quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

“Eu quero mais de Ti”... Tem certeza?

Eu quero mais de Ti”. Essa frase aparece em N canções de louvor contemporâneas e é repetida em coro por multidões de evangélicos. Para a maioria, o sentido dessas palavras é mais ou menos o seguinte: eu quero falar em línguas, ter diversos dons (de cura, visão, revelação), presenciar milagres, receber a visita de anjos, expulsar muitos demônios pelo Nome de Jesus. Enfim, desejam ver sinais e prodígios, fenômenos sobrenaturais, como nos tempos de Moisés e Josué, de Elias e Eliseu ou da igreja primitiva. 

Porém, o nosso Deus é muito mais que isso. Quando alguém se dirige a Ele pedindo “eu quero mais de Ti”, deve estar disposto a ser transformado conforme a vontade do Senhor. Ninguém pode tornar-se um instrumento poderoso nas mãos de Deus enquanto estiver vivendo no curso desse mundo, buscando os próprios interesses, fazendo a vontade da carne. Querer mais do Senhor sem amar o Seu caráter nem desejar viver para a Sua glória, é loucura. Há falsos mestres realizando milagres em Nome de Cristo, mas o destino final deles é o inferno (leia Mateus 7:22-23)! Alguém gostaria de ser um ímpio operador de maravilhas, condenado à perdição eterna? Não, evidentemente. 

A principal obra feita por Deus na vida dos que almejam receber mais de Seu poder é a santificação. O Senhor é santo e Seus filhos também devem ser santos. Como o nosso coração está cheio de vaidade, avareza, orgulho, lascívia, inveja e tantas outras coisas horríveis, nosso papel é dizer “não” à nossa própria vontade dia após dia. Não àquela velha amizade, não àquele programa de TV, não àquele site na Internet, não àquelas músicas, não àquela proposta imoral, não àqueles ambientes que antes frequentávamos, não àquele tipo de roupa, não àquele namoro! E buscar o pudor, a modéstia, a humildade, a simplicidade, a pureza de intenções, não por esforço próprio, mas com a graciosa ajuda de Deus. 

Quem deseja mais do Senhor também receberá fome e sede de justiça. Não a justiça segundo este mundo, mas a verdadeira, vinda de Deus. Isso implica em compadecer-se dos perdidos, tanto grandes quanto pequenos. Sentir a dor dos famintos, das prostitutas, dos encarcerados, dos viciados em drogas, dos milhões que trilham caminhos de morte, longe de Cristo. E levar até eles o Evangelho com palavras, testemunho e disposição em ouvi-los e socorrê-los no que for necessário e possível. Compartilhar as boas-novas de Deus, nosso tempo e recursos, inclusive nosso dinheiro. Logicamente não vamos tirar o sustento da nossa família para dá-lo aos outros, mas devemos, sim, abrir mão de luxos e futilidades em prol de quem nada possui. 

Consequentemente, a pessoa terá um estilo de vida completamente diferente do que tinha. Seus olhos serão voltados para a eternidade, não mais para as coisas terrenas. Passará a orar dia e noite, com lágrimas e gemidos, pois entenderá que este mundo de fato jaz no maligno. Odiará seus próprios pecados, desejará nunca mais cometê-los. Estudará a Bíblia saboreando cada passagem, deleitando-Se em conhecer mais da glória do Rei dos reis. As vitrines e outdoors perderão todo o brilho, os impulsos consumistas tornar-se-ão ridículos. Se o Senhor nos concedesse, generosamente, mais do que Ele é, nós seríamos assim, peregrinos e forasteiros, anelando dia e noite pela volta de Cristo, cheios de amor por Ele, dispostos a glorificá-Lo em todas as nossas atividades. 

E você que lê esta postagem, ainda quer mais do Senhor? Tem certeza?

Nenhum comentário:

Postar um comentário