quinta-feira, 31 de maio de 2012

O que estamos esperando?

“Pois não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (Atos 4:20).

Estas palavras, ditas por Pedro e João, demonstram uma grande disposição em anunciar as maravilhas que eles e os demais discípulos viam DEUS operar. A Bíblia nos mostra que, de fato, todos os que viviam uma genuína experiência com o SENHOR JESUS sentiam-se impelidos a proclamar o amor de CRISTO. Assim se sucedeu com o leproso purificado, o homem gadareno liberto, a samaritana evangelizada junto à fonte de Sicar, o rapaz cego curado no tanque de Siloé, e tantos outros. Era-lhes impossível permanecerem calados diante de tão grande salvação!

Hoje, a Igreja parece ter perdido aquele senso de urgência diante da chamada ao Evangelho. Consideramos urgente o nosso trabalho, estudos e demais compromissos, vivemos ansiosos por tantas coisas passageiras em nosso dia a dia, mas não priorizamos o evangelismo. Falhamos até mesmo no nosso cuidado pelos familiares e amigos. Nosso empenho está em dar alimento e escola aos nossos filhos, e não em mostrar-lhes a Palavra de DEUS! Procuramos ser amáveis com os de nosso convívio, mas não nos ocupamos em demonstrar-lhes que precisam de CRISTO!

Infelizmente, agimos como se tivéssemos todo o tempo do mundo para evangelizarmos. Não há pressa, sempre deixamos essa tarefa para depois! Corremos no cumprimento às nossas obrigações de trabalho ou escola, assumimos inúmeros compromissos – muitos deles desnecessários, mas adiamos por semanas ou meses uma visita de evangelismo. Para nós, o mundo é urgente, e não o Reino de DEUS!

Há episódio marcante na vida de um dos maiores evangelistas da história, Dwight L. Moody. Numa noite de 1871, o pregador americano Moody proferiu um sermão na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Então, ao final da mensagem, ele fez a seguinte proposta à congregação: “Quero que vocês levem esse texto para casa e meditem bem durante a semana, e no domingo que vem iremos ao Calvário e à cruz e resolveremos o que faremos de Jesus de Nazaré”. Porém, naquela mesma noite começou um terrível incêndio, que durou quatro dias e destruiu grande parte da cidade. Muitos dos que ouviram o sermão perderam a vida pouco depois. Essa experiência mudou por completo o entendimento de Moody a respeito da chamada ao arrependimento. A partir dali, aquele homem de DEUS compreendeu que a salvação não é uma obra passível de ser adiada!

Nosso alerta é para filhos e filhas de DEUS, pessoas que foram salvas! Os falsos crentes não sentem necessidade alguma de proclamar o Evangelho, pois eles próprios não podem compreendê-lo. Os incrédulos também não podem evangelizar, pois antes precisam ser evangelizados. A negligência está em nós, que amamos ao SENHOR! Embora saibamos que não há salvação fora de JESUS, continuamos inertes. Vemos nossos amigos e parentes praticarem uma religiosidade antibíblica e confusa, que jamais os levará à presença do Pai Celeste. E então pensamos: “um dia, falarei de CRISTO para eles”. Esse é o nosso modo de agir!

Temos errado, não compreendendo nossa missão suprema. As obrigações cotidianas, que consomem nossos esforços, não são o real propósito de nossas vidas. Antes de sermos profissionais, estudantes ou donas de casa, somos “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”. E, para qual finalidade? “Para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pedro 2:9). Por isso, a salvação de almas precisa ser, para nós, uma preocupação muito maior do que o pagamento de nossas contas. Naturalmente, devemos exercer nossos ofícios diários com dedicação, mas não como prioridade. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça”, é a ordem de JESUS para nós (Mateus 6:33)!

Desconhecemos quanto tempo resta às pessoas ao nosso redor que ainda não creem no Evangelho. A algumas, talvez, ainda restem muitos anos e diversas oportunidades para receberem a salvação que vem de CRISTO. Mas é possível que outras não tenham muito mais tempo. Além disso, existe a possibilidade de vermos, em breve, o retorno do SENHOR JESUS para buscar a Sua Igreja, e então os que ficarem nesse mundo viverão dias de indescritível tribulação. Sendo assim, o que estamos esperando para anunciar-lhes as boas novas?

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