quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Culto ao SENHOR ou abominação?

Nos tempos da Reforma Protestante, uma das mudanças mais evidentes realizadas na Igreja se deu no culto público. A missa em latim, o cerimonialismo, imagens e relíquias dos santos, adornos e balaústres foram rejeitados pelas denominações reformadas, dando lugar ao culto na língua do povo, com orações, salmos cantados, ministração das ordenanças e, principalmente, fiel exposição da Palavra de Deus. Os reformadores entenderam a urgente necessidade de se voltar a cultuar ao SENHOR como Ele ordenou nas Escrituras!

De fato, se nossa intenção é mesmo prestar culto a Deus, devemos fazê-lo como Ele deseja ser cultuado, e não da maneira como nos vier à mente. O pecado de Nadabe e Abiú, sacerdotes filhos de Arão, não foi o de oferecerem “fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara” (Lv 10:1)? A atitude daqueles levitas não despertou a ira de Deus? Não sabemos precisamente que “fogo estranho” foi aquele, mas a Bíblia nos revela ter sido algo que Deus “não lhes ordenara”. Esta é uma lição que devemos assimilar!

Lamentavelmente, muitos hoje pensam que o Deus JEOVÁ do Antigo Testamento, Santo e zeloso, tornou-se um Deus negligente, permissivo, que se alegra com qualquer coisa oferecida no culto coletivo. Ignoram Seus atributos de santidade e imutabilidade. Imaginam que cultuar ao SENHOR Todo Poderoso é uma brincadeira!

Nessa brincadeira vale tudo. Trocar os cânticos de adoração por canções humanistas, falando de “sonhos”. Substituir a pregação expositiva das Escrituras por palestras motivacionais, recheadas de piadinhas. Rolar no chão, rir descontroladamente e andar de quatro, imitando animais. Fazer campanha política no púlpito. Distribuir amuletos, como sal grosso, sabonetes, lenços e outros objetos. “Profetizar” segundo a carne, coisas frontalmente contrárias à Palavra de Deus. Tocar música profana no altar. Fazer teatro, inclusive com erotismo (certa denominação trouxe uma cama para o altar, e promoveu simulações de “streep tease”). Dançar como se dança numa discoteca. Participar da reunião com roupas sensualíssimas. Realizar batismos num toboágua. E sabe-se lá o que mais!

Alguns pensam que exageramos em dizer tudo isso. Que as denominações procuram agradar a Deus de forma espontânea, mas sinceramente, e isso é o que importa. Mas a verdade é que não há espontaneidade, e sim irreverência. E, embora não possamos sondar corações, e reconheçamos que alguns, por ignorância, cultuam de uma forma não bíblica, mas com boas intenções; o fato é que muitos têm prestado falso culto, tendo seus corações corrompidos pelo pecado! A profunda insensibilidade destes à voz do Espírito Santo prova que não nasceram de novo, do Alto, pelo poder de Deus. Isso não nos é motivo de vanglória, e sim de profunda tristeza e pesar! O que falta em grande parte do chamado povo “evangélico” é uma experiência de genuína conversão!

Não desejamos o mal para as denominações que praticam as coisas mencionadas acima. Antes, queremos o seu bem. Que se voltem para a Bíblia, estudem-na diligentemente, reconhecendo-a como pura, única e suficiente Palavra do SENHOR, e abandonem as práticas que a contrariem! Se fizerem isso, o seu modelo de culto público será inteiramente revisto, naturalmente. Mas isso não é obra humana, e sim de Deus! Requer arrependimento de pecados, quebrantamento, humildade e um zelo renovado, o que somente o Espírito Santo pode produzir. Enquanto isso, seja a nossa oração em favor de uma nova Reforma! E continuemos a denunciar o lamentável estado espiritual que tem imperado nesses dias, em amor e por amor a Cristo, Sua obra e Seus escolhidos! Porque as coisas não podem continuar como estão!

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