surge nenhum comentário malicioso e nenhuma brincadeira de baixo nível. A pureza se faz presente nos modos da mulher recatada, cujo vestuário, palavreado e atitudes constrangem todos a respeitá-la. Porém, tudo isso tem se tornado cada vez mais raro, enquanto a indecência se banaliza a cada dia.
 
Ninguém pode agradar a Deus com um coração impuro. De nada adianta ser batizado, membro de uma igreja, frequente nos cultos, dizimista fiel e até mesmo ocupar posição de liderança, se tal pessoa põe o que é mau diante de seus olhos, alegra-se nas coisas vis, porta-se inconvenientemente, faz de si mesmo uma pedra de tropeço para o seu próximo. Isso é cristianismo de fachada e pode enganar os irmãos e o pastor durante algum tempo – não a vida toda – mas não engana ao Senhor que tudo sabe e está em toda parte. Os fariseus do Novo Testamento se empenhavam em manter uma aparência exterior de santidade, todo o povo judeu os admirava, mas Cristo os rejeitou por ter percebido grande maldade nos corações daqueles homens religiosos.
 
A igreja desta geração carece urgentemente de uma profunda mudança de coração e valores. De início, precisamos reconhecer que temos tomado a forma desse mundo e contrariado o alerta bíblico de Romanos 12:2. E então, nos arrependermos sinceramente, com lágrimas e súplicas pelo perdão de Deus. Feito isso, é necessário assumirmos uma postura diária santa, fruto de um interior transformado, que implica em nova maneira de falar, andar, vestir-se, agir, etc. A mudança será clara, visível a todos ao nosso redor! Finalmente, aqueles dentre nós que possuem filhos em casa devem ensiná-los a pureza, como os pais faziam até algumas décadas atrás, impedindo-os de assistirem imoralidade na TV, orientando-os a falarem decentemente e se vestirem com pudor, proibindo-os de ouvirem músicas com letras sujas, entre outras atitudes que gerações passadas sabiam tomar, mas nós desaprendemos. Reconhecemos que hoje é muito mais difícil viver piedosamente, já que a impureza está em toda parte. Mas o nosso Deus é poderoso para operar essa grande graça em Nós. Tenhamos, então, a pureza como alvo e a busquemos diligentemente, no poder do Espírito Santo, para a glória do Senhor!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ser devoto de “Maria” não é ser cristão

Maria, a mãe do Senhor Jesus, foi um exemplo notável de cristã. Serva do Todo-poderoso (Lucas 1:38, 48), reconheceu ser Ele o seu salvador (Lucas 1:47), foi humilde (Lucas 1:48), negou a si mesma (Lucas 1:38), exortou pessoas a obedecerem as instruções do Senhor (João 2:5), permaneceu com Ele até a cruz (João 19:25) e perseverou com os apóstolos na igreja primitiva (Atos 1:14). Deus concedeu a ela incomparável graça, ao escolhê-la para ser mãe de Jesus, quando este, em Sua humilhação, Se fez homem e habitou entre nós.
 
Ela é o oposto daquela que católicos romanos, espíritas kardecistas e adeptos de religiões afro-brasileiras chamam de “nossa senhora”. Essa outra (“nossa senhora”) requer glória, honra e adoração para si e reserva a si mesma o papel de mediadora entre Deus e os homens. Nunca aponta para o Senhor Jesus, jamais exorta alguém a obedecer ao Filho de Deus. Os devotos que garantem tê-la visto e ouvido dizem que ela os mandou espalhar a devoção mariana, invocá-la e rezar o terço diariamente. Nenhum deles jamais disse que ela os mandou pregar o arrependimento, ler a Bíblia, confiar em Cristo ou crer no Evangelho.
 
Ser devoto de “Maria” (não a da Bíblia, e sim a do catolicismo e espiritismo) não é ser cristão. São duas coisas completamente diferentes e distintas. Para comprovar essa verdade, citamos um exemplo mais ou menos recente e muitíssimo conhecido dos brasileiros, o falecido cantor e compositor Raul Seixas.
 
Raul foi um devoto de “Maria”, e essa devoção foi expressada apaixonadamente na canção “Ave Maria da rua”. Eis alguns trechos da letra: “Bastou o teu olhar pra me calar a voz/ De onde está você, rogai por nós/ (…) Segure a minha mão quando ela fraquejar/ E não deixe a solidão me assustar/ Oh, minha mãe, nossa mãe/ E mata a minha fome nas letras do teu nome/ (…) Oh, minha mãe, nossa mãe/ E mata a minha fome na glória do teu nome”. O tom emocionado e fervoroso com que Raul Seixas interpretou a canção não deixa qualquer dúvida da sinceridade do cantor.
 
Mas Raul Seixas também foi um anticristão militante, e isso fica claro em várias músicas gravadas por ele. Numa delas, “Cowboy fora da lei”, Seixas zomba do sacrifício de Cristo, cantando “Oh, coitado, foi tão cedo, Deus me livre, eu tenho medo, morrer dependurado numa cruz. Eu não sou besta pra tirar onda de herói”. Em outra, “How could I know”, ele nega a segunda vinda de Cristo com as palavras “Cause Jesus Christ, man, won't be coming back no more” (“pois Jesus Cristo, cara, ele não vai voltar mais”). Na música chamada “Só pra variar”, escarnece da salvação eterna assim: “Diz que o paraíso já tá cheio, neném/ Vou levar um lero com o diabo”. E na canção “Al capone”, debocha novamente do sacrifício de Cristo: “Ei, Jesus Cristo, o melhor que você faz é deixar o Pai de lado e foge pra morrer em paz".
 
O Senhor Jesus ama os Seus com amor sem igual, a ponto de esvaziar-Se de Sua glória celestial, vir ao mundo na forma de servo, humilhar-se até a morte e beber o mais amargo cálice, a fim de garantir a salvação dos que n’Ele crerem. Porém, Cristo exige que os homens se arrependam, neguem a si mesmos e morram para os prazeres sujos desse mundo. Em outras palavras, Ele exige renúncia. O ser humano não quer isso. Mas ser um devoto da senhora dos católicos romanos e espíritas não custa nada, qualquer um pode adorá-la, rezar o terço, manter uma imagem de escultura num lugar de honra de sua casa. Não é preciso amar o Senhor Jesus, nem mesmo respeitá-Lo, muito menos servi-Lo.
 
Evangélicos simpatizantes do ecumenismo, pensem nisso!