quinta-feira, 27 de março de 2014

A loucura do ateísmo e agnosticismo

Nos meios acadêmicos, entre os produtores de arte e cultura, políticos de esquerda e outros chamados intelectuais é comum a presença de ateus (os que negam veementemente a existência de Deus) e agnósticos (que alegam não haver provas da existência de Deus, por isso não creem n’Ele). A ciência seria o norte, tanto de uns quanto de outros. Suas convicções, afirmam, seriam fruto da razão. Isso os distinguiria profundamente dos crentes, os quais confiam num livro velho e ultrapassado chamado Bíblia. Por esta razão, o ateísmo e o agnosticismo trazem respeitabilidade aos seus adeptos, que seguem confiantes em suas crenças. Nas escolas e meios de comunicação suas ideias predominam e poucos ousam questioná-las. É assim que ateus e agnósticos veem a si mesmos, e desta forma a sociedade contemporânea os vê.
 
A realidade, porém, vai muito além disso. Primeiramente porque as teorias, conceitos e ideias apregoadas por tais pessoas não são, de maneira nenhuma, absolutos e irrefutáveis. Nos diversos ramos da ciência há pesquisadores e pensadores cristãos que os questionam seriamente, embora os questionamentos destes não sejam divulgados nas escolas e na grande mídia como são as teses do ateísmo. Mesmo assim, quem se interessar em procurar material sério, bem fundamentado, não sensacionalista, escrito ou divulgado por cientistas sérios, defendendo a existência de Deus tal como as Escrituras O revelam, certamente o encontrará.
 
Derrubado o argumento de que o ateísmo e o agnosticismo seriam embasados em verdades científicas absolutas, surge a seguinte pergunta: o que, de fato, leva alguém a negar a existência de Deus, ou a desprezá-la? A simples possibilidade de existir um Ser criador e sustentador de todas as coisas, eterno, infinitamente poderoso e sábio deveria bastar para que nenhum ser humano se voltasse contra Ele. No mínimo, todo homem O temeria e respeitaria, ainda que nunca pusesse os pés num templo religioso. A não ser que a verdadeira motivação seja uma secreta repulsa contra Deus. Uma íntima rejeição a algum de Seus atributos. Nesse caso, ateus e agnósticos não duvidariam de Deus, mas O odiariam pelo que Ele é.
 
Há, sim, algo no caráter de Deus que o ser humano não convertido, não regenerado, não nascido de novo pelo poder do Espírito Santo, odeia. A Sua santidade. O homem, por natureza, é pecador; cobiça, mente, furta, adultera, desonra os próprios pais, recusa-se a glorificar a Deus, e isso tudo em pensamentos, palavras, ações e omissões, todos os dias. Algumas pessoas optam por simplesmente não pensar nessas coisas e viver a vida levianamente. Outras vão além e criam para si todo um sistema de conceitos e ideias, numa tentativa de justificar sua maldade. Este segundo grupo é o dos ateus e agnósticos. Suas teses de negação da existência de Deus visam à criação de um salvo-conduto para os seus pecados. Se não há Deus, é permitido sonegar impostos, embriagar-se, usar de violência física, fraudar, viver aventuras sexuais de toda espécie e o que mais surgir pela frente!
 
Entretanto, se o Deus revelado na Bíblia existe, as crenças e o estilo de vida de ateus e agnósticos são a pior de todas as loucuras. Tudo o que vivem e professam os coloca na posição de inimigos declarados de Quem lhes dá vida e os sustenta diariamente. O Criador lhes concede inteligência, e eles a utilizam para escrever livros e artigos, realizar palestras e ministrar aulas negando a Deus e Sua Palavra. O Senhor lhes estende a mão e eles zombam de Sua bondade. O Todo-Poderoso lhes aponta o caminho através de Seus servos, e eles desprezam os servos de Deus. Ao mesmo tempo, violam a lei moral divina sem demonstrar o menor sinal de arrependimento. O que farão quando descerem à sepultura e tiverem que encarar o Justo Juiz? A quem irão recorrer? Que misericórdia poderão esperar?
 
Você, que lê este texto e se considera ateu ou agnóstico, pondere no seguinte. Você pode estar errado em suas convicções. Isso é um fato, não há como negar. Se você estivesse certo, isso não lhe traria nenhum benefício eterno e sua vida, como a de qualquer outro ser humano, seria desprovida de sentido. Mas se você estiver errado a sua situação é desgraçadamente miserável, pois a sua vida inteira tem sido uma declaração de inimizade contra Aquele que, num prazo de no máximo cinco ou seis décadas, irá te julgar. E, diante do Deus Onipotente, você terá vergonha de todos os livros de Marx, Nietzsche, Sartre, Dawkins e outros que hoje são o seu orgulho. Cada pecado seu será trazido à luz, e não haverá mais tempo para arrepender-se e obter perdão. Por isso, reveja seus conceitos hoje, enquanto ainda é possível reconciliar-se com Deus! Não brinque com o seu destino eterno; volte-se para o seu Criador!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Lições do pesadelo Hitler

O pesadelo nazista de Adolf Hitler já inspirou um sem-número de obras no cinema e literatura, e mesmo assim permanece causando forte impacto, tal é o caráter enigmático daquela ideologia e de seu idealizador. O filme “A menina que roubava livros”, baseado no best seller escrito por Mark Zusak, é a mais recente produção campeã de bilheteria que trata do tema, e o faz com delicadeza comovente. Assistindo-o sob uma visão de mundo cristã, com os olhos da fé, podemos extrair importantes lições, válidas para qualquer época.
 
A mais clara é a extrema pecaminosidade inerente ao ser humano. Os esquerdistas e humanistas gostam de dizer que a maldade é fruto da falta de oportunidades, ou seja, o malfeitor é no fundo uma vítima do “sistema”. Mas a barbárie nazista aconteceu na culta e sofisticada nação alemã! A população daquele país apoiou maciçamente as ideias monstruosas de Hitler porque compartilhava com o seu líder político do mesmo rancor, racismo e desejo de vingança contra supostos inimigos. As prisões, torturas e execuções foram realizadas com a participação de muitos milhares de colaboradores. E ninguém se engane, pois atrocidades semelhantes poderiam ter acontecido em qualquer outro país do mundo. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9).
 
Outra lição importante diz respeito à loucura de se confiar no homem e deixar de buscar socorro em Deus. A Alemanha foi amplamente evangelizada durante séculos, aprendeu a palavra de Deus, e no entanto preferiu entregar seu destino a Hitler. O “fuhrer” tornou-se o deus daquela nação, de sorte que em toda parte se via bandeiras e símbolos nazistas. Hinos racistas eram cantados pelo povo, inclusive por corais de crianças nas escolas! Até mesmo as igrejas cristãs foram contaminadas, trocando a mensagem do Evangelho pela do nacional-socialismo alemão! “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17:5).
 
Uma terceira lição se refere ao caráter singular do pecado de orgulho. Todo pecado é desobediência a algum mandamento dado por Deus, mas o orgulhoso desafia a autoridade do Todo-Poderoso, proclama sua independência em relação a Ele e tenta obter glória para si próprio. O orgulho foi o pecado de Lúcifer. Foi também o principal pecado de Hitler e dos nazistas, os quais levaram grande parte da população alemã a considerar-se uma raça superior, digna de ser servida por todos os outros povos. “Abominável é ao SENHOR todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune” (Provérbios 16:5).
 
Por fim, aprendemos sobre a graça comum de Deus. Naqueles dias tão tenebrosos, em meio à loucura que tomou conta da nação, ainda se podia ver amostras do favor de Deus nas atitudes de alguns. Pessoas que, em seu íntimo, puderam se chocar e se comover com o sofrimento dos perseguidos, num tempo em que a insensibilidade era regra. Gente que foi capaz de acolher judeus em suas casas, desafiando as ordens de um governo diabolicamente antissemita. Tais pessoas, embora falhas e pecadoras, serviram de instrumentos de graça em meio às piores desgraças. E isso vem de Deus. “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).
 
O império nazista passou, e seu líder Adolf Hitler entrou para a história como um louco cruel, dentre os piores que o mundo já viu. Ninguém se engane, porém, imaginando que a humanidade aprendeu a lição e jamais voltará a tolerar algo semelhante ao nazismo. Hitler foi apenas um retrato do que o ser humano é sem Deus. E a menina do filme, como os familiares e amigos dela, nos falam da boa mão do Senhor, dessa graça que alcança até mesmo os descrentes, mas é especialmente graciosa para conosco, os filhos, crentes em Cristo Jesus. Que saibamos louvar a Deus por Seu generoso favor! Que rejeitemos a sedução desse mundo mau e jamais depositemos nossa confiança em qualquer outro senão nosso Bendito Senhor e Salvador!

quarta-feira, 12 de março de 2014

Pregação em crise

A pregação é uma das funções de maior responsabilidade que um ser humano pode assumir. Posto que Deus Se revelou a nós de modo completo e definitivo nas páginas da Bíblia, e que nada pode ser subtraído ou acrescentado à mensagem ali contida, ao pregador resta somente anunciar as verdades reveladas nas Escrituras com máxima fidelidade. Seu papel é ser boca de Deus, e isso requer uma série de atitudes: vida de oração, busca pela santificação, dedicado estudo prévio do texto a ser pregado, postura reverente, etc. Do mesmo modo, antes de subir ao púlpito deve esvaziar-se por completo, a fim de ser usado pelo Senhor como atalaia. Finalmente, o resultado da palavra anunciada será o que Deus soberanamente determinar, e sobre isso o autêntico pregador não tem controle algum.
 
Cientes disso, nossa reação ao observarmos o que acontece nos púlpitos da grande maioria das denominações só pode ser de tristeza e desânimo. Pois o que temos visto é uma geração de homens e mulheres se dispondo a pregar sem a mínima noção do que estão fazendo. A despeito do grave alerta bíblico de que enfrentarão mais rigoroso juízo, muitos têm brincado de anunciar a Palavra de Deus! Isso é tão sério que a igreja contemporânea não é mais capaz de perceber a diferença entre uma pregação fiel das Escrituras e um show particular de um palestrante qualquer. Não estamos exagerando; esse é o triste quadro que temos bem diante de nossos olhos!
 
Há os que se propõem a agradar seus expectadores, prometendo-lhes toda espécie de bênçãos e conquistas, como aumentos salariais, curas, casa própria, conversão de familiares e tantas outras, sem que o Senhor lhes tenha dado ordem para anunciar uma só delas (quanta frustração virá quando não se cumprirem!). Temos os falsificadores do Espírito Santo, que tentam “fabricar” avivamentos com gritos, pulos, rodopios e manifestações semelhantes. Existem os comediantes, que gostam de contar piadas e histórias engraçadas, inclusive fazendo paródia da própria narrativa bíblica!
 
São comuns os que usam o púlpito para executar suas vinganças pessoais, lançando indiretas para os seus desafetos e ameaçando-os com bordão “não toque no ungido do Senhor”. Há os palestrantes motivacionais, que falam à igreja durante um culto exatamente o mesmo que diriam numa palestra direcionada aos funcionários de uma grande empresa numa confraternização de fim de ano. Existem também os liberais, e estes por não crerem nas Escrituras preferem falar sobre política e questões sociais, citando filósofos e escritores seculares, esbanjando erudição.
 
Há uma crise na pregação. Nestes dias o que menos se ouve é a exposição clara da Palavra de Deus feita no poder e na dependência do Espírito Santo. Como consequência, tem-se uma multidão de evangélicos professos que não vive e testemunha o Evangelho de Cristo, apresentando pouca ou nenhuma diferença em relação aos incrédulos. “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”, diz a Bíblia (Rm 10:17). Sem genuína pregação a fé não virá. Ela não surgirá por meio de entretenimento, planejamento humano e técnicas motivacionais. Necessitamos urgentemente de autênticos pregadores da Palavra! A igreja que tiver um, honre-o; e, todos nós, clamemos a Deus para que levante atalaias no meio do Seu povo hoje! Ah, Senhor, tem misericórdia e dá-nos Tua graça!