domingo, 4 de janeiro de 2015

Um louvor que exalte a Deus e promova a piedade

Três ou quatro canções em estilo rock, para a congregação acompanhar com palmas e passos de dança; uma mais suave (mas ainda em ritmo de rock) e uma balada lenta e emocionada para encerrar. As músicas entoadas quase sempre são contemporâneas, os sucessos gospel do momento. Assim é o louvor em noventa por cento das denominações evangélicas, semana após semana, reunião após reunião. Os membros e visitantes normalmente gostam e se identificam. Mas será este o padrão ideal de louvor para as nossas igrejas? E a Palavra de Deus, o que tem a nos ensinar a respeito?
 
Existe um hinário na Bíblia, o livro de Salmos. Nele encontramos o referencial de Deus para as letras dos cânticos. Não há prescrições bíblicas quanto aos ritmos e melodias, mas vale lembrarmos a exortação de Paulo aos coríntios, escrita em 1Co 14:40: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem”, e a de 1Co 10:31: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. Estes e outros textos nos mostram que o louvor é, de certo modo, uma via de mão dupla. Por ele adoramos ao Senhor, exaltando Seus maravilhosos atributos e Suas obras tremendas (assim, as canções sobem à presença de Deus). E o mesmo louvor nos traz à memória quem Deus é, o que nos quebranta e nos leva a glorificarmos mais o Senhor (assim, as mesmas canções nos atingem).
 
Exaltar a Deus e promover a piedade entre os irmãos. Para isso serve o louvor. Não para nos divertir, como se fosse música de baile. Nem para nos levar a um “transe” artificial, o qual mexe somente com a emoção, de forma passageira. Muito menos para divulgar este ou aquele novo sucesso de alguma estrela gospel. O que tem sido cantado em nossas igrejas não cumpre, de forma nenhuma, o duplo propósito do genuíno louvor cristão. Precisamos de uma mudança urgente, se é que desejamos agradar ao Senhor. O mau gosto da presente geração não pode ser o nosso norte, como tem sido até hoje.
 
Diante disso, a melhor solução é retornarmos aos nossos hinários tradicionais: Cantor Cristão, Hinário Novo Cântico, Harpa Cristã e outros semelhantes. Pois neles há uma coleção de canções escritas por homens e mulheres piedosos, selecionadas criteriosamente, contendo músicas belíssimas com letras de conteúdo bíblico. Esta deve ser a base, o fundamento do nosso louvor. E, para complementar, poderíamos incluir algumas canções mais contemporâneas, desde que escolhidas a dedo (os quesitos obrigatórios: mensagens inteiramente voltadas para a glória de Deus, melodias suaves, ritmos tranquilos, ausência de heresias). Talvez os membros estranhem, de início. Quem sabe, muitos dirão que preferiam o formato antigo, de um mini-show gospel. Mas o Senhor Se agradará, e os irmãos piedosos logo compreenderão que a mudança foi para melhor. Tomemos então essa atitude corajosa o quanto antes. Ou alguém tem uma ideia melhor?

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