segunda-feira, 24 de março de 2014

Lições do pesadelo Hitler

O pesadelo nazista de Adolf Hitler já inspirou um sem-número de obras no cinema e literatura, e mesmo assim permanece causando forte impacto, tal é o caráter enigmático daquela ideologia e de seu idealizador. O filme “A menina que roubava livros”, baseado no best seller escrito por Mark Zusak, é a mais recente produção campeã de bilheteria que trata do tema, e o faz com delicadeza comovente. Assistindo-o sob uma visão de mundo cristã, com os olhos da fé, podemos extrair importantes lições, válidas para qualquer época.
 
A mais clara é a extrema pecaminosidade inerente ao ser humano. Os esquerdistas e humanistas gostam de dizer que a maldade é fruto da falta de oportunidades, ou seja, o malfeitor é no fundo uma vítima do “sistema”. Mas a barbárie nazista aconteceu na culta e sofisticada nação alemã! A população daquele país apoiou maciçamente as ideias monstruosas de Hitler porque compartilhava com o seu líder político do mesmo rancor, racismo e desejo de vingança contra supostos inimigos. As prisões, torturas e execuções foram realizadas com a participação de muitos milhares de colaboradores. E ninguém se engane, pois atrocidades semelhantes poderiam ter acontecido em qualquer outro país do mundo. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9).
 
Outra lição importante diz respeito à loucura de se confiar no homem e deixar de buscar socorro em Deus. A Alemanha foi amplamente evangelizada durante séculos, aprendeu a palavra de Deus, e no entanto preferiu entregar seu destino a Hitler. O “fuhrer” tornou-se o deus daquela nação, de sorte que em toda parte se via bandeiras e símbolos nazistas. Hinos racistas eram cantados pelo povo, inclusive por corais de crianças nas escolas! Até mesmo as igrejas cristãs foram contaminadas, trocando a mensagem do Evangelho pela do nacional-socialismo alemão! “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17:5).
 
Uma terceira lição se refere ao caráter singular do pecado de orgulho. Todo pecado é desobediência a algum mandamento dado por Deus, mas o orgulhoso desafia a autoridade do Todo-Poderoso, proclama sua independência em relação a Ele e tenta obter glória para si próprio. O orgulho foi o pecado de Lúcifer. Foi também o principal pecado de Hitler e dos nazistas, os quais levaram grande parte da população alemã a considerar-se uma raça superior, digna de ser servida por todos os outros povos. “Abominável é ao SENHOR todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune” (Provérbios 16:5).
 
Por fim, aprendemos sobre a graça comum de Deus. Naqueles dias tão tenebrosos, em meio à loucura que tomou conta da nação, ainda se podia ver amostras do favor de Deus nas atitudes de alguns. Pessoas que, em seu íntimo, puderam se chocar e se comover com o sofrimento dos perseguidos, num tempo em que a insensibilidade era regra. Gente que foi capaz de acolher judeus em suas casas, desafiando as ordens de um governo diabolicamente antissemita. Tais pessoas, embora falhas e pecadoras, serviram de instrumentos de graça em meio às piores desgraças. E isso vem de Deus. “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).
 
O império nazista passou, e seu líder Adolf Hitler entrou para a história como um louco cruel, dentre os piores que o mundo já viu. Ninguém se engane, porém, imaginando que a humanidade aprendeu a lição e jamais voltará a tolerar algo semelhante ao nazismo. Hitler foi apenas um retrato do que o ser humano é sem Deus. E a menina do filme, como os familiares e amigos dela, nos falam da boa mão do Senhor, dessa graça que alcança até mesmo os descrentes, mas é especialmente graciosa para conosco, os filhos, crentes em Cristo Jesus. Que saibamos louvar a Deus por Seu generoso favor! Que rejeitemos a sedução desse mundo mau e jamais depositemos nossa confiança em qualquer outro senão nosso Bendito Senhor e Salvador!

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