terça-feira, 19 de março de 2013

Pela restauração do louvor no culto (Parte I)

O louvor cantado é, sem dúvida, uma das mais belas formas de adoração a Deus. As páginas das Escrituras estão repletas de exemplos de cânticos, e nos mostram o próprio Senhor Jesus cantado um hino com seus discípulos (Mateus 26:30). O livro de Salmos, o hinário por excelência, é a prova mais evidente de que o SENHOR de fato se alegra com os cânticos! Por outro lado, o falso louvor, que não glorifica a Deus, é um dos principais indícios de decadência espiritual de quem o canta e da igreja que o tolera em suas reuniões!
 
Os artistas da chamada música “gospel” têm experimentado uma popularidade comparável à das grandes estrelas pop. Compõem, gravam, fazem seus shows, e nisso não estão pecando. Podemos adquirir seus CDs e ouvi-los, sem problema. Mas devemos entender algo. Nem tudo que esses músicos evangélicos lançam é adequado ao culto cristão! Boa parte de suas canções são entretenimento, e nada além disso!
 
Contudo, a postura comum nas igrejas tem sido levar para o altar tudo que surge no mercado evangélico, automaticamente! Não se percebe que, mesmo tendo sido compostos e gravados por artistas que se intitulam “adoradores”, boa parte dos hits “gospel” são impróprios para o culto, pelo simples fato de não glorificarem a Deus, ou conterem heresias! Isso é seríssimo, sobretudo porque o momento de louvor cantado é hoje um verdadeiro cartão de visitas da igreja, algo que toma de meia hora a quarenta minutos de tempo no culto, e acontece antes e depois da mensagem. Os cânticos ou músicas, e a forma como estes são executados, revelam muito sobre o que uma denominação acredita e pratica!
 
Se, por exemplo, o louvor numa igreja é repleto de rock e danças, deduz-se que ali os jovens são o público-alvo. Se os cânticos são acompanhados por um coral e órgão, imagina-se que é uma denominação histórica, e possivelmente conservadora. Caso haja uma mescla de cânticos antigos com outros recentes, em ritmos mais tranquilos e sem o uso do rock e outras batidas semelhantes, fica claro o desejo de se congregar famílias inteiras, dos avós aos netos. Tudo isso se refere à maneira de execução do louvor cantado.
 
Quanto à mensagem contida nas letras, estas costumam ser uma síntese de tudo que é crido ali. Havendo a disposição em se pregar o genuíno Evangelho de Cristo, para a glória de Deus, os hinos ou cânticos precisam necessariamente reiterar esse nobre propósito. Por outro lado, quando se trata de uma denominação materialista, carnal e herética, é de se esperar que as músicas ali cantadas denunciem essas tristes características. Vejamos o exemplo das denominações liberais, que não creem na Bíblia. Estas, a cada dia, estão abandonando os hinos tradicionais (e bíblicos), substituindo-os por canções de cunho social. É uma atitude perfeitamente coerente com a incredulidade liberal!
 
Graças a Deus, ainda existem e sempre existirão denominações que temem a Deus e creem nas Escrituras. É o Seu remanescente fiel, a verdadeira Igreja. E, nesse ponto, retomamos o nosso raciocínio inicial, de que nossos cultos estão repletos de canções que nunca deveriam ser entoadas na reunião do Corpo de Cristo. Pois não condizem com aquilo que cremos, a sã doutrina transmitida pelo Senhor Jesus aos apóstolos e contida nas páginas da Bíblia! Por isso defendemos, no temor do SENHOR, que se faça uma profunda mudança no louvor em nossas igrejas!
 
COMO NÃO DEVE SER O LOUVOR CRISTÃO
 
Todas as sugestões a seguir vêm da comparação entre o ensino bíblico e o que se observa na prática. Basicamente, o louvor não deve contradizer a Palavra de Deus.
 
Que não sejam aceitas no culto canções com letras exaltando o homem, ao invés de exaltar a Deus. Exemplos: “Eu vou viver uma virada em minha vida, eu creio!”; “Acredito que nenhum de nós já nasceu com jeito pra super-herói, Nossos sonhos a gente é quem constrói”;
 
Não sejam admitidas as que retratam uma intimidade indevida com Deus, carnal e desrespeitosa. Exemplos: “Apaixonado por você, Senhor, estou”; “Poder te abraçar, sentir o teu pulsar, teu coração batendo ao meu”; “Tudo que posso é encostar-me no teu peito, cheirar os teus cabelos, me embriagar no teu amor”;
 
Não sejam toleradas aquelas puramente motivacionais, que não trazem consolo bíblico algum, mas somente incentivo humanista. Exemplos: “Ouse sonhar, você nunca irá além dos sonhos”; “Não desista, não pare de crer, os sonhos de Deus jamais vão morrer”; “Vencer! Só estarás por cima!”;
 
Não se aceitem as que banalizam realidades espirituais profundas e sérias. Exemplos: “Pisa, pisa no inimigo”; “Então eu direi, oh, oh, abra-se o mar, e eu passarei pulando e dançando em tua presença”; “Ele vem, Ele vem saltando pelos montes, os seus cabelos, os seus cabelos são brancos como a neve, e nos seus olhos, e nos seus olhos há fogo! Incendeia, Senhor, a tua noiva!”;
 
Não se admitam aquelas que expressam sentimentos mesquinhos, como vingança e coisas semelhantes. Exemplos: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na bênção vão se arrepender, vai estar entre a plateia, e você no palco”; "Quem tocar no crente ungido vai com a cara na poeira";
 
E em especial, sejam barradas as que contêm sutis heresias. Exemplos: “Eu escolho Deus, eu escolho ser amigo de Deus”; “Como Zaqueu eu quero subir o mais alto que eu puder, só pra te ver, olhar para ti, e chamar tua atenção para mim”.
 
Nenhum desses pontos é ideia nossa, e este Blog não se propõe a ensinar teologia para ninguém. Sugerimos aos irmãos que leiam os comentários sobre o tema nos Blogs dos pastores Ciro Zibordi e Renato Vargens, ministros de Deus dedicados, que têm discorrido brilhantemente sobre o tema!
 
(Continua)

Imagem disponível em: www.simeimusico.blogspot.com

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