quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A segunda vinda de Cristo

A Palavra de Deus nos assegura que o Senhor Jesus voltará à terra como justo juiz, a fim de levar consigo os crentes redimidos por Ele próprio, e conceder aos incrédulos o merecido castigo por terem rejeitado o Salvador e a salvação eterna conquistada na cruz. A igreja espera ansiosa pelo Noivo e pelas Bodas do Cordeiro, enquanto o mundo perdido segue adiante, mergulhado em sua própria iniquidade, ignorando a ira de Deus, Sua justiça e juízo que infalivelmente se manifestarão. Sobre o dia e hora da segunda vinda de Cristo a Bíblia é clara: não sabemos quando será, pois Ele virá como o ladrão, sem avisar, surpreendendo a muitos. Qualquer especulação a respeito de datas não procede de Deus, mas é pura vaidade humana.
 
No entanto, as Escrituras nos informam a respeito dos sinais indicadores da volta do Senhor, para estarmos atentos e cientes de que, acontecendo todas aquelas coisas, o Rei estará às portas. Com base nas palavras do Mestre extraídas do Sermão do Monte das Oliveiras (Mateus 24 e 25, Marcos 13, Lucas 21), tem-se a impressão de que o cumprimento está muitíssimo próximo. Basta observarmos os fatos bem ao nosso redor. Ainda que vários dos sinais previstos tenham ocorrido em diversas outras épocas (alguns nunca deixaram de acontecer), precisamos ter em mente duas coisas. Uma, que eles são como as dores de parto; o espaço entre um acontecimento e outro diminuirá progressivamente, e a intensidade aumentará quanto mais se aproxima aquele Dia. A segunda é que na iminência do retorno de Cristo todos os sinais se verificarão, e não um ou alguns deles.
 
Um dos sinais é a proliferação de falsos mestres. Heresias não são um mal exclusivo desta época, mas sempre existiram. O diferencial é a imensa quantidade de enganadores presentes em toda parte nos dias atuais. Não é exagero dizermos que a esmagadora maioria das denominações cristãs estão contaminadas por falsas doutrinas. Homens ímpios e totalmente despreparados para o ministério lideram igrejas imensas, escrevem livros “best sellers” e apresentam programas na TV. Teólogos liberais, influenciados pelo ateísmo e humanismo, predominam nos seminários. A abominável “teologia da prosperidade” deixou marcas em praticamente todas as denominações cristãs! Além disso, têm sido cada vez mais frequentes os casos de líderes envolvidos em escândalos graves, alguns de forma reiterada.
 
Guerras e rumores de guerras são outro sinal. A humanidade sempre foi marcada por conflitos armados, mas no Século XX estes assumiram proporções mundiais. Também a partir do século passado as grandes potências passaram a intervir nos conflitos dos quatro cantos do planeta. Cada vez mais raras são as guerras localizadas, ignoradas pelos países não envolvidos, e mais frequentes a cada dia são as de alcance global. Além disso, há uma zona de conflito especialmente relevante para o calendário de Deus, abrangendo Israel e territórios vizinhos. No longo período entre o ano 70 e 1948, os judeus foram dispersos pelo mundo e viveram sem um território próprio, mas o surgimento do novo Estado de Israel fez da terra prometida aos descendentes de Abraão uma zona de tensão constante, oscilando entre guerras e rumores de guerras, que agora provocam reações em todo o globo terrestre.
 
A multiplicação da iniquidade é outra evidência clara. Em todas as épocas a maldade, consequência da queda do homem, se fez presente, mas o crescimento alarmante de toda sorte de torpezas tem ultrapassado as piores expectativas. O mais triste é que as pessoas não mais pecam às escondidas, tentando ocultar sua podridão, como antes faziam. Existe hoje uma diversidade de movimentos esquerdistas em defesa do aborto, perversões sexuais, uso de entorpecentes, eutanásia e outras aberrações, além de movimentos contrários à família, ao povo judeu (sim, o antissemitismo está de volta!) e à liberdade religiosa. A banalização do sexo ilícito domina a mídia, não poupando nem mesmo crianças. Crimes brutais cometidos por pais contra filhos e filhos contra pais – outrora raríssimos – acontecem quase todos os dias. E, na mesma rapidez com que a iniquidade se multiplica, ocorre o esfriamento do amor no coração de quase todos cristãos professos. Tanto o amor a Deus quanto o amor ao próximo sumiram das igrejas.
 
Terremotos, epidemias, fome e sinais no céu também apontam para o iminente retorno de Cristo. A fome, um tormento constante nas nações em crise, resiste a todo avanço tecnológico e crescimento econômico mundial. Epidemias teimam em surgir e ressurgir, mesmo com a evolução da medicina (ebola, dengue e quantas mais!). Grandes terremotos, tsunamis, etc, que aconteciam com menor frequência, são cada vez mais comuns, basta lembrar as devastações ocorridas no Haiti e na região da Indonésia. E sinais no céu, antes quase ausentes, já começam a surgir, como se deu na Rússia e em outros lugares há cerca de um ano.
 
Por fim, o aumento da perseguição ao cristianismo em todo o planeta é um fato incontestável. Seja nos países pobres, mergulhados em guerras civis, como Iraque, Somália e Sudão, ou nas prósperas nações do Hemisfério Norte, como Estados Unidos, Suécia e Reino Unido, os servos de Deus têm enfrentado dias difíceis. A diferença é que, naqueles (pobres), a oposição é cruel e desmedida, baseada na violência física, ao passo que nestas últimas (prósperas) os ataques à fé cristã bíblica revestem-se de uma roupagem de legalidade (por exemplo, usa-se o argumento do “Estado laico” para inviabilizar a pregação do Evangelho). A tendência inequívoca é que os cristãos, dentro em breve, sejam, pública e ostensivamente, perseguidos e odiados de todos por causa do Nome de Cristo.
 
De fato, não sabemos o dia e a hora da segunda vinda do Senhor Jesus. Entretanto, os acontecimentos mundiais indicam a iminência do grande Dia. Nosso papel, como crentes, não é fazer alarde ou sensacionalismo, muito menos tentar descobrir o que a própria Bíblia mantém em oculto. Antes, cabe-nos rejeitar toda forma de cristianismo barato e herético, vigiar, arrepender-nos de nossos pecados, buscar a santificação, orar mais intensamente, desprezar os atrativos mundanos, viver em profunda reverência e temor a Deus. Por isso, querido irmão, querida irmã, se você anda sonolento, frio em sua fé, tolerante ao pecado, desinteressado pelas coisas do Reino de Deus, é hora de despertar! Lembre-se da parábola das dez virgens (todas elas representam a igreja visível, ou seja, os cristãos professos): cinco delas subiram com o Noivo para as Bodas do Cordeiro, porque tinham reserva de azeite (fé, santidade, caminhada com Deus), mas as outras cinco ficaram de fora. Pense consigo mesmo, em qual desses dois grupos você está?

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