terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Igreja Católica Romana, quase 500 anos depois

Em outubro de 2017, dentro de três anos e meio, serão comemorados os 500 anos da Reforma Protestante. O movimento, que já era sinalizado na vida e ministério de homens como John Wycliffe e John Huss e de grupos como os lolardos e os valdenses, teve início com a divulgação das famosas 95 Teses de Lutero em 31/10/1517, na cidade de Wittemberg, Alemanha, e logo encontrou apoio em diversos países europeus. Destaque-se que os reformadores não tinham a intenção de provocar uma divisão na Igreja Católica Romana, mas, ao contrário, desejavam reformá-la, reaproximando-a dos padrões bíblicos (daí o nome “Reforma”). Porém, a liderança daquela igreja, através do papa, seu líder máximo, rejeitou todas as reivindicações dos reformadores, excomungou-os e os perseguiu com grande violência.
 
Quase 500 anos se passaram desde aqueles dias, e a posição da Igreja Romana permanece a mesma, ou seja, continua rejeitando cada uma das propostas de reforma requeridas no Século XVI por Lutero, Zwinglio, Calvino, Melanchton e tantos outros. Mesmo tendo a História comprovado inequivocamente a vergonhosa corrupção de Leão X, de outros papas anteriores e posteriores, e a dos cardeais que os auxiliavam, todavia a doutrina formulada e apregoada por eles é até hoje considerada pelos romanistas como a mais pura expressão da vontade de Deus. A Igreja Católica Romana de hoje é a mesma daquela época, só o discurso suavizou. Vejamos apenas doze provas dessa verdade (há várias outras!):
 
1. Ela continua afirmando que a Palavra de Deus não é somente a Bíblia Sagrada, mas também as tradições e, principalmente, o chamado “magistério” (a reunião do colégio de bispos em Roma). Havendo divergência entre Bíblia e magistério – o que acontece constantemente – este último sempre prevalece.
 
2. Ainda defende que a igreja é fundada sobre o papa, considerado sucessor de Pedro, infalível e “sumo pontífice” (a “suprema ponte” entre o homem e Deus).
 
3. Segue apregoando que a única verdadeira igreja cristã é a Católica Romana. Ou seja, o elemento definidor da legitimidade de uma igreja não é outro senão a liderança papal.
 
4. Permanece promovendo e incentivando o culto às imagens, relíquias e corpos de santos já falecidos.
 
5. Mantém o ensino de que o sacerdócio é exclusividade do ministro ordenado, o qual seria um representante do povo, como era no sacerdócio levítico em Israel. Nega o sacerdócio universal de todos os crentes.
 
6. Continua fazendo da Ceia do Senhor um sacrifício nos moldes dos que aconteciam no Antigo Testamento, quando animais eram sacrificados para remissão de pecados (agora, segundo a doutrina romana, o corpo de Cristo é repetidamente oferecido em sacrifício, todas as vezes que uma missa é celebrada).
 
7. Segue com a prática de invocação de mortos, considerada pela Bíblia uma abominação ao Senhor.
 
8. Permanece com o ensino sobre o purgatório (um lugar para onde os SALVOS iriam após a morte, a fim de pagar por seus pecados – mesmo tendo Cristo padecido por esses mesmos pecados).
 
9. Continua apregoando a necessidade das obras para a salvação, negando que esta aconteça somente pela graça de Deus mediante a fé em Cristo. Além disso, chama de “obras” práticas extrabíblicas ou antibíblicas, tais como: terços, novenas, procissões e romarias.
 
10. Segue proibindo o casamento para os seus ministros ordenados.
 
11. Continua chamando de “sacramentos” a confirmação (que nem existe na Bíblia), o casamento, a unção dos enfermos, a confissão e a ordenação ao sacerdócio.
 
12. Permanece admitindo e incentivando o uso de um crescente número de “mediadores” entre Deus e os homens, negando assim que só haja um Mediador, Cristo Jesus homem.
 
Aos irmãos que entendem ser possível praticar ecumenismo com aquela denominação, pedimos que reflitam sobre essas questões. Ponderem se é da vontade de Deus que O cultuemos em reuniões nas quais todas essas práticas e crenças estão presentes, explícita ou implicitamente. Pensem qual é o sentido do culto cristão, e a quem desejamos agradar. Meditem seriamente sobre que tipo de igreja devemos ser. Que o Senhor lhes fale ao coração!

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