quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Curso de Teologia reconhecido pelo MEC

É possível que alguém genuinamente convertido ao Evangelho, disposto a servir ao Senhor, necessite de um diploma de Bacharel em Teologia reconhecido pelo MEC. Não por mera vaidade, mas para seguir determinada carreira, em especial a de professor em escolas e seminários. Talvez um curso “livre” não será aceito nestas situações específicas, e, ao que parece, os programas de validação de créditos oferecidos por algumas faculdades teológicas em breve deixarão de existir. Para os cristãos prestes a iniciar um curso com o aval do Ministério da Educação convém observar alguns detalhes importantíssimos antes de optarem por essa ou aquela instituição de ensino.

Atentem para a grade curricular proposta. É indispensável que as disciplinas das áreas de Teologia Sistemática e Teologia Bíblica predominem, e não as matérias relacionadas às ciências humanas. Algumas palavras e expressões são especialmente perigosas, por serem indícios de currículos excessivamente ecumênicos e liberais, por exemplo: “ecumenismo”, “inter-religioso”, “fenomenologia da religião”, “ciências da religião”, “estudo das religiões”, etc.

Observem os textos de apresentação do curso, disponíveis no site da faculdade. O discurso é típico de uma instituição evangélica? Há alguma menção a Cristo, igreja, piedade, testemunho, evangelismo ou a alguma linha teológica clara (batista, presbiteriana, etc)? Bom sinal. Mas se ao invés disso a mensagem tem conteúdo neutro, podendo referir-se a qualquer ambiente teológico ou religioso, cuidado. Talvez a preocupação única seja a formação de cientistas da religião, não servos do Deus Triúno revelado nas Escrituras.

Atentem para os professores desses cursos, identifiquem o pensamente teológico deles. Ouçam opiniões de ex-alunos e de alunos do último período. Algumas instituições de ensino são ligadas a igrejas específicas, e nesses casos torna-se muito mais fácil descobrir a identidade teológica dominante. Fujam das faculdades vinculadas a denominações participantes de movimentos ecumênicos, como o Conic – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, porque muitos alunos perderam a fé ali, influenciados por mestres ateus ou agnósticos!

Procurem de antemão conhecer e identificar os desvios presentes na teologia de autores como Friedrich Schleiermacher, Rudolf Bultmann, Paul Tillich, Gustavo Gutiérrez, e o caráter nocivo das teologias liberal, neo-ortodoxa e da libertação, entre outras. Leiam textos e assistam a vídeos de ministros piedosos com mensagens de alerta contra esses descaminhos teológicos. Entendam os pressupostos e ideologias sobre os quais esses movimentos se apoiaram, porque neles há muito de Karl Marx, Nietchze, Heidegger e outros pensadores não cristãos.

Orem constantemente, roguem a Deus por misericórdia, busquem a santificação e a intimidade com o Senhor com quebrantamento, humildade e humilhação. Lembrem-se de que o aprofundamento nos estudos teológicos levou muitos intelectuais brilhantes à heresia e incredulidade, por isso é indispensável que se curse Teologia com temor e tremor. Entendam que o objeto do labor teológico é o Alto e Sublime, o Todo-Poderoso Senhor do universo, e que toda vaidade e orgulho devem ser subjugados desde o primeiro dia de Seminário. Que o Senhor lhes ajude e dê graça!

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Cinco perigos que rondam a Igreja Evangélica

Em todas as épocas a Igreja (isto é, o povo de Deus, crentes em Jesus Cristo) sempre esteve ameaçada por heresias e enganos perniciosos, aptos a minar-lhe a saúde espiritual. Distorções nascidas no coração de homens não convertidos (ou na mente do próprio satanás), com aparência de bem, porém capazes de produzir grandes estragos. Aqui mencionamos alguns dos erros mais frequentes nos dias atuais. Para não “chover no molhado”, deixamos de citar a “teologia” da prosperidade, o liberalismo teológico e o ecumenismo, temas presentes em diversas postagens deste Blog. Que o Senhor nos livre de todos esses males!

1. Pentecostalismo frenético: favor não confundir com o pentecostalismo sério, ensinado por servos de Deus como David Wilkerson, Antônio Gilberto e Ciro Zibordi, dentre outros. O que chamamos de “pentecostalismo frenético” são as manifestações carnais, frutos da imaginação humana, que têm infestado diversas igrejas: falsas profecias, “revelações” que nunca acontecem, entendimentos bizarros a respeito de batalha espiritual, etc. Essas coisas frequentemente têm tomado o lugar da Palavra de Deus, produzindo graves danos no nosso meio.

2. Mentalidade empresarial: muitas denominações, empenhadas em atingir rápido crescimento, têm caído nessa armadilha. Mentalidade empresarial significa utilizar no corpo de Cristo as técnicas de administração e publicidade adotadas no meio secular. Isso compromete toda a apresentação do Evangelho, desde o convite para que alguém vá conhecer determinada igreja, passando pelas canções de louvor, a pregação, as orações, etc. Tudo passa a ser feito sob medida para agradar os incrédulos (assim como as empresas buscam agradar sua clientela). O resultado? Falsas conversões, superficialidade, enfim, cristianismo de aparências, que não salva ninguém.

3. Oba-oba: o cristianismo é tratado como se fosse um estilo de vida divertido. Ritmos musicais da moda, coreografias de danças, templos parecidos com boates (repletos de luzes coloridas, gelo seco, etc), pastores com jeito de garotões “sarados”, muita gíria, mensagens descontraídas e muitíssimo apelo carnal. Os membros, quase todos jovens ou adolescentes, são incentivados a aderirem ao “Evangelho” como quem abraça um modismo qualquer (punk, skate, surf, emo, funk, grunge, etc). Obviamente, tais pessoas abandonarão o Senhor Jesus diante da primeira dificuldade.

4. Autoajuda: aqui, o templo é transformado num enorme consultório de psicologia e o Evangelho dá lugar à terapia coletiva. As pessoas chegam ao culto estressadas, aflitas, cheias de problemas e saem leves, animadas, sorridentes. Durante a mensagem todos riem, se divertem, ouvem receitas sobre como podem ter uma vida com mais qualidade. As canções são o fundo musical perfeito, emocionam e incentivam os presentes a enfrentarem a semana com mais ânimo. Com isso, assuntos como o novo nascimento, a santificação e a vida eterna são completamente desprezados. O foco é o bem-estar neste mundo, e só.

5. Omissão em nome da boa convivência: muitos pastores, líderes e até membros que não ocupam cargo algum olham ao redor e veem que a sua denominação não vai bem. As heresias vêm conquistando espaço no coração de vários irmãos, a santificação tem sido desprezada pela maioria, o desconhecimento bíblico é crescente, o desapego à sã doutrina é cada vez mais óbvio. Porém, aqueles que percebem tudo isso decidem se calar. Não querem criar polêmicas, contrariar os irmãos, ver a quantidade de membros diminuir. Preferem fechar os olhos para os problemas e seguir em frente como for possível. A consequência? Só a eternidade revelará. E com certeza não será nada boa.