quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Curso de teologia com registro no MEC: um perigo!

Uma das maiores preocupações dos aspirantes ao ministério pastoral é escolher um curso de teologia reconhecido pelo MEC. Muitos seminários têm se empenhado em alcançar esse reconhecimento, e, quando o conseguem, divulgam o fato como quem exibe um troféu. No entanto, o que aparenta ser um selo de qualidade pode, na verdade, se tornar uma perigosa cilada para os futuros teólogos. 

O Brasil é um Estado laico, portanto não há neste país uma religião oficial e todas as crenças devem ser igualmente respeitadas. Isso traz diversas implicações necessárias, entre as quais destacamos duas. Primeiramente, o Ministério da Educação não possui em seus quadros nenhum profissional destinado a avaliar a espiritualidade e a coerência doutrinária existentes (ou não) em determinado curso. Segundo, o MEC exigirá dos seminários que buscam credenciamento uma grade curricular ecumênica nos cursos de teologia. 

Por conseguinte, o reconhecimento pelo Estado não significa que um curso teológico seja bíblico, cristocêntrico e apto a desenvolver a piedade nos alunos. Ao contrário, demonstra apenas que o currículo engloba o estudo das mais diversas religiões, excluindo-se o caráter confessional do seminário. Pois o teólogo formado ali deve possuir condições de servir em qualquer igreja (evangélica, católica romana, etc), ou mesmo no espiritismo, budismo, umbanda ou outra religião não cristã. 

Não bastasse isso, há outro fator agravante nesses cursos, que é a presença de professores adeptos do liberalismo teológico. A teologia liberal anda de mãos dadas com o ecumenismo, um não sobrevive sem o outro. Portanto, além de estudar os sistemas religiosos mais avessos à fé cristã, o aluno aprenderá a desenvolver uma leitura crítica da Bíblia, negando tudo que se refere ao sobrenatural, como os milagres de Jesus, Sua ressurreição e segunda vida. Muitos alunos perdem a fé nos seminários, alguns tornam-se ateus, pois seus professores os ensinam a duvidar da Palavra de Deus. 

Uma das maiores carências da igreja de Cristo hoje são os pastores piedosos, tementes a Deus, conhecedores das Escrituras, fiéis à doutrina dos apóstolos. Estes estão em falta, mais do que em gerações passadas, e tais qualidades nada têm a ver com o reconhecimento do MEC. Estudar ciências humanas e fenomenologia da religião durante três ou quatro anos não é o caminho para a formação do ministro segundo o coração do Senhor. A igreja quer líderes santos, mas os cursos credenciados pelo Estado produzem intelectuais frios e ecumênicos. 

Você, prezado irmão, possui um chamado de Deus, confirmado pela sua igreja local? Seu coração arde quando você se lembra que bilhões em todo o mundo vivem longe de Cristo, sem salvação? Deseja servir como pastor, diácono, missionário, evangelista ou outra função, dedicando-se inteiramente à causa do Evangelho? Então reveja seus planos de ingressar num curso reconhecido pelo MEC. Antes, procure uma escola teológica apegada à sã doutrina, com professores ortodoxos, que defendam enfaticamente a infalibilidade e suficiência das Escrituras. Não queira somente um diploma avalizado pelo governo, isso não tem valor algum perante o Senhor! Que Deus o(a) abençoe e dirija em sua escolha!

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