A lei brasileira proíbe a publicidade enganosa. Lemos, por exemplo, no art. 6º, IV do Código de Defesa do Consumidor,
que temos o direito à “proteção contra a publicidade enganosa, métodos
coercitivos ou desleais”. Isso significa que ninguém pode ser induzido ao erro,
imaginando estar adquirindo uma coisa, quando na verdade trata-se de outra.
A fé não é um produto, e os frequentadores e membros de igrejas não são consumidores. Crer em Jesus Cristo e
tornar-se membro da Igreja é uma graça, concedida por Deus a pecadores
resgatados, e não um negócio. No entanto, as denominações liberais têm
praticado algo semelhante à publicidade enganosa, ainda que não o façam por má
fé. Isso pode soar estranho, mas é um fato!
Pensemos o seguinte: quando alguém se aproxima de uma edificação em forma de templo religioso, identificada por uma
placa onde se lê “Igreja Evangélica”, ou faz-se menção a algum ramo do
protestantismo (“anglicana”, “luterana”, “metodista”, etc), e decide entrar
para assistir ao culto, o que essa pessoa espera encontrar? Naturalmente, uma
celebração cristã! Então, o visitante toma lugar num dos bancos, e logo ouve um
hino cristão. Isso reforça a expectativa do novato, que imagina estar prestes a
receber uma palavra vinda do coração de Deus, diretamente para a sua vida!
Então, chega o momento da pregação, e o visitante se vê diante de algo que não imaginava. Ao invés de uma mensagem
poderosa sobre a grandeza de Deus, fundamentada nas páginas da Bíblia, o que se
tem é uma palestra. Um discurso proferido por um intelectual, questionando os
milagres de Jesus. Uma mensagem marxista, de transformação social do mundo,
pela ação humana. A fala do pastor ministrante contradiz a placa, os hinos que
ali foram cantados e, principalmente, a Bíblia que ele próprio carrega nas
mãos!
Os ouvintes dos pregadores liberais estão sendo enganados. Saem de casa nas manhãs de domingo, com a intenção de terem
sua fé fortalecida, mas ouvem um discurso ateu. Pensam que estão se
aprofundando no conhecimento de Deus, porém são mergulhados no agnosticismo.
Querem ser cristãos, e estão se tornando marxistas pós-modernos. Naturalmente,
isso não os isenta de coisa alguma perante o Senhor, mas o fato é que estão
sendo enganados.
Por isso, temos uma proposta para os liberais. Algo que vai exigir deles bastante coragem, mas lhes trará dignidade
(não perante Deus, mas diante de seu público). Propomos que as denominações
liberais troquem de nome! Que retirem de suas razões sociais palavras como “igreja”,
“evangélica”, “cristã”, e quaisquer menções à Reforma Protestante. E adotem denominações
que esclareçam seus verdadeiros propósitos. Eis algumas sugestões: “Comunidade Filosófica
Liberal”, “Associação Intelectual Agnóstica”, “União para a Reinterpretação da
Bíblia Conforme o Pensamento Marxista”, etc.
Propomos também que abandonem os hinários tradicionais imediatamente. Não faz sentido continuarem cantando “Jesus
Ressuscitou”, ou “Vencendo Vem Jesus”, se não creem em nada disso. Que tal
passarem a embalar suas reuniões com música erudita, jazz, ou com as canções
sociológicas de Geraldo Vandré? Seria bem mais adequado e honesto!
Outras medidas poderiam ser adotadas
pelas denominações liberais, como o abandono dos termos “pastor” ou “reverendo”
para os seus ministros, e coisas semelhantes. Em suma, propomos que os liberais
parem de se disfarçar de cristãos evangélicos, e assumam clara e
inequivocamente, perante os membros de suas igrejas e a sociedade como um todo,
que não creem no Evangelho de Jesus Cristo. Talvez essas atitudes levem uma
parcela de sua membresia a solicitarem seu desligamento dessas igrejas. Mas,
pelo menos, os ministros liberais estariam sendo totalmente sinceros.
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