sexta-feira, 8 de julho de 2016

Transparência no uso do dinheiro nas igrejas

Você sabe qual é o salário do pastor da sua igreja? Tem ideia de quanto ela arrecada mensalmente em dízimos e ofertas, e qual é o destino do dinheiro arrecadado? Certamente a grande maioria dos membros de denominações evangélicas brasileiras não saberia responder a essas perguntas, e essa ignorância é um verdadeiro incentivo à corrupção e ao mau uso dos recursos nas igrejas.

Há desonestidade em abundância no meio evangélico. Não são poucos os falsos crentes que almejam o ministério pastoral movidos por torpe ganância, pois têm nos líderes das maiores denominações o seu exemplo. É claro que só alguns conseguem fazer fortunas às custas da boa-fé e ingenuidade das multidões, porém a simples existência de “pastores”, “bispos” e “apóstolos” milionários já basta para despertar em muitos o desejo de trilharem o mesmo (sórdido) caminho.

Qual é a única maneira de não cometermos os mesmos erros? Tudo se resume em uma palavra: transparência. É disso que nossas igrejas precisam para não se tornarem empresas com fins lucrativos e manterem afastados os falsos mestres amantes do dinheiro. De início, o valor arrecadado em dízimos e ofertas precisa ser informado aos membros, bem como a quantia gasta em cada mês e o montante economizado, se houver. Nas denominações que adotam o modelo congregacional qualquer membro precisa ter acesso a informações detalhadas sobre os gastos e despesas, podendo inclusive ver recibos e notas fiscais. Nas igrejas de governo presbiteriano, todos os presbíteros deve ter esse acesso.

Sabemos que isso acontece em poucas denominações, mas, felizmente, existem igrejas sérias assim. Aos pastores e líderes bem intencionados que ainda não têm o hábito de apresentar prestações de contas periódicas em reuniões administrativas, sugerimos que passem a fazê-lo o quanto antes. Ainda que os membros não demonstrem nenhum interesse em fiscalizar o uso dos recursos oriundos dos dízimos e ofertas, é dever do líder dar o exemplo de transparência e retidão. Isso glorifica o Nome do Senhor e traz credibilidade à Sua Igreja. Que Deus nos ajude!