quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O "culto" contemporâneo e o genuíno culto cristão

Duas horas de show gospel, com uma rápida mensagem motivacional no meio. Esse é o padrão de “culto” em grande parte das igrejas hoje em dia. E, como resultado, temos uma geração de evangélicos que desconhecem a Palavra de Deus e são incapazes de testemunhar o amor de Cristo para os que estão no mundo. Acaso poderia ser diferente?

A palavra “culto” já demonstra qual deveria ser o propósito maior das reuniões da igreja: cultuarmos ao nosso Deus. É Ele quem deve ser agradado! Mas a grande preocupação de muitos pastores na atualidade é agradar aos frequentadores e membros de suas denominações! Pensemos no culto em Israel no Antigo Testamento, um punhado de animais sendo mortos, como sacrifício a Jeová. Não devia ser uma cena agradável de se ver, mas assim o Senhor ordenou. Aquele era o culto que O satisfazia!

Desde a vinda de Jesus ao mundo, o culto se tornou mais “leve”, pois o Cordeiro de Deus foi sacrificado, uma vez por todas, em favor dos escolhidos. Mas nem por isso deixou de ser culto! A reverência e o santo temor não perderam seu lugar, e o propósito continua sendo adorar ao Senhor!

Por isso, antes de irmos ao templo já devemos preparar nosso coração para uma reunião de adoração. Vestindo uma roupa adequada (no caso das mulheres, haja cuidado redobrado para não irem à reunião sem o devido pudor nas vestes!), orando e meditando na graça de Deus manifesta a nós, iniciamos nossa preparação.

No templo, o ambiente precisa ser de total reverência. Isso não tem nada a ver com falta de alegria; nosso coração vibra por estarmos reunidos com nossos queridos irmãos para cultuarmos o Pai Celeste! Mas, obviamente, não agimos como se estivéssemos chegando num estádio para uma partida de futebol, ou coisa parecida. Há concentração, temos consciência de onde estamos!

Então, cantamos verdadeiros hinos e cânticos de louvor, com belas melodias e letras que glorifiquem a Deus, independente de terem sido compostos há um ano, ou três séculos atrás. Ouvimos salmos, e oramos fervorosamente.

Em seguida, vem o ponto principal da reunião, a Palavra de Deus. Esta deve ser totalmente firmada na Bíblia, dirigida pelo Espírito Santo, pois só assim produzirá mudanças nos corações dos presentes, gerando frutos para a glória do Senhor. Nossa atenção deve ser total, pois cremos que o pastor, naquele momento, é a boca de Deus! Se for culto de Santa Ceia, a total reverência perdurará ao tomarmos do pão e bebermos do cálice.

Por último, oramos, recebemos a bênção apostólica, e, finda a reunião, desfrutamos de um momento de comunhão com os irmãos. E assim, passamos um período agradabilíssimo, sim, pois amamos Àquele que foi cultuado e temos prazer em O adorarmos. Mas, sobretudo, foi glorificado o santo Nome do nosso Deus, o que é muito mais importante que a nossa satisfação pessoal!

Basicamente, é assim o genuíno culto cristão. Que seja deste modo em nossas igrejas, que o show dê lugar à reverência, e a adoração substitua o entretenimento! Dessa maneira, Deus se alegrará de nós. E seremos verdadeiros adoradores, como Ele espera que sejamos!

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